O Batalhão de Polícia
Ambiental Força Verde tem reforçado as ações
de fiscalização para garantir a proteção
da fauna e da flora no Litoral paranaense durante a temporada
de verão. Apenas na segunda-feira (25) foram apreendidos,
na região de Guaratuba 95 unidades de palmito “in
natura” extraídos e industrializados clandestinamente
em Área de Preservação Permanente.
No local também foram apreendidas cinco armas de
fogo e um canhão artesanal calibre 32. O material
foi encaminhado à Delegacia de Policia Civil de
Antonina.
Em outro ponto da mesma
região – na estrada do Cubatão, também
em Guaratuba - uma senhora foi presa em flagrante tentando
esconder uma espingarda usada para caça ilegal.
Na propriedade foram encontradas outras quatro espingardas,
cartuchos e munições, armadilhas para captura
de animais, além de um tatu defumado, dois pássaros
silvestres, dois vidros de palmitos industrializados de
forma irregular e oito patas de veado animal silvestre
da fauna paranaense. A criminosa foi encaminhada a delegacia
de Guaratuba e será autuada pela posse ilegal de
arma de fogo e munições e por promover a
caça ilegal em Área de Preservação.
De acordo com a legislação
ambiental as penas variam de seis meses a um ano e os
acusados também serão autuados pelo porte
de armas de fogo em Área de Preservação.
Neste caso as multas variam de R$ 1.000,00 a R$ 10 mil.
O litoral do Paraná
é uma das regiões mais visadas por caçadores
e criminosos ambientais, devido à biodiversidade
existente na Floresta Atlântica.
FISCALIZAÇÔES
- A fiscalização nos sete municípios
que integram a região litorânea - Guaraqueçaba,
Guaratuba, Antonina, Morretes, Paranaguá, Matinhos
e Pontal do Paraná – é coordenada pela 1ª
Companhia de Polícia Ambiental de Paranaguá
e prioriza, principalmente, ações contra
a caça e a pesca predatória, o tráfico
de animais e o corte de palmito - crimes comuns na região.
“São operações
diárias e sigilosas, nas quais os policiais fazem
o levantamento do local de ocorrência e das irregularidades
denunciadas ou constatadas para identificar, inclusive,
quem são os receptores”, disse o tenente coronel,
Rosa Neto.
Segundo ele, o trabalho
do poder Judiciário também tem sido essencial
para garantir mandados de prisão e de busca e apreensão,
permitindo retirar de circulação uma grande
quantidade de armas de fogo. “A operação
Caápua nada mais é do que o restabelecimento
harmônico da natureza e a garantia de preservação
do nosso patrimônio natural. Nestes últimos
meses prendemos caçadores, impedimos que palmiteiros
agissem e devolvemos ao habitat natural animais apreendidos
em armadilhas criminosas. É um trabalho gratificante”,
afirmou Rosa Neto.
O
secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
Rasca Rodrigues, sugeriu a participação
da população, através de denúncias
anônimas para coibir os crimes contra a fauna e
a flora no Litoral paranaense. “As denúncias sobre
caça ilegal, corte irregular de árvores
e outros crimes ambientais podem ser feitas diretamente
pelo telefone 0800-6430304. A ligação é
gratuita, durante as 24 horas do dia. A identidade de
quem denuncia é mantida em sigilo’, afirma Rasca.