Brasília (11/04/07) - Fiscais
do Ibama, em parceria com a Polícia Rodoviária
Federal e Polícia Militar, realizaram, na semana
passada, a última fase da Operação
Canadá. As equipes vistoriam por terra 56 pontos
de desmatamento e queimada verificados em vôos sobre
os municípios do Alto e Médio Vale do Itajaí,
do Planalto Serrano e da região do Morro do Taió,
no estado de Santa Catarina. Também montaram duas
barreiras fiscalizatórias na BR 470, em Rio do
Sul e em Taió.
Os fiscais lavraram 32 autos de infração,
num total de R$ 237 mil. Embargaram uma serraria e dezenas
de hectares de áreas onde a mata nativa havia sido
retirada e queimada. Em muitos locais, havia desmatamento
próximo a nascentes. Apreenderam dezenas de metros
cúbicos de madeira nativa, caminhões, armas
e munição.
Essa etapa da ação incluiu
sobrevôos de fiscalização e monitoramento
sobre o Parque Nacional da Serra do Itajaí, sobre
as Florestas Nacionais de Ibirama, de Três Barras
e de Caçador, sobre a Área de Relevante
Interesse Ambiental Serra da Abelha e sobre o entorno
dessas Unidades de Conservação do Ibama.
A Operação Canadá
foi concebida para combater o desmatamento criminoso da
Mata Atlântica para plantio de pínus - matéria-prima
usada pela indústria moveleira - e secagem de fumo,
e a extração ilegal de madeiras nativas,
em grande parte sob ameaça de extinção.
O nome da operação faz alusão à
transformação acelerada de importantes trechos
da Mata Atlântica no estado de Santa Catarina em
grandes reflorestamentos dessa árvore originada
da América do Norte, com larga presença
no Canadá. Grande parte desses desmatamentos ocorre
de forma criminosa.
A operação acontece sob
a coordenação do Escritório Regional
Rio do Sul e conta com o apoio e a participação
da Flona Ibirama, da Base Avançada de Pesquisa
de Lages, do Escritório Regional de Caçador,
da Superintendência do Ibama em Santa Catarina e
da Diretoria de Proteção Ambiental.
Kézia Macedo