Belém (03/01/08)
– O Ibama/PA divulgou, hoje, o resultado da Operação
Praialta e Piranheira. Foram aplicadas multas que, somadas,
chegam a R$ 545.801,00 sobre um volume de 5.360 m³
de madeira ilegal em tora, encontradas em três empresas
localizadas no município de Nova Ipixuna, no sudeste
do Pará. Do total, 4.762 m³ foram apreendidos
pelo Ibama, mas os 595 m³ restantes já haviam
sido vendidos de forma irregular.
A primeira etapa da operação
foi realizada nos últimos dias 11 e 12, onde foi
realizado um levantamento de madeira nos pátios
das empresas, denunciadas pelo Ministério Público
Federal (MPF), Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS)
e por uma associação de produtores local.
O levantamento mostrou que as empresas apresentaram grande
estoque de madeira em tora sem origem declarada, ou seja,
não tinham licença do órgão
ambiental competente e que ainda haviam vendido madeira
sem Guia Florestal (GF – documento de transporte).
Segundo o gerente do Ibama
em Marabá, Léo Bento, cada serraria tem
uma pasta que funciona como uma conta corrente de movimentação
de madeira, gerenciada pela Secretaria de Meio Ambiente
(Sema) do estado. “A empresa só tem crédito
de madeira quando apresenta a compra pelo Plano de Manejo
Florestal ou quando o desmatamento é autorizado”,
diz. Para o transporte de madeira, Léo informa
que é necessária a emissão da Guia
Florestal, autorizada pela Sema.
A segunda etapa da Operação
aconteceu no último dia 19, quando foram inspecionadas
áreas dentro do Projeto Agro-extrativista, onde
se comprovou o corte de diversas castanheiras. Também
foi feito o levantamento individual dos lotes citados
na denúncia, para se ter o número de castanheiras
abatidas, e de fornos de carvão instalados nas
áreas denunciadas.
Os colonos confirmaram
a venda para moradores de Nova Ipixuna, mas não
informaram quais as serrarias para onde as árvores
seriam entregues. Alegaram também que o corte se
deu para facilitar a instalação da rede
elétrica na região.
Luciana Almeida