A Operação
Caápua, criada há quase dois meses pelo
Batalhão de Polícia Ambiental – Força
Verde (BPAmb), por determinação do governador
Roberto Requião, já apreendeu 51 armas de
fogo e prendeu seis pessoas por porte e posse ilegal de
arma de fogo. “Pretendemos diminuir os crimes contra o
meio ambiente, como a atuação de caçadores,
pescadores e depredadores”, explica o comandante da Força
Verde, tenente-coronel João Alves da Rosa Neto.
A operação
abrange Curitiba, Cerro Azul, Tunas do Paraná,
Doutor Ulysses, Rio Branco do Sul, Tijucas do Sul, Piraquara,
Pinhais, Araucária, e Guaratuba, além da
Serra do Mar. A partir de agora, o trabalho deverá
ser expandido para outras regiões do Estado. Entre
as armas apreendidas estão espingardas, revólveres
e garruchas. Dos detidos, cinco foram autuados por posse
ilegal de arma de fogo e dois por porte ilegal.
“Especialmente a espingarda
que tem cano liso, é muito utilizada na caça,
porque espalha o projétil, atingindo mais animais
ao mesmo tempo, além da maior possibilidade de
o alvo ser atingido”, detalha o tenente-coronel. Ainda
segundo ele, pode ser considerado que cada arma apreendida
evitou a morte de quase 50 animais silvestres.
Somente de palmito jussara,
os policiais apreenderam 290 vidros do alimento inteiro
em conserva e 230 vidros da planta picada. “Esses produtos
precisam de inspeção federal. O risco para
a saúde de quem consome o produto clandestino é
grande já que pode estar contaminado com coliformes
fecais”, disse Rosa Neto. Os vidros de palmito clandestino,
segundo o coronel, seriam vendidos a pizzarias, lanchonetes
e restaurantes. Também foram recolhidas 1.740 unidades
de palmito in natura.
PESCA – Dentre os materiais
utilizados para pesca ilegal a Força Verde apreendeu
uma rede de 17 metros de comprimento por 1,5 metro de
largura (malha de 9 cm), uma rede 15 metros de comprimento
por 1,5 metro de largura (malha 3 cm), quatro linhas de
mão e três varas de bambu.
A diferença das
malhas mostra que tamanho de peixes estavam sendo pegos,
isto é, quanto mais fina ela for, mais pequeno
será o animal caçado. “E, se isso ocorrer,
a geração futura de peixes ficara prejudicada
ou até mesmo extinta”, diz o coronel. É
preciso lembrar que o uso de redes, na maioria das situações,
é proibida pelos órgãos ambientais
pois prejudica não só a fauna, mas também
a vegetação.
Animais silvestres também
foram recuperados pelas equipes policiais, entre eles,
24 pássaros, quatro tatus, um veado e um quati
vivos – que foram soltos no habitat natural pelos PMS
– , e um gambá abatido. Uma grande quantidade de
munições, além de pólvora,
chumbo e espoletas e diversas armadilhas para captura
de animais silvestres foram apreendidos.
Todas as armas e materiais
apreendidos pela Força Verde são encaminhados
para delegacias locais ou Delegacia de Proteção
ao Meio Ambiente (DPMA), bem como as pessoas detidas.
As denúncias sobre caça ilegal, corte irregular
de árvores e outros crimes ambientais podem ser
feitas diretamente através do telefone: 0800-6430304.
Não é preciso se identificar. “A população
é peça fundamental na luta contra os crimes
ambientais”, enfatiza Rosa Neto.