Deflagrada em todo país, a ação teve
como objetivo combater crimes praticados contra a fauna
silvestre
Macapá (26/04/07) - A Superintendência
do Ibama no Amapá apresenta os resultados parciais
da Operação “Moda Triste”, iniciada na manhã
de ontem (25) nas cidades de Macapá, Santana e
Oiapoque, e contou com apoio de policiais federais. A
ação foi deflagrada nacionalmente pelo Ibama
e teve o objetivo de coibir crimes praticados contra a
fauna silvestre, com ênfase na comercialização
ilegal de petrechos e produtos artesanais confeccionados
com partes de animais silvestres, como penas, dentes e
ossos.
Entre os alvos da operação
estavam estabelecimentos comerciais, lojas, quiosques
e espaços previamente identificados que estariam
comercializando objetos artesanais ou animais empalhados,
como répteis, por exemplo. As equipes buscavam
quadros e artesanatos confeccionados com borboletas, estrelas-do-mar,
corais e outros invertebrados marinhos, ou objetos que
apresentassem penas, peles, dentes, espinhos, couros ou
outras partes de animais silvestres nativos. A comercialização
desses produtos constitui crime ambiental, exceto quando
oriundos de criadouro comercial registrado no Ibama e
a loja esteja registrada como comerciante da fauna silvestre
nativa.
Durante a ação, os fiscais
percorreram 12 pontos de venda dos produtos em Macapá,
Santana e Oiapoque, apreendendo diversos objetos artesanais
e petrechos que continham partes de animais silvestres,
recipientes contendo répteis e um frasco com um
uirapuru acondicionado em álcool. Foram aplicadas
multas no valor de R$ 136.500,00, em sete autos de infração
lavrados. Os animais taxidermizados serão encaminhados
ao Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas
do Amapá (IEPA), que ficará com a guarda
dos produtos na condição de fiel depositário.
De acordo com a chefe de fiscalização do
Ibama, Gerusa Amoras, a operação transcorreu
dentro do planejado, com apoio da Polícia Federal
e atingiu os resultados esperados.
Com a iniciativa, a autarquia pretendeu
destacar o imenso quantitativo de espécimes mortos
para confecção de artesanatos e ampliar
a divulgação que o uso de partes da fauna
silvestre constitui crime, punido administrativamente
com aplicação de multas que variam de R$
500,00 por unidade, com acréscimos de R$ 5.000,00
ou R$ 3.000,00 quando se tratar de espécie constante
da lista oficial de fauna brasileira ameaçada de
extinção e dos anexos I e II do Comércio
Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens
em Perigo de Extinção (CITES) e pena de
detenção de seis meses a um ano, conforme
disposto nos artigos 29 e 70 da Lei nº 9.605/98 e
artigos 2º e 11 do Decreto nº 3.179/99. A operação
foi coordenada pela Diretoria de Proteção
Ambiental (DIPRO) do Ibama e pelas divisões de
fiscalização das superintendências
nos estados e Distrito Federal.
Outras informações podem
ser obtidas no portal do Ibama, pelo www.ibama.gov.br,
na área Notícias Ambientais.
Materiais apreendidos:
- 21 jiboias;
- 01 comboia;
- 27 tamaquarés;
- 25 estrelas-do-mar;
- 24 cavalos-marinhos;
- 01 pássaro vulgarmente conhecido como Uirapuru;
- 01 órgão genital feminino de boto;
- 07 penas de arara;
- 01 dente de onça;
- 50 dentes de jacaré;
- 01 pele de jibóia;
- 55 colares e 32 pulseiras contendo dentes de espécies
diversas da fauna silvestre nativa brasileira (boto, macaco,
etc);
- 78 brincos com penas de espécies da fauna silvestre;
- 20 quadros com borboletas
- 15 porta-jóia com tampa contendo borboletas.
Patrícia Sullivan
+ Mais
Ibama na Paraíba apresenta os
resultados da Operação "Moda Triste"
João Pessoa (25/04/07) - Os
fiscais da Superintendência do Ibama na Paraíba
apreenderam em alguns pontos de venda: 246 estrelas-do-mar,
58 peças decorativas feitas com penas e 68 peças
confeccionadas com coral. O total das multas foi de R$176.500
(cento e setenta mil e quinhentos reais). De acordo com
o chefe da fiscalização do Ibama-PB, Edberto
Farias, não há data prevista para outra
operação desta natureza, porém os
fiscais estarão sempre atentos para combater este
tipo de crime ambiental.
Os fiscais do Ibama deflagraram a partir
de ontem, 25, a Operação Moda Triste em
todo o território nacional com o objetivo de fazer
um levantamento dos espécimes da fauna mortos para
confecção de artesanato e esclarecer ao
público de que o uso de animais e insetos com esta
finalidade, e sem a devida autorização do
Ibama, constitui um crime, com penalidades previstas na
legislação ambiental, tais como o pagamento
de multa, processo penal e até prisão dos
infratores.
Os principais alvos da operação
foram os pontos de venda de objetos de uso pessoal e de
decoração que utilizam exemplares da fauna
para sua fabricação, tais como quadros e
outros artesanatos que utilizam borboletas: o proprietário
deve apresentar nota fiscal discriminando as espécies
utilizadas e registro da loja como comerciante, estrelas-do-mar,
corais e outros invertebrados marinhos, animais taxidermizados
(empalhados), artesanato com penas, peles, dentes, espinhos,
couros e outras partes de animais silvestres nativos.
É proibida a comercialização, exceto
se o produto for oriundo de criadouro comercial, registrado
no Ibama. A loja também precisa estar registrada
como comerciante da fauna silvestre nativa.
Gutemberg Melo
Ibama apresenta resultados da operação
Moda Triste em Goiânia
Goiânia (27/04/2007) – A Operação
Moda Triste em Goiânia resultou na apreensão
dos seguintes itens, quantidades e multas: 125 acessórios
com penas de Psitacídios (R$ 3.000,00), 06 relógios
e outros enfeites com borboletas (R$ 6.000,00), 06 acessórios
com dentes e chifres (R$ 1.500,00), 47 acessórios
com material marinho (R$ 500,00), 03 acessórios
com couro de animal silvestre (R$ 1.500,00) e 14 acessórios
com subproduto vegetal do cerrado (R$ 1.400,00). Durante
a fiscalização foram detidos treze (13)
comerciantes flagrados com irregularidades.
Segundo o chefe de Divisão de
Controle e Fiscalização do Ibama/GO, Pedro
Alberto Bignelli, "a repercussão da operação
foi bastante satisfatória, pois o objetivo de educar
a comunidade em não consumir produtos oriundos
da ilegalidade em relação a fauna silvestre,
já surtiu efeito, tendo em vista as inúmeras
denúncias, no dia de hoje, de comerciantes que
ainda insistem em trabalhar com material similar aos apreendidos
ontem".
A operação Moda Triste
foi deflagrada em 25 estados e no Distrito Federal na
manhã de quarta-feira (25). Em Goiânia, os
fiscais do Ibama tiveram o apoio dos agentes da Delegacia
Estadual do Meio Ambiente (Dema). O objetivo da operação
foi coibir a comercialização ilegal de partes
de animais da fauna silvestre brasileira tais como: peles,
penas, corais, escamas de pirarucu, estrelas do mar, borboletas,
couro de felinos utilizados na confecção
de artesanatos e acessórios de decoração
e moda.
A operação foi Respaldada
pela Lei dos Crimes Ambientais (Lei da Vida)- Lei n°
9.605, que na seção I - Dos Crimes contra
a Fauna, artigo 29 preceitua que é crime "matar,
perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes
da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória,
sem a devida permissão ou licença. A pena
varia de seis meses a um ano e multa. Também está
sujeito às mesmas penalidades "quem vende,
expõe à venda, exporta ou adquire, guarda,
tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta...
espécimes da fauna silvestre... bem como produtos
e objetos dela oriundos, sem a devida permissão
ou licença".
Mirza Nóbrega
Ibama no Pará participa da Operação
“Moda Triste”
Belém (26/04/2007) - Durante
a operação Moda Triste ocorrida em todo
o país, sete lojas de Belém/PA foram inspecionadas,
resultando na lavratura de seis Autos de Infração
e uma notificação. No total, 660 produtos
foram apreendidos, entre eles, 329 borboletas, 14 escorpiões,
13 aranhas, 21 peças de fósseis, 110 corais,
02 cocais, 07 espanadores, 55 quadros com partes de borboleta,
63 arcos com penas de animais silvestres, 03 máscaras
com penas e 75 peças de artesanato. A operação
visava apreender artesanatos e bijuterias produzidas com
penas, peles, dentes, espinhos, couros ou qualquer parte
de animais silvestre considerado proibidos para a comercialização.
O Ibama no Pará fiscalizou durante
a manhã de ontem em conjunto com a Delegacia do
Meio Ambiente – DEMA - e Batalhão de Policiamento
Ambiental – BPA, vários pontos da avenida Presidente
Vargas. No final da operação, foram aplicados
R$ 319.650,00 em multas relacionadas com os ilícitos.
A maior delas foi no valor de R$ 182.000,00 para uma loja
comercial.
Shirley Moura
Mais de 8 mil peças de artesanato
com partes de animais são apreendidas na Operação
Moda Triste
Brasília (26/05/2007) - O total
de multas aplicadas durante a operação Moda
Triste, deflagrada pelo Ibama ontem, passou de R$ 3 milhões.
Os fiscais apreenderam em 25 estados e no Distrito Federal
8.567 peças de artesanatos que utilizam ilegalmente
partes de animais da fauna silvestre brasileira. Os técnicos
da divisão de fiscalização de fauna
em Brasília ainda estão consolidando os
dados da operação.
Segundo o coordenador geral de Fiscalização
do Ibama, Arty Fleck, a intenção desta operação
foi coibir este comércio que é alimentado
pelo tráfico de animais e pela caça ilegal.
Para o coordenador, a operação também
teve o objetivo de conscientizar a população.
“Ao comprar estes produtos, as pessoas estão indiretamente
estimulando o tráfico e a caça ilegal e
estas práticas, devido ao volume do que é
comercializado, trazem danos consideráveis à
natureza.”
Entre os objetos apreendidos, encontram-se
brincos, colares e outros enfeites com penas de araras
e papagaios e também alguns artesanatos e acessórios
de decoração e moda esdrúxulos como
um uirapuru vendido em um vidro de formol, um perfume
feito a partir de testículos de boto e um lote
de tampas de vasos sanitários com borboletas.
Gustavo Rick / Kézia Macedo