Marabá (15/01/2010)
– Um pastor acusado de vender madeira ilegal apreendida
durante a “Operação Quintal” foi preso pela
Polícia Federal nesta quinta-feira (14/01/2009)
em Belém, no Pará. O religioso recebeu o
material do Ibama na condição de fiel depositário.
Ele deveria guardar o produto, cerca de 70 m3 de tábuas,
até o seu destino final ser definido por meio de
um processo de doação aberto pelo órgão
ambiental.
A “Operação
Quintal” acontece na zona portuária da capital
desde segunda-feira (11/01/2010). Com apoio do Batalhão
de Policiamento Ambiental, fiscais da Superintendência
do Ibama em Belém passam um pente-fino no comércio
madeireiro da região. Cerca de 1,6 mil m3 de madeira
serrada, quantidade suficiente para encher 80 caminhões,
já foram apreendidas desde o início das
ações.
De acordo com o Artigo
135 do Decreto Federal 6514, de 2008, os bens apreendidos
pelo Ibama poderão ser doados a entidades científicas,
culturais, hospitalares, entre outras, sem fins lucrativos.
“Cada vez mais é nosso procedimento padrão
retirar, imediatamente, o produto do crime ambiental do
poder do infrator, deixando-o aos cuidados de um fiel
depositário”, explica o superintendente do Ibama
no Pará, Paulo Diniz.
O pastor, que faz parte
do grupo Desafio Jovem de Belém - Dejobe, ligado
à Assembléia de Deus, foi denunciado como
infiel depositário no início da semana.
Na tarde de quinta-feira, o religioso foi flagrado pela
Polícia Federal negociando a madeira e acabou preso.
O Dejobe é uma comunidade, sem fins lucrativos,
que trata dependentes químicos com apoio de voluntários
em Belém.
A madeira apreendida na
“Operação Quintal” também foi depositada
pelo Ibama em nome de outras instituições,
dentre elas, a Universidade Federal Rural da Amazônia
- Ufra e a organização humanitária
Cáritas.
Nelson Feitosa
Ascom Ibama