Belo Horizonte (13/04/2011)
– A operação Guardiões das Montanhas
fez, até agora, em sua segunda edição,
sua maior descoberta. Com apoio de helicóptero,
foram localizados dois pátios no município
de Rio Pomba com cerca de 2,2 mil m³ de madeira serrada,
em sua maioria, originária da
Amazônia, e contendo ainda quatro espécies
ameaçadas de extinção ou imunes de
corte: castanheira, cerejeira, mogno (Amazônia)
e imbuia (sul do Brasil). Deste total, 1.510,9 m³
sem cobertura legal foram apreendidos.
Segundo o coordenador
da operação, Aristides Neto, “a empresa
foi multada em mais de R$ 453 mil, cerca de R$ 300 por
metro cúbico de madeira”. A área foi escolhida
pela importância da movimentação de
madeira na região. Pelos dados do sistema DOF do
Ibama, o polo moveleiro de Ubá consome anualmente
em média 20 mil m³ de madeira nativa da Amazônia,
valor considerado bastante expressivo.
Operação
A operação Guardiões das Montanhas
II está fiscalizando o polo moveleiro compreendido
nos municípios de Ubá, Piraúba, Rio
Pomba e Tocantins (Zona da Mata Mineira). Estão
sendo vistoriados serrarias, marcenarias e depósitos
de madeira. O objetivo principal é coibir a cadeia
produtiva de madeira ilegal, principalmente, da madeira
oriunda do norte do país. Participam da operação
servidores do Ibama, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente
e do Instituto Estadual de Florestas.
Valdo Veloso
Ascom – Ibama/MG
Fotos: Aristides Salgado Guimarães Neto - Ibama/MG
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Ibama bloqueia seis empresas
que fraudavam o Sisflora no Pará
Belém (19/04/2011)
– O Ibama suspendeu nesta terça-feira (19/04) as
atividades de seis madeireiras no município de
Castelo dos Sonhos, no sudoeste do Pará, por fraudes
na comercialização de produtos florestais
no estado. Com a ação, foram retirados mais
de 2,9 mil m³ de créditos de madeira em nome
dessas empresas do Sisflora, o sistema estadual que controla
o setor, impedindo, assim, que fossem utilizados para
acobertar madeira extraída ilegalmente da floresta
amazônica. Além de ter seus acessos ao sistema
bloqueados, os responsáveis pelas empresas foram
multados em cerca de R$ 3,4 milhões.
O levantamento da movimentação
das madeireiras foi feito durante a operação
Disparada, que realiza apreensão de gado criado
em áreas embargadas na região de Altamira.
Na quarta-feira (13/04), simultaneamente, os agentes vistoriaram
as sedes das empresas suspeitas de irregularidades e encontraram
seus estoques vazios, apesar de todas possuírem
saldos de créditos para a venda de madeira no Sisflora.
Uma das empresas chamou
a atenção da fiscalização.
A madeireira tinha o pátio vazio, sem indícios
de movimentação de produto florestal, mas
possuía mais de 1,8 mil m³ de madeira em créditos
disponíveis para venda no sistema estadual. Esse
volume de madeira equivale a mais de 60 caminhões
cheios.
Após
ter sido bloqueado, o responsável por outra madeireira
desacatou e ameaçou um agente do Ibama no Escritório
Regional do órgão em Novo Progresso, o mais
próximo de Castelo dos Sonhos. O madeireiro, que
possuía 555 m³ de créditos de tora
no Sisflora, mas não tinha nada no pátio
da empresa, acabou levado à delegacia, onde foi
lavrado o Termo Circunstanciado. Ele vai responder o processo
criminal em liberdade.
Nelson Feitosa
Ascom/Ibama/PA