18/07/2025
– Pesquisadores australianos conduziram um
estudo que aponta que a Corrente Circumpolar Antártica,
a mais poderosa do planeta, pode sofrer uma desaceleração
de até 20% até 2050, caso as emissões
globais de gases de efeito estufa permaneçam
elevadas. Essa alteração pode acelerar
o derretimento das calotas polares na Antártica
e contribuir para a elevação do nível
do mar.
A pesquisa,
publicada na revista Environmental Research Letters,
utilizou o supercomputador Gadi, localizado no Access
National Research Infrastructure, em Canberra, para
simular os impactos das mudanças de temperatura,
do derretimento do gelo e das condições
do vento sobre a corrente oceânica. Os resultados
revelaram uma relação direta entre
a liberação de água doce das
geleiras e a desaceleração da corrente.
Bishakhdatta
Gayen, professor da Universidade de Melbourne e
coautor de um estudo, alertou que a situação
é preocupante. Ele explicou que a liberação
de água fria e doce altera a densidade do
oceano, afetando seu movimento e comprometendo a
estabilidade do clima. A Corrente Circumpolar Antártica,
crucial para a regulação do clima
global, conecta os oceanos Atlântico, Pacífico
e Índico, impedindo que águas quentes
alcancem a Antártica e desempenhando um papel
importante na absorção de calor e
dióxido de carbono pelos oceanos.
O estudo
alerta que a desaceleração da Corrente
Circumpolar Antártica pode criar um "ciclo
vicioso", permitindo que mais água quente
atinja a plataforma continental antártica,
acelerando o derretimento das geleiras e enfraquecendo
ainda mais a corrente. Isso pode prejudicar ecossistemas
marinhos, afetar a distribuição de
espécies e aumentar a variabilidade climática
e eventos extremos. Para mitigar esses impactos,
os cientistas enfatizam a importância de reduzir
as emissões de carbono e conter o aquecimento
global.
Da Redação,
com informações de agências
de notícias
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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