27/08/2025
– O ano de 2023 foi o mais quente desde o
início dos registros de temperatura global
em 1850, com uma média de 1,18°C acima
da média do século 20, que foi de
13,9°C. Após esse dado, uma nova análise
liderada por cientistas da NOAA (National Oceanic
and Atmospheric Administration) revelou que as temperaturas
médias da superfície do mar também
atingiram um recorde no ano passado. O calor nos
oceanos foi relacionado a ondas de calor extremamente
intensas, chamadas de "superondas de calor
marinhas" (SMHW, na sigla em inglês).
As
ondas de calor têm impactos significativos
na vida oceânica, como o colapso de espécies
de peixes e a morte de corais, segundo a NOAA. Para
ser considerada uma "superonda", a temperatura
da água do mar deve ser mais quente que 90%
das observações anteriores para a
mesma época do ano. Os pesquisadores indicam
que essas superondas podem ocorrer globalmente,
incluindo na zona do Ártico. Em 2023, foram
documentadas superondas de calor marinhas em diversas
regiões, como o Pacífico tropical
e Norte, o Atlântico tropical e Norte, ao
sul da Groenlândia, na zona costeira do Ártico,
no Oceano Índico ocidental e no Oceano Antártico.
Os cientistas
destacam diversos impactos nos sistemas climáticos
da Terra devido à temperatura recorde da
superfície do oceano, incluindo o aumento
da força e a rápida intensificação
dos furacões. As águas quentes no
mar agem como combustível para as tempestades,
como no caso do furacão Beryl, que se intensificou
rapidamente de uma tempestade tropical para um furacão
de categoria 5, causando danos significativos nos
Estados Unidos e no Caribe.
A temperatura
da superfície do mar é fundamental
para as medições realizadas pela NOAA,
com dados coletados por satélites, navios,
boias e drones aquáticos. As médias
diárias de temperatura começaram a
quebrar recordes sazonais históricos em março
de 2023 e seguiram fora da curva até o início
do verão de 2024, segundo a agência.
Um recorde
histórico de temperatura da superfície
do mar foi alcançado em 4 de abril de 2023
(18,83°C) e novamente quebrado entre 16 de julho
e 21 de agosto, com 19°C. O estudo publicado
atribui as superondas de calor marinho a uma tendência
de aquecimento de longo prazo devido ao aumento
de gases de efeito estufa, além de mudanças
no sistema Pacífico-Atlântico-Ártico
e a transição do La Niña para
o El Niño. Boyin Huang, oceanógrafo
da NOAA, afirma que esses fatores indicam altas
temperaturas futuras, especialmente no verão
do Hemisfério Norte.
Redação,
com informações de agências
internacionais
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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