25/07/2025
– Os cientistas sempre acreditaram que os
tubarões eram silenciosos, usando essa característica
como uma vantagem como predadores de topo e para
evitar perigos. No entanto, recentemente, tubarões
foram gravados emitindo sons pela primeira vez,
desafiando essa ideia e revelando um novo aspecto
do comportamento desses animais.
As gravações
representam o primeiro registro conhecido de um
tubarão produzindo som ativamente. A pesquisadora
Carolin Nieder, da Woods Hole Oceanographic Institution,
explicou que, embora os tubarões possuam
sistemas sensoriais avançados, como eletrorreceptores
e olfato, a ideia de que o som não desempenha
um papel importante pode estar equivocada.
A pesquisa
começou quando, por acaso, dez tubarões-de-plataforma
foram observados fazendo sons durante experimentos
no Leigh Marine Laboratory, na Nova Zelândia.
Ao serem manuseados brevemente por pesquisadores
debaixo d'água, todos os tubarões
produziram sons semelhantes a "cliques".
Como a maioria dos tubarões não tem
bexiga natatória, a equipe acredita que o
som possa vir do estalar dos dentes dos animais.
Durante
as observações, alguns cliques dos
tubarões ultrapassaram 155 decibéis,
comparáveis ao som de uma espingarda. A maioria
dos cliques foram rajadas únicas, com alguns
sendo duplos curtos. Cerca de 70% desses sons ocorreram
com movimentos corporais calmos, mas alguns aconteceram
sem qualquer movimento visível. A próxima
fase da pesquisa busca entender se os sons são
acidentais, causados pelo manuseio dos tubarões,
ou se são um comportamento intencional. Como
os tubarões têm um alcance auditivo
limitado, é improvável que os sons
sejam usados para comunicação entre
eles.
Os tubarões-de-plataforma,
ao emitir cliques agudos, podem usar esses sons
como uma estratégia de defesa contra predadores
como as focas-peludas da Nova Zelândia, que
são sensíveis a frequências
mais altas. As gravações revelaram
que os tubarões-de-escamas emitem cliques
distintos quando manuseados por pesquisadores, com
sons consistentes em vários indivíduos.
Esses cliques, que podem estar relacionados a respostas
de angústia ou defensivas, foram descritos
em um estudo publicado no periódico Royal
Society Open Science.
Da Redação,
com informações de agências
internacionais
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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