Macapá (AP), 26/10/2007
– A superintendência do Ibama no Amapá apresenta
os resultados da operação Lagosta Legal,
realizada no período de 21 de setembro a 04 de
outubro, integrando uma ação sincronizada
de fiscalização da pesca da lagosta ao longo
do litoral brasileiro. De caráter preventivo, a
ação teve como objetivo impedir a captura
e o desembarque ilegal de lagostas das espécies
verde e vermelha nos nove estados do Nordeste e no Amapá,
Pará e Espírito Santo, em parceria com a
Marinha do Brasil e as Polícias Federal, Rodoviária,
Civil e Militar.
No Amapá, a ação
foi concentrada nos municípios de Oiapoque, Calçoene
e Amapá e na costa amapaense, sendo ainda realizadas
ações fiscalizatórias nas áreas
portuárias da capital, Macapá, e de Santana.
As equipes atuaram em terra, vistoriando embarcações
pesqueiras, portos, indústrias, frigoríficos,
peixarias, restaurantes, bares, hotéis, feiras,
mercados e supermercados, num total de 175 unidades vistoriadas.
Não foram realizadas apreensões de produtos
ou petrechos, sendo notificadas seis embarcações
que estavam ancoradas no porto de Santana e que não
apresentaram o Registro no Cadastro Técnico Federal.
Nas ações
desenvolvidas na costa, foi utilizada a embarcação
“Peixe Boi”, pertencente ao Parque Nacional do Cabo Orange
e contou com o apoio de policiais federais. No total,
foram vistoriadas treze embarcações, sendo
lavrados dois autos de infração no valor
total de R$ 38.200,00, com a apreensão de 5.560
metros de redes de pesca e quatro toneladas de pescado
de espécies diversas, tais como: corvina, pescada
amarela, gurijuba, curimã e sarda, entre outras.
Uma das embarcações autuadas praticava pesca
em águas do Parque Nacional do Cabo Orange e a
outra não possuía licença de pesca.
O pescado foi doado a instituições beneficentes
do município de Oiapoque, incluindo a Secretaria
de Trabalho e Assistência Social e a Associação
de Povos Indígenas.
Durante a ação
marinha, a equipe viveu momentos tensos, quando uma das
embarcações avistadas ensaiou uma tentativa
de fuga e investiu em direção a lancha do
Ibama - trazendo riscos à integridade física
dos agentes caso ocorresse um naufrágio -, conseguindo
escapar. Para Zelito Amanajás, coordenador da operação
no mar, esse tipo de atitude é típica de
pescadores que praticam a pesca nas águas do Parque
Nacional do Cabo Orange, que preferem tentar fugir para
evitar a abordagem da fiscalização do Ibama
por conhecerem que a área é uma unidade
de conservação e que serão autuados
pela prática de pesca ilegal.
Segundo Gerusa Amoras,
chefa da Divisão de Fiscalização,
a operação foi bem sucedida e a não
apreensão de lagosta ou petrechos utilizados na
captura do crustáceo se deu pelo fato de não
ter sido encontrados barcos de outros estados ou de bandeiras
internacionais, no momento da operação,
já que a pesca comercial da lagosta não
é praticada pelos pescadores do Amapá.
A operação
Lagosta Legal inaugurou a segunda etapa do Plano Emergencial
de Fiscalização da Pesca da Lagosta, uma
ação do Governo Federal coordenada pelo
Ibama, MMA e Seap/PR e desenvolvida a partir deste ano.
Desde o começo de 2007, durante e após o
período de defeso da espécie, foram vistoriadas
mais de 6 mil unidades de produção e comercialização
de lagosta e aplicadas 426 multas que somadas ultrapassam
R$ 1,7 milhão.
+ Mais
Comissão de Gestão
de Florestas Públicas quer edital com mais benefícios
regionais
Brasília (26/10/07)
- A Comissão de Gestão de Florestas Públicas
se reuniu ontem em Brasília com o objetivo de debater
o conteúdo do edital da primeira concessão
florestal. No encontro, os membros da CGFLOP ouviram um
balanço sobre a agenda que o Serviço Florestal
Brasileiro tem organizado para receber contribuições
sobre o edital a ser lançado. Os membros fizeram
algumas recomendações. Entre elas, o aumento
da lista de produtos não madeireiros exclusivos
do manejo comunitário. E pediram também
que o edital a ser publicado valorizasse propostas com
maiores benefícios regionais.
Na minuta do edital, ficaram
fora da concessão o açaí e a castanha-do-pará,
um vez que são tradicionalmente coletados por moradores
das regiões vizinhas à flona. Essas populações,
segundo a Lei de Gestão de Florestas Públicas,
têm salvaguardados seus direitos nas áreas
que serão destinadas às concessões.
"Temos de garantir o direito das populações
locais a seus produtos de uso tradicional. Muitos dos
quais são base da cadeia alimentar dos ribeirinhos",
afirma Rubens Gomes, representante dos movimentos sociais
na CGFLOP.
Gomes pondera, no entanto,
que melhor do que limitar as possibilidades dos concessionários
seria incentivar parcerias entre eles e as comunidades
na exploração sustentada desses produtos.
"Iniciativas assim é que realmente geram desenvolvimento
regional", argumenta.
Benefícios locais
- Esse tema também é caro para os prefeitos
de Cujubim, João Becker, e de Itapuã do
Oeste, Robson Melo de Oliveira. Ambos os municípios
com áreas dentro da Flona do Jamari. Os dois prefeitos
estiveram ontem em Brasília, para participar da
11ª reunião da CGFLOP. No encontro, realizado
na sede do Conaflor, eles defenderam que o edital beneficiasse
quem apostar na economia local.
Os dois prefeitos são
entusiastas de primeira hora das concessões na
Flona do Jamari. Sabem que 30% dos recursos arrecadados
serão divididos entre os dois municípios,
seguindo regras da Lei de Gestão de Florestas Públicas.
Mas isso só não é suficiente. Eles
querem que o edital atribua maior peso para projetos que
garantam o desenvolvimento de indústrias na região
e criação de empregos locais. Segundo Robson,
"não dá mais para deixar que empresas
explorem as riquezas da região sem contrapartidas
locais", diz Oliveira.
Edital - Na verdade, a
minuta do edital já valoriza propostas que promovam
a atividade local e a criação de emprego.
Segundo o documento (atualmente em consulta pública
no site do Serviço Florestal) a pontuação
da licitação vai de 0 a 1.000, sendo 400
pontos referentes ao melhor preço e 600 a critérios
técnicos. Dentro dos critérios técnicos,
quem oferecer mais postos de trabalho e de parcerias com
empresas locais pode somar até 300 pontos. Mesmo
assim, a equipe do Serviço Florestal recebeu as
sugestões e vai avaliá-las. Caso não
haja problemas legais, essas demandas poderão ser
incorporadas ao edital.
Transparência -
Por exigência da Lei de Gestão de Florestas
Públicas, o Serviço Florestal Brasileiro
deve elaborar o edital das concessões com transparência
e colaboração dos setores interessados.
Por isso, o Serviço Florestal Brasileiro está
construindo o edital de forma participativa. Até
o momento já promoveu três reuniões
técnicas em Brasília, Porto Velho e com
o conselho concultivo da Flona do Jamari. Organizou também
duas audiências públicas: uma em Cujubim
(RO) e outra do Itapuã do Oeste (RO), com participação
de cerca de 500 pessoas ao todo.
Quem tiver interesse em
participar do processo, a minuta do edital está
disponível na página eletrônica do
Serviço Florestal Brasileiro - www.florestal.gov.br
-, junto com mapas, dados sobre as três áreas
de concessão dentro da Flona do Jamari, entre outras
informações. As contribuições
podem ser enviadas pela internet até amanhã,
dia 26.
CGFLOP - A Comissão
de Gestão de Florestas Públicas foi criada
junto com o Serviço Florestal Brasileiro. Sua finalidade
é assessorar o Serviço Florestal Brasileiro
e também avaliar e propor diretrizes para gestão
das áreas florestais públicas do país.
É formada por 24 membros, entre representantes
governamentais, empresariais, dos movimentos sociais e
ONGs.
Luiz da Motta
Serviço Florestal Brasileiro
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Fiscalização
do Ibama apreende 40 mil metros de rede caçoeira
no Ceará
Fortaleza (22/10/07) –
Equipe de fiscais do Ibama Ceará e Piauí
apreendeu, no último sábado, 40 mil metros
de rede caçoeira e 50 quilos de lagosta pescadas
ilegalmente na Praia de Mundaú, litoral Oeste do
Ceará. Os crustáceos e os materiais foram
encontrados em dois barcos que estavam a 70 milhas da
costa e em cinco jangadas a quatro milhas. A apreensão
foi realizada pelo barco Naqua do Ibama que percorre o
litoral cearense. A multa aplicada foi de R$ 60 mil.
Segundo o coordenador
de fiscalização da pesca da lagosta no Ceará,
Rolfran Ribeiro, os barcos flagrados pescando com equipamento
proibido têm permissão do Governo Federal
para pescar. “Vamos informar à Capitania dos Portos
e à Secretaria de Aqüicultura e Pesca (Seap)
sobre as infrações cometidas. Eles devem
perder a licença”, adverte.
Além do Naqua,
a fiscalização nas águas marinhas
da costa cearense tem o reforço da embarcação
Monsenhor Diomedes. O barco Tainha, de propriedade da
prefeitura de Beberibe, conveniada com o Ibama, também
se juntou à equipe para maior apoio ao trabalho.
O Macuco, uma lancha rápida e de maior mobilidade,
chega à Fortaleza nos próximos dias. A Marinha
do Brasil também vai atuar no litoral cearense
com seis navios, além de cobrir também o
Rio Grande do Norte, Paraíba e Espírito
Santo.
O Ceará é
o estado que apresenta o maior número de embarcações
em atividade em 573 quilômetros de litoral. Rolfran
Ribeiro informa que “a batalha contra a pesca ilegal da
lagosta continua até o fim do ano”. Foram destinados
R$ 2 milhões para a fiscalização
do cumprimento das normas da pesca da lagosta no litoral
brasileiro. A Polícia Militar dá apoio às
ações de fiscalização do Ibama.
+ Mais
Fiscais do Ibama apreendem
250 quilos de lagostas em Alagoas
Maceió (24/10/07)
– O Ibama apreendeu ontem, no município de Barra
de Santo Antônio, litoral Norte do estado de Alagoas,
uma embarcação com 250 quilos de lagosta,
que haviam sido capturadas com rede caçoeira, aparelho
de pesca proibido. A operação foi realizada
em conjunto com a Capitania dos Portos e com o Batalhão
de Polícia Ambiental.
Segundo o coordenador
de fiscalização de pesca do estado, Rodrigo
Peixoto, a apreensão das lagostas foi possível
a partir de uma denúncia feita à Capitania
dos Portos de Alagoas. “Informaram-nos que havia um barco
suspeito desembarcando lagosta supostamente com redes
caçoeiras. O Ibama, juntamente com a Capitania
dos Portos e o Batalhão Ambiental da Polícia
militar fizeram a apreensão”, conta.
O dono da embarcação
foi autuado por pescar com equipamento proibido pela legislação
vigente e pode responder a processo por crime ambiental.
A proibição tem base no Artigo 6º da
Portaria Ibama nº 138: É proibido, a partir
de 1º de janeiro de 2007, a captura de lagostas das
espécies P.argus (lagosta vermelha) e P.laevicauda
(lagosta cabo verde), com o emprego de redes de espera
do tipo caçoeira.
Os crustáceos apreendidos
foram doados para uma instituição de caridade.
A ação foi integra as operações
do Plano Emergencial de Fiscalização da
Pesca da Lagosta, coordenado pelo Ibama nos estados do
Nordeste, Pará, Amapá e Espírito
Santo.
Luciana Melo
+ Mais
Fiscalização
do Ibama no ES apreende mais de 100 quilos de lagostas
Vitória (24/10/2007)
– Uma operação realizada ontem pelo Ibama,
Polícia Ambiental e Capitania dos Portos da Marinha
do Brasil apreendeu em Guarapari, sul do Espírito
Santo, dez mil metros de rede caçoeira e 122 quilos
de lagostas, sendo que deste total, 66 quilos estavam
desfiados e prontos para serem comercializados em um restaurante
do balneário.
O fiscal e coordenador
da Operação "Lagosta legal" no
Espírito Santo, José Ronaldo Costa, informou
que, durante a retirada das redes caçoeiras, 150
lagostas com tamanho abaixo do permitido foram devolvidas
vivas ao mar e as redes trazidas para Vitória,
onde vão ficar apreendidas. O proprietário
do restaurante onde foi encontrado o produto desfiado
- as lagostas só podem ser comercializadas inteiras,
não sendo permitida a sua descaracterização
- foi autuado em R$ 2,67 mil e a mercadoria apreendida
será doada para instituições de caridade.
Segundo José Ronaldo
Costa, um boletim de ocorrência foi registrado na
Delegacia Ambiental e o processo será encaminhado
para a justiça. "As redes estão proibidas
assim como a pesca de mergulho e a captura do crustáceo
a menos de quatro milhas náuticas da costa. O tamanho
também está limitado em 13 centímetros
para as vermelhas e 11 centímetros para as verdes.
Por isso estamos intensificando a fiscalização
para evitar que a lagosta seja pescada de forma irregular",
disse Ronaldo.
Com o apoio das embarcações
da Marinha do Brasil, foram vistoriadas nesta semana 15
embarcações. Além disso, foram inspecionados
restaurantes e bares na capital. A operação
"Lagosta Legal" está sendo realizada
em todo o litoral capixaba.
Crislene Queiroz
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Fiscais do Ceará
apreendem mais de 15 mil metros de rede predatória
Fortaleza (26/10/07) –
Fiscais do Ibama no Ceará apreenderam nesta madrugada
mais 15 mil metros de rede caçoeira na região
de Mundau, litoral Oeste do estado. As redes estavam no
mar. Os fiscais abordaram e inspecionaram cinco embarcações
de pesca de lagosta. No momento em que os agentes iniciaram
o recolhimento das redes, os pescadores se evadiram do
local.
A apreensão foi
realizada pelo barco Naqua e pela lancha Macuco do Ibama
que percorrem o litoral cearense. Os proprietários
dos barcos serão autuados por uso de equipamento
proibido na pesca da lagosta com base na documentação
que foi apreendida pela fiscalização. O
valor da multa deve chegar a R$ 20 mil.
O coordenador de fiscalização
da pesca da lagosta no Ceará, Rolfran Ribeiro,
adverte que “as embarcações permissionadas
pelo Governo Federal que não estiverem de alguma
forma cumprindo as novas regras para o setor, deverão
perder a licença”.
O Ceará é
o estado que apresenta o maior número de embarcações
em atividade em 573 quilômetros de litoral. Rolfran
Ribeiro informa que “a batalha contra a pesca ilegal da
lagosta continua até o fim do ano”. Foram destinados
R$ 2 milhões para a fiscalização
do cumprimento das normas da pesca da lagosta no litoral
brasileiro. A Polícia Militar dá apoio às
ações de fiscalização do Ibama.
+ Mais
Governo Federal recolhe
redes e compressores de ar
Brasília (26/10/2007)
– O Governo Federal continua a recolher redes e compressores
de ar utilizados na pesca da lagosta que forem entregues
voluntariamente. A compra desses equipamentos predatórios
proibidos pela legislação de pesca vigente
objetiva eliminar a ameaça que representam para
a continuação da espécie. A ação
está sendo coordenada pela Secretaria Especial
de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República
(Seap), em parceria com o Ibama e o Exército brasileiro,
em todo o Nordeste, no Pará, no Amapá e
no Espírito Santo.
O pescador deve procurar
as sedes da Seap nas capitais do Nordeste e em Belém,
Macapá e Vitória (localizadas junto às
Superintendências Federais de Agricultura). Equipes
volantes estarão, no mesmo dia, em Bragança
(PA), Acaraú (CE), Areia Branca (RN), Baia da Traição
(PB) e Marataízes (ES), ficando, em média,
até o dia 25. No dia 26 começa a operação
em Itarema (CE), Macau (RN), Jacumã (PB) e Guarapari
(ES). No dia 30 o trabalho tem início em São
José de Ribamar (MA), Alcobaça (BA) e Trairi
(CE). A ação volante segue até o
dia 20 de novembro, nos principais centros de pesca de
lagosta do País (Veja lista das cidades e datas
no site www.presidencia.gov.br/seap). A presença
das equipes nas cidades será divulgada também
em emissoras de rádio locais.
A pesca predatória
e a queda na produção, que no último
ano foi de menos de 7 mil toneladas, deflagraram no final
do ano passado o reordenamento da pesca da Lagosta. A
ação envolveu diretamente a Seap, o Ibama,
o Ministério do Meio Ambiente e a Marinha do Brasil.
Todas as embarcações pesqueiras foram recadastradas
e cerca de 3 mil, de um total anterior de mais de 5 mil,
foram autorizadas a permanecer na atividade, pescando
apenas com o uso de mazuás (espécie de armadilha),
considerados menos agressivos ao ambiente marinho e capazes
de promover a pesca de lagostas adultas, dentro dos tamanhos
mínimos exigidos.
Valores e cursos - Para
a rede caçoeira multifilamento será pago
o valor de R$ 1,34 por metro (com tamanho mínimo
de 25 metros). Para as redes monofilamento serão
pagos R$ 0,30 por metro (mínimo de 25 metros).
As redes precisam ser entregues entralhadas (panos, bóias,
chumbadas e cordas). Serão excluídas as
boas (espaços entre as panagens). Os compressores
serão recebidos desde que completos (compressor,
reservatório de ar, polias, mangueiras e válvulas
de respiração). O pagamento será
nominal, em cheque administrativo. O pescador ou responsável
pelo equipamento deve estar de posse de seu CPF. Os equipamentos
serão medidos e lacrados na presença do
proprietário.
Para os cursos de alfabetização
e formação, que incluem boas práticas
de pesca, economia solidária, segurança
e saúde, com carga horária a partir de 8
horas semanais, o pescador tem que ter recebido o Seguro
Defeso da lagosta em 2006 e declarar que não está
pescando lagostas em 2007. Os cursos serão realizados
nas principais cidades de pesca de Lagosta do País,
permitindo que o beneficiado receba, durante três
meses, R$ 380,00 desde que comprove freqüência
em algum dos cursos oferecidos.
Ascom Seap
Ascom Ibama