Marabá (12/01/2010)
– Fiscais da Superintendência do Ibama em Belém
apreenderam nesta segunda-feira (11/01) cerca de 800 m³
de madeira serrada, durante o primeiro dia da “Operação
Quintal”, realizada na área portuária da
capital do estado. Dentre as espécies comercializadas
sem a licença ambiental estavam essências
amazônicas como quaruba, angelim, cupiúba
e mandioqueira. Toda a madeira ilegal, ao final do processo,
será doada para instituições beneficentes,
além de usadas na construção de casas
populares e em reformas de escolas.
“Esses estabelecimentos
armazenavam e vendiam madeira irregularmente há
muitos anos. Elas já estavam notificadas pelo Ibama
a se regularizar desde 2005, mas não tomaram nenhuma
providência para se adequar à legislação
ambiental. Com essa operação estamos limpando
o quintal da nossa própria casa”, diz o Assessor
de Gabinete do Ibama em Belém, Leandro Aranha.
Concentrados na Avenida
Bernardo Sayão, no coração da capital,
os empreendimentos fiscalizados são os principais
fornecedores de madeira para a construção
civil em Belém. “A origem ilegal faz com que o
preço final seja bem mais baixo do que o do produto
lícito. O setor de construção civil
se abastece dessa madeira, geralmente fruto de desmatamento,
e lucra às custas do crime ambiental”, explica
Aranha.
A “Operação
Quintal”, que acontece com apoio do Batalhão de
Policiamento Ambiental, não tem data para terminar.
A ação visa não só a fiscalização
do comércio ilegal de madeira, mas também
reprimir outros ilícitos ambientais, como o desembarque
de fauna silvestre e a pesca ilegal.
Nelson Feitosa
Ascom Ibama
+ Mais
Ibama embarga mineração
e apreende meia tonelada de dinamite em Lavras/MG
Belo Horizonte (13/01/2010)
- Nesta terça-feira, dia 12, técnicos do
Escritório do Ibama em Lavras, região sul
de Minas Gerais, realizaram uma operação
para o acompanhamento das anuências negadas na região
do município de Pains. A empresa Calcinação
Pains foi multada em 30 mil reais, teve a lavra embargada
e foram apreendidos um caminhão, uma perfuratriz
e um compressor avaliados em 300 mil reais.
Segundo o chefe do Escritório
em Lavras, Adriano Garcia de Souza, a empresa teve a anuência
para lavra negada pelo órgão e, mesmo assim,
continuou a exploração. A licença
ambiental também foi indeferida pelo Estado.
Durante a fiscalização estava ocorrendo
a entrega de explosivos na mineração e a
empresa Dexplo - Distribuidora de Explosivos e Ferragens
Ltda, também foi autuada em cinco mil reais e teve
a carga apreendida.
Foram apreendidos 500
kg de dinamite e uma caixa de detonadores. O crime foi
o de comercializar explosivo com empresa mineradora sem
licença ambiental. É a chamada responsabilidade
solidária. A empresa ficou como depositária
e o Exército será comunicado para decidir
sobre a destinação do material apreendido.
Os explosivos que já estavam colocados na área
foram detonados para se evitar acidentes. Porém
a matéria-prima obtida com a explosão não
poderá ser utilizada pela empresa.
Outra empresa fiscalizada,
Mineração Saldanha Ltda, está cumprindo
a decisão do Ibama, mantendo a lavra paralisada.
Ascom Ibama/MG