04/07/2008 - Num total
de 11 horas de fiscalização na região
das represas Guarapiranga e Billings, em uma ação
denominada “Operação Mananciais”, a Polícia
Ambiental registrou, no ultimo dia 3 de julho, nove infrações
ambientais. Ao todo, foram deflagrados quatro crimes contra
a fauna, com 95 animais apreendidos em cativeiro, seis
delitos por supressão e impedimento de regeneração
de vegetação nativa e um crime por construção
em solo não edificável.
Uma equipe de 74 Policiais
Ambientais, divididos em 34 viaturas, quatro embarcações
e um helicóptero, participou da ação
com o intuito de combater crimes ambientais como caça
e pesca predatória, desmatamento e ocupações
irregulares.
“O objetivo da Operação
Mananciais se resume em preservar os recursos naturais”,
explica o capitão da Polícia Ambiental e
comandante da operação, Wagner Matiota.
A região das represas Guarapiranga e Billings concentra
importantes unidades de conservação, como
o Parque Ecológico da Guarapiranga e o Parque Estadual
da Serra do Mar e é vítima de crimes ambientais
como caça e comercialização de animais
silvestres, pesca predatória, desmatamento, construções
irregulares e esgotos clandestinos.
Apesar de estar no âmbito
da Polícia Ambiental, a operação
registrou infrações de trânsito em
bloqueios feitos em pontos estratégicos da região,
com 80 veículos fiscalizados e três autuados
por infrações de trânsito.
MADEIRA ILEGAL DA AMAZÔNIA
Uma carga com 46 m3 de
castanheira do Pará, procedente do estado de Rondônia,
foi apreendida pela Policia Ambiental, na Rodovia Raposo
Tavares, no município de Presidente Venceslau,
no Pontal do Paranapanema. A documentação
da carga era para transporte de Tauari, madeira muito
parecida com a castanheira, que tinha como destino o estado
de Santa Catarina. A inspeção realizada
por engenheiros do Instituto Florestal revelou que cerca
de 30% da madeira vistoriada eram de castanheira, espécie
ameaçada de extinção e com a comercialização
proibida. A empresa responsável pelo carregamento
foi multada em 25 mil reais e o caminhão, em conjunto
com a carga, foi apreendido e recolhido ao Parque Estadual
do Morro do Diabo, onde aguardará decisão
judicial.
A ação ocorreu
nos dia 2 e 3 de julho, integrando a Operação
São Paulo Amigo da Amazônia, um dos 21 Projetos
Ambientais Estratégicos da Secretaria Estadual
do Meio Ambiente, e contou com o trabalho da Policia Ambiental
e apoio de engenheiros do Instituto Florestal.
Desde setembro passado,
quando foram iniciadas as operações de fiscalização
em madeireiras e nas estradas paulistas que levam aos
estados do Norte do País, aproximadamente seis
mil toneladas de madeira ilegal, procedente da região
amazônica, já foram apreendidas.
Texto: Evelyn Araripe