  | 
                                  
                                    OFICINA ANALISA DESMATAMENTO 
                                      E OCUPAÇÃO URBANA NA BACIA 
                                      DA GUARAPIRANGA 
                                    Panorama 
                                      Ambiental 
                                      São Paulo (SP) – Brasil 
                                      Março de 2005 
                                    | 
                                  | 
                              
                            
                            31/03/2005 Objetivo 
                              do trabalho é envolver órgãos 
                              governamentais e entidades da sociedade civil na 
                              construção de um novo Diagnóstico 
                              Socioambiental para a Bacia do Guarapiranga, um 
                              dos principais mananciais da Região Metropolitana 
                              de São Paulo.
                              O Instituto Socioambiental (ISA) realizou nesta 
                              quarta-feira, 30 de março, a primeira oficina 
                              para a elaboração do Diagnóstico 
                              Socioambiental Participativo da Bacia da Guarapiranga. 
                              O evento, ocorrido na cidade de Embu, na Região 
                              Metropolitana de São Paulo (RMSP), contou 
                              com a participação de mais 30 representantes 
                              das prefeituras dos municípios da região 
                              e de órgãos governamentais estaduais, 
                              além de entidades da sociedade civil, pesquisadores 
                              e ambientalistas. 
                              A oficina deu início a um processo de discussão 
                              para a consolidação de dados relativos 
                              à bacia da Guarapiranga - um dos principais 
                              mananciais da RMSP, responsável pelo abastecimento 
                              de água de mais de 3 milhões de pessoas. 
                              O objetivo do ISA, ao promover oficinas como essa, 
                              é envolver os diversos atores que trabalham 
                              sobre questões ambientais, urbanas e sociais 
                              na região para atualizar o diagnóstico 
                              socioambiental da bacia, realizado pela primeira 
                              vez em 1996. O projeto conta com apoio do Fundo 
                              Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro).
                              Os dados trabalhados no evento dizem respeito à 
                              qualidade da água da bacia e sub-bacias, 
                              aos focos de erosão, aos índices de 
                              desmatamento de sua vegetação, de 
                              ocupação e adensamento urbanos, de 
                              exposição de usos do solo e de despejo 
                              de esgoto nos corpos d’água. Também 
                              foram expostos e debatidos dados referentes à 
                              diversidade de fauna e flora ali existente. As informações 
                              utilizadas na construção dos dados 
                              foram obtidas de documentos de órgãos 
                              oficiais, interpretação de imagens 
                              de satélite e incursões a campo, por 
                              terra e por sobrevôo de helicóptero, 
                              além de consulta a especialistas. 
                              O cruzamento das informações gerou 
                              a produção de quatro mapas, principais 
                              objetos de estudo durante a oficina: o primeiro 
                              trata da qualidade da água da bacia da Guarapiranga, 
                              sua hidrografia e principais contribuintes, níveis 
                              atuais de erosão, detalhamento das áreas 
                              de várzea, de solo exposto e da formação 
                              de lagoas e açudes; o segundo mapa aborda 
                              a diversidade biológica da região, 
                              com a identificação das Unidades de 
                              Conservação, o grau de preservação 
                              e regeneração da vegetação 
                              nativa e a evolução do desmatamento 
                              entre 1989 e 2003; o terceiro mapa identifica os 
                              usos urbanos da bacia em 2003, com a localização 
                              e caracterização de condomínios 
                              residenciais, sítios e chácaras, clubes 
                              e indústrias instalados nos limites da Guarapiranga; 
                              o quarto e último mapa aponta a incidência 
                              de atividades de mineração e despejo 
                              e tratamento de resíduos sólidos, 
                              como aterros sanitários e lixões, 
                              dentro dos limites da bacia da Guarapiranga. 
                            Subcomitê 
                              ativo
                            A oficina também 
                              teve a participação ativa de integrantes 
                              do subcomitê Cotia-Guarapiranga, colegiado 
                              que sofreu no ano passado um esvaziamento que comprometeu 
                              sua atuação no monitoramento ambiental 
                              da bacia da Guarapiranga. Esse esvaziamento decorreu, 
                              em grande parte, da desmobilização 
                              da sociedade civil e da ausência efetiva de 
                              técnicos das prefeituras da região, 
                              além do desinteresse do governo do estado 
                              de São Paulo em manter seus quadros atuando 
                              no subcomitê.
                              Os segmentos do subcomitê Cotia-Guarapiranga 
                              atuam no Comitê de Bacia do Alto Tietê 
                              e são responsáveis pelo Sistema de 
                              Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos 
                              do Estado de São Paulo, que visa conter as 
                              ocupações urbanas e degradações 
                              ambientais na bacia da Guarapiranga. A nova articulação 
                              do subcomitê, azeitada pela participação 
                              de seus membros na oficina deste semana, é 
                              fundamental para que a gestão da bacia conte 
                              com a participação efetiva da sociedade 
                              civil, como contraponto às estratégias 
                              e ações implementadas pelos órgãos 
                              governamentais.
                            Fonte: ISA – Instituto Socioambiental 
                              (www.socioambiental.org.br)
                              Assessoria de imprensa