20/07/2009 - O uso de
uma nova tecnologia possibilitou à Polícia
Militar Ambiental realizar a apreensão de uma carga
de 70,84 m3 de Madeira, em 16.07, no Município
de Colômbia, na região de São José
do Rio Preto, interior do Estado.
Utilizando uma câmera
fotográfica digital, dotada de microscópio
de alta resolução, os policiais produziram
imagens da carga e as enviou para a sede do Instituto
Florestal - IF, órgão vinculado à
Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, em São
Paulo, onde os especialistas atestaram que a carga continha
quatro espécies de madeira e não duas, como
declarava a documentação apresentada pelo
motorista.A apreensão ocorreu por volta das 14h00,
no km 468, da SP-326. O cavalo mecânico com um reboque
e dois semirreboques, conduzidos por Emerson Brentan Prates,
foram apreendidos.
Em 17.07, no final da
tarde, uma equipe da Polícia Militar Ambiental
vistoriou o estabelecimento localizado na Rua Caramuru,
1.175, no município de Diadema, onde o motorista
detido em Colômbia iria entregar a carga. No local,
foi encontrado um grande estoque de madeira, que os policiais,
com o apoio dos técnicos do Instituto Florestal,
deverão identificar.
Este foi um dos diversos
registros feitos durante a Operação Xilema
- termo derivado da palavra grega xilo, designativo de
Madeira - , que a Polícia Militar Ambiental realizou,
em 16 e 17.07, com o apoio de técnicos da SMA,
nas principais vias do Estado, nas divisas com Minas Gerais,
Mato Grosso do Sul e Paraná, e em 36 pontos comerciais
nas regiões de Taubaté, Campinas, Araçatuba,
Presidente Epitácio e ABC. A operação
contou, inclusive, com a presença do secretário
estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, na sua abertura,
em 16.07, em um ponto situado na região de Presidente
Epitácio.
O uso de tecnologia de
informática se mostrou viável devendo ser
utilizado nas próximas operações.
O sistema permitiu a participação de especialistas
em madeira do Instituto Florestal, baseados na sede em
São Paulo, nos vários bloqueios instalados,
fornecendo pela internet pareceres, praticamente “on line”,
sobre as madeiras fiscalizadas.
A operação,
nos dois dias, envolveu cerca de 150 policiais militares
ambientais e 50 viaturas, além dos técnicos
do Instituto Florestal e dos policiais rodoviários
que deram apoio à fiscalização, cujo
principal objetivo é evitar o comércio illegal
de madeira proveniente da Amazônia.
Um balanço parcial,
feito em 17.07, indicava a apreensão de 1.129 m3
de madeira, que correspondem a 903,2 toneladas, gerando
multas no valor total de R$ 782.413,00. Foram montados
32 pontos de bloqueio em várias estradas, resultando
na abordagem de 161 pessoas e fiscalização
de 35 veículos, dos quais cinco com carga de madeira
exótica.
Os resultados, parciais,
por região foram os seguintes:
- 1º Batalhão
de Polícia Militar Ambiental - Região de
Campinas: 815 m3 de madeira apreendida, R$ 477.008,92
em multas; e 6 pontos de bloqueio.
- 2º Batalhão de Polícia Militar Ambiental
– Região de Araçatuba e Presidente Epitácio:
2,342 m3 de madeira apreendida; R$ 23.128,49 em multas;
e 4 pontos de bloqueio.
- 3º Batalhão de Polícia Militar Ambiental
– Região de Taubaté: 239,480 m3 de madeira
apreendida, R$ 80.131,79 em multas e 13 bloqueiros.
- 4º Batalhão de Polícia Militar Ambiental
– Região de São José do Rio Preto:
71,975 m3 de madeira apreendida, R$ 202.142,80 em multas
e 9 bloqueiros.
Texto: Newton Miura Fotografia: Polícia Ambiental
+ Mais
Fiscalização
de madeira nativa é aprimorada no Estado de São
Paulo
15/07/2009 - O Estado
de São Paulo está fechando cada vez mais
o cerco contra a entrada de madeira nativa ilegal em território
paulista. De março ao início de junho deste
ano, 175 policiais militares ambientais foram treinados,
em cinco cursos ministrados por especialistas do Instituto
Florestal – IF, órgão pertencente à
Secretária Estadual do Meio Ambiente – SMA, para
fazer a identificação “online” de madeiras
nativas. Os cursos, com cinco dias de duração
cada, aconteceram na capital, por duas vezes, em São
José do Rio Preto, no Guarujá e em Birigui.
Ao final de cada treinamento,
além de uma ação prática,
com operações efetivas de fiscalização,
realizadas junto a madeireiras locais, em conjunto pelos
homens da Polícia Militar Ambiental e os técnicos
do IF, a corporação recebeu os equipamentos
necessários para a captação e o envio
das imagens, que são analisadas em laboratório
do Instituto Florestal, em São Paulo. No total,
a Polícia Ambiental recebeu cinco microscópios
portáteis, cinco “notebooks” com recurso de transmissão
de imagem de alta definição, e mais uma
câmera digital. Nas operações junto
às madeireiras, uma castanheira chegou a ser apreendida,
em São José do Rio Preto.
Os cursos tiveram a coordenação
técnica de Sandra Monteiro Borges Florsheim, da
seção de Madeira e Produtos Florestais do
Laboratório de Anatomia, Identificação
e Qualidade de Madeiras do IF. Ela lembrou que a crescente
capacitação da Polícia Ambiental
e a agilidade nas fiscalizações fazem parte
dos esforços do Governo do Estado, por intermédio
da SMA, para coibir a entrada de madeira ilegal através
das fronteiras paulistas, no âmbito do Projeto Ambiental
Estratégico São Paulo Amigo da Amazônia.
As madeireiras que estão
sendo identificadas como idôneas podem se cadastrar
junto à Secretaria do Meio Ambiente no CADMADEIRA,
para obtenção do Selo Madeira Legal que
garante a procedência legal da madeira que comercializam.
Texto: Mário Senaga Fotografia: Sandra Florsheim