Vitória (22/01/2009)
- O Núcleo de Controle e Monitoramento do Ibama
(NUCOM), responsável por toda a fiscalização
do Instituto no Espírito Santo, divulga o número
dos totais de apreensões realizadas em 2008 com
as Operações Lagosta Legal e Impacto Profundo,
ambas contra a pesca predatória. O total das multas
aplicadas chegou a mais de R$ 6 milhões.
Foram 6,286 toneladas
de pescados confiscados. As apreensões de lagosta
chegaram a mais de uma tonelada, as de camarão
e peixe a quase duas toneladas e meia cada. Todo o material
apreendido durante as ações foi doado para
instituições de caridade.
Também foram confiscados
petrechos de pesca proibidos. Foram 13.300 metros de rede
caçoeira e 5.784 metros de redes apreendidas. A
fiscalização estima que estas redes iriam
capturar, em apenas um ano, 164.587 quilos de lagosta
de forma predatória e prejudicial ao meio ambiente.
Além das redes
também foram apreendidas 14 embarcações
que estavam realizando pesca ilegal e 21 tarrafas. As
redes caçoeiras e tarrafas prejudicam o meio ambiente
porque prende lagostas abaixo do tamanho mínimo
permitido para comércio o que compromete a perpetuação
da espécie. A fiscalização do Ibama
informa que as redes apreendidas serão queimadas.
Novas fiscalizações
para 2009
Em 2009, as ações
contra a pesca predatória terão um novo
foco, segundo informações do NUCOM. Ações
que visam fiscalizar o transporte dos pescados vão
ser intensificadas neste ano. No ano passado ações
realizadas no mar, nos portos e em estabelecimentos comerciais,
tiveram um bom resultado. A proposta é de ampliar
as áreas de atuação da fiscalização.
Esta nova abordagem foi
iniciada no município de Presidente Kennedy, na
tarde de quarta feira (21). O resultado foram 20 quilos
de lagosta vermelha apreendidos durante o seu transporte
na Estrada de Praia das Neves. A multa para a empresa
transportadora foi de R$ 5,4 mil.
Esta ação
pontual vem de uma informação anônima.
Para os fiscais, o aumento das ligações
para o Sistema Linha Verde é um reflexo das operações
realizadas no mar e mostram que a população
tem se aproximado do órgão para o combate
dos crimes ambientais.
Mas
ações nas estradas serão realizadas
para combater a pesca predatória durante todo o
ano de 2009. Assim como capturar e comercializar, transportar
pescado, durante o seu período de defeso e sem
nota fiscal que comprove sua origem, é crime ambiental.
Texto e foto: Luciana Carvalho
Ascom/Ibama/ES