11 de Setembro de 2007
- Aline Beckstein - Repórter da Agência Brasil
- Rio de Janeiro - Fiscais do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) e da Secretaria Estadual de Ambiente do Rio de
Janeiro fizeram uma operação hoje (11) na
Baía de Guanabara para combater a pesca predatória
com rede de arrasto.
Redes e seis barcos de
médio porte de armadores diferentes foram apreendidos.
Os donos das embarcações deverão
ser multados e responderão por crime ambiental,
que prevê prisão de um a quatro anos e multa
de até R$ 1 milhão.
Com a ajuda de um helicóptero
da Polícia Militar e de um barco do Ibama, os fiscais
fizeram vistorias entre a Ilha do Governador e São
Gonçalo (região metropolitana) e na praia
de Icaraí, em Niterói.
Segundo o secretário
estadual de Ambiente, Carlos Minc, essa região
é conhecida por sofrer constantemente com a pesca
predatória. “Temos que manter permanentemente a
pressão. Se não, daqui a dez dias está
todo mundo arrastando novamente”.
Os barcos de arrasto pescam
em pares e levam as redes para o fundo. A malha apertada
acaba pescando também os peixes pequenos.
“Essas embarcações
prejudicam a reprodução dos peixes, afetam
o pescador artesanal e fazem com que o peixe fique mais
caro e escasso. Por isso, é essencial o trabalho
de parceria para o combate a esse crime ambiental”, disse
Minc.
De acordo com ele, as
ações conjuntas vão continuar. Estão
previstas atuações na Baía de Ilha
Grande e em Sepetiba, na zona Oeste da cidade.
Há
duas semanas, foi feita uma operação na
lagoa de Araruama e no mar de São Pedro da Aldeia
e Arraial do Cabo, cidades da região dos Lagos.