Recife (28/03/08) - Uma
operação deflagrada pela fiscalização
do Ibama em Pernambuco desde segunda-feira, 24, embargou
quatro serrarias e movelarias na divisa com o estado de
Alagoas. O alvo foram os comerciantes do entorno da Reserva
Biológica (Rebio) de Pedra Talhada - área
de preservação ambiental criada em 1989,
situada entre os municípios de Quebrangulo (AL)
e Lagoa do Ouro (PE) - de onde a madeira era extraída.
Em Rainha Isabel, distrito
de Bom Conselho, a 275 km do Recife, os fiscais apreenderam
dois caminhões com tora de madeira do tipo sucupira
da mata atlântica. As serrarias foram desmontadas
e lacradas. Em Lagoa do Ouro, município vizinho,
foram fechadas mais duas movelarias. O volume de madeira
apreendido somou 10 m3, entre toras e peças prontas
para serem utilizadas na montagem de móveis.
Em nenhum dos casos havia
licenciamento nem o Documento de Origem Florestal (DOF),
obrigatório para o controle do transporte e armazenamento
de produtos e subprodutos florestais de origem nativa,
conforme regulamenta a Portaria n°253/06, do Ministério
do Meio Ambiente.
Apenas o responsável por um dos estabelecimentos
em Lagoa do Ouro foi encontrado no local durante apreensão
ontem (27). As multas aplicadas somam R$ 10 mil e os responsáveis
ainda responderão por crime ambiental, podendo
pegar de seis meses a um ano de detenção.
Suzy Anne Rodrigues
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Fiscais do Ibama impedem
embarque de madeira ilegal para a Europa
Belém (01/04/08)
- Madeira retida por fiscais do Ibama no porto exportador
de Santarém, Pará, para averiguação,
foi constatada como ilegal. São 1,5 mil m³
de madeira nobre, que inclui espécies como maçaranduba,
jatobá, angelim e ipê. As irregularidades
são diversas. Há divergência entre
as informações contidas na documentação
e as espécies apreendidas. Também falta
comprovação da origem da madeira. A carga
seria embarcada em um navio espanhol rumo à Espanha,
Portugal e Holanda. Cinco empresas vendedoras foram notificadas
para prestar esclarecimentos. Elas podem ser autuadas
por transporte e comércio ilegais de madeira. O
valor total das multas, que ainda está sendo contabilizado
pelos fiscais, pode chegar a R$ 300 mil.
A operação
“Made in Brazil”, iniciada na última quarta-feira,
dia 26 pela Gerência Executiva do Ibama (Gerex)
em Santarém, reteve a madeira no porto na quinta-feira,
27. A ação faz parte da campanha nacional
Guardiões da Amazônia de combate ao desmatamento,
extração seletiva, transporte, e comércio
ilegais de madeira, no âmbito do Plano de Prevenção
e Combate ao Desmatamento na Amazônia (PPCDAM).
A madeira ilegal pode ter vindo da Floresta Nacional do
Tapajós, ou de locais distantes de Santarém.
De acordo com o chefe
da fiscalização da Gerex, Marcus Bistene,
toda a madeira vistoriada já havia sido liberada
para exportação pela Receita Federal. Segundo
ele, “haverá um reforço das fiscalizações
do Ibama no porto”. Para Severiano Pontes, coordenador
da operação, “é um trabalho minucioso
e árduo que demanda tempo e recursos humanos qualificados.
Apesar de gerar insatisfação junto à
classe empresarial, é de grande importância
para a administração ambiental federal.
Santarém é
a terceira maior cidade da Amazônia, Oeste do Pará,
cerca de 500 km da capital Belém. A “Pérola
do Tapajós”, como é conhecida a cidade,
fica localizada em uma região belíssima
onde se encontram florestas tropicais de grande porte.
Kézia Macedo - Ascom Ibama
Luciana Almeida - Ascom Ibama/PA
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Ibama flagra madeira ilegal
escondida em sítio no interior de SP
São Paulo (01/04/2008)
- Fiscais do Ibama/SP apreenderam cerca de 20 m3 de madeira
ilegal em um sítio localizado no município
de Guapiaçu, na região de São José
do Rio Preto. O proprietário do local havia apresentado
ao Ibama uma guia que informava que a madeira armazenada
no sítio teria sido transportada do estado do Pará
para o município de Ribeirão Preto, no interior
do estado. Os agentes notaram o desencontro das informações
e identificaram a madeira sem origem comprovada na propriedade
do infrator.
O chefe da unidade do
Ibama em Barretos, Carlos Egberto Rodrigues Junior, que
conduziu a operação no sítio, estranhou
o fato do autuado ser, também, proprietário
de uma madeireira. “Além de toda a madeira ilegal
contida no sítio constatamos que, coincidentemente,
o infrator é dono de uma madeireira da região
que, inclusive, já foi multada pelo Ibama por recebimento
de madeira ilegal” afirmou Egberto. O Ibama SP aplicou
uma multa superior a R$ 4 mil, conforme estabelecem a
Lei nº 9.605/98 (dos Crimes Ambientais) e o Decreto
3.179/99 (art. 32).
A ação do
Ibama SP é um desdobramento da Operação
Guardiões da Amazônia, que pretende interromper
o fluxo e o comércio de madeira ilegal, além
de orientações para o consumidor final.
Márcio Homsi