Priscila Galvão
- Brasília (03/08/09) – Três pessoas foram
presas no domingo (2) por pescarem ilegalmente no Rio
Carabinani, no interior do Parque Nacional (Parna) do
Jaú, entre os municípios de Novo Airão
e Barcelos, no Amazonas. A operação foi
feita em ação conjunta do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio), do Ibama e do Batalhão Ambiental da Polícia
Militar.
Além de apetrechos
de pesca e uma espingarda, foram apreendidos com os infratores
220 quilos de pirarucu e 95 quelônios – tracajás,
tartarugas, zé-pregos, cabeçudos e uma lalá.
Segundo a administração da unidade de conservação,
todos os anos diferentes grupos da região, localizados
em Novo Airão e nas comunidades do Castanho e Bacaba,
invadem a unidade desde os primeiros dias em que o nível
dos rios começa a baixar, para pescar e extrair
espécies da fauna silvestre.
Durante a operação,
os infratores foram obrigados a soltar os bichos de casco
no rio Jaú, antes de serem conduzidos à
Delegacia de Novo Airão para identificação
e procedimentos administrativos e penais. Dois deles foram
multados em R$ 50 mil reais, cada um, por crime ambiental.
Os 220 quilos de pirarucu foram doados ao hospital público,
à Delegacia de Novo Airão e instituições
de caridade.
Nos próximos dias
deverão ser intensificadas as ações
de fiscalização no Parna Jaú, tendo
em vista informações de que outros grupos
já estariam ilegalmente dentro do Parque.
A fiscalização
conjunta tem coibido a ocorrência de crimes ambientais
como esses no Parna do Jaú. Mas as poucas alternativas
de renda para os ribeirinhos e o forte comércio
de peixes e quelônios em Manaus estimulam os moradores
dos municípios que cercam o parque a optar pela
pesca irregular.
Investigações
apontam que, além dos ribeirinhos, uma rede de
comerciantes é responsável por fomentar
a atividade
e posteriormente lucrar
com o consumo e venda da produção, caracterizando
pequenas quadrilhas atuantes há tempos na região.
Ascom/ICMBio