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Ibama desarticula comércio ilegal de documentos de
origem florestal no centro-oeste do Pará

Belém (08/08/08) - A Gerência do Ibama de Altamira, com o apoio da Polícia Federal, desarticulou uma rede de comércio ilegal de Guias Florestais (GF´s) e crédito de produtos florestais organizada por uma empresa “fantasma” denominada F.G. Ferreira, no município de Medicilândia, centro-oeste do Pará. Três empresas que participavam do esquema foram identificadas e as madeiras encontradas com elas foram apreendidas. A multa total foi de R$500 mil.

No lugar onde supostamente funcionava esta empresa (para efeito cadastral), não havia sequer escritório ou funcionários, mas, um barracão abandonado, que fica no mesmo perímetro de serrarias e madeireiras. Um intermediador era o responsável pelo comércio ilegal de crédito de produtos florestais e Guias Florestais.

Por isso, várias madeireiras recebiam a documentação falsa e repassavam madeira extraída de forma ilegal para comércio dentro e fora do estado. É o que conta o gerente do Ibama em Altamira, Roberto Scarpari. “Descobrimos a madeira sem origem, com o papel frio e fomos à empresa que efetuava as vendas. Lá, encontramos intermediários, os que levam as toras para serrar e compram GF de madeira serrada para acobertá-las”, explica Scarpari.

Ele ainda conta que os intermediários levavam madeira em toras dos assentamentos, por exemplo, de algum colono que não tinha documentos de origem, compravam barato, levavam para as serrarias e depois de serradas as madeiras, iam ao mercado de créditos para comprar as Guias para acobertar a madeira de origem ilegal.

Uma equipe de fiscais do Instituto e da PF estava investigando este esquema ilegal de venda de Guias Florestais há cerca de seis meses. “E também como resultado das investigações, apreendemos os últimos 40 metros cúbicos de madeira das empresas ligadas à F.G. Ferreira, nos portos do município de Vitória do Xingu, já que agora, as empresas estão bloqueadas”, conta.

Parte das madeiras das espécies Jatobá e Ipê encontradas nos Portos de Vitória do Xingu estavam aguardando notas fiscais e Guias Florestais vindas da F. G. Ferreira, e outra parte já estava com os documentos fraudados. “O proprietário da empresa foi notificado a comparecer e provar a origem legal das madeiras declaradas, mas até esta data não compareceu”, afirma Scarpari.

Entenda o caso
No final do ano de 2007, foi flagrado um grupo de madeireiros transportando madeira serrada sem documentos de transporte dos produtos florestais. Os documentos eram passados durante a viagem para outras empresas madeireiras. Por isso, foram feitas diligências no sentido de flagrar tais transportes. Arrecadados os documentos, a equipe localizou o fornecedor dos créditos que vendia as Guias Florestais.

Nos procedimentos de investigação foram notificados os empresários que forneciam as madeiras e nas declarações junto ao Ibama e Polícia Federal ficou evidenciado o nome de um intermediador.

De acordo com Scarpari, há muitos outros casos de madeira legalizada com papel frio. “Porém, com o sucesso dessa recente ação, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) foi alertada para a necessidade de monitoramento das cadeias de custódias das madeiras, um acompanhamento mais apurado, com cruzamentos, ou seja, estão cientes da necessidade de tornar o de Sistema de Controle Florestal-Sisflora mais inteligente”, explica Scarpari.

Ainda segundo o gerente, o Ibama coleciona flagrantes de venda ilegal de madeira acobertada por comércio ilegal de crédito, documentos fraudados. “Acredito que estão sendo tomadas as medidas necessárias para conter este comércio de crédito amplamente discutido na oficina organizada pela Sema em maio deste ano, em Belém”, conclui.
Luciana Almeida
Ascom/Ibama/PA

 
 

Fonte: Ibama

 
 
 
 

 

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