Campo Grande (31/03/2010)
– Em todo o país, a Operação Corcel
Negro resultou até agora em 263 autos de infração
ambiental. Minas Gerais lidera a lista de irregularidades
com 124 autos. Até o momento, o Ibama contabiliza
multas no valor de R$ 276 milhões. Lidera a lista
de irregularidades autos de infração por
informações falsas no Sistema DOF (Documento
de Origem Florestal), de porte obrigatório para
as empresas do setor.
O salto atual da Operação
Corcel Negro em Mato Grosso do Sul chega a R$1,38 milhão
em multas aplicadas em 45 autos de infração.
A operação foi desencadeada há uma
semana pelo Ibama em 14 estados brasileiros e incluiu
a fiscalização das siderúrgicas instaladas
no país. Até agora, foram fiscalizadas nove
siderúrgicas no país, sendo duas em Mato
Grosso do Sul.
No estado, a maior parte
das infrações foram cometidas pelo transporte
irregular de carvão. Esse tipo de carga é
considerada pelo Ibama como carga perigosa, altamente
inflamável, portanto, sujeita à Resolução
do Conama número 01/A, de 23/01/86, que relaciona
o transporte de carvão dentro das emergências
ambientais e prevê obrigatoriedade de licenciamento
ambiental para o transporte desse tipo de produto.
Em Mato Grosso do Sul,
a fiscalização do Ibama flagrou cinco carvoarias
funcionando ilegalmente. Quatro delas localizadas no município
de Ribas do Rio Pardo e uma no município de Paranaíba.
As carvoarias foram lacradas pelo Ibama/MS. Em Paranaíba,
a fiscalização encontrou uma carvoaria funcionando
no lixão da cidade. A prefeitura do município
foi autuada, multada e a carvoaria e o lixão foram
embargados pelo Ibama.
A Operação
Corcel Negro foi feita prioritariamente na região
do Bolsão, maior produtora de carvão no
estado, mas também incluiu Aquidauana e Bataguassu.
Foram realizadas barreiras volantes nas BR 497, 262 e
297, principais vias de escoamento da produção
de carvão em direção ao polo de siderurgia
de Minas Gerais e sudeste do país.
Segundo o chefe da Divisão
de Proteção Ambiental do Ibama/MS, Luiz
Benatti, a produção de carvão é
o principal indutor dos desmatamentos dos biomas pantanal
e cerrado. Para o superintendente do Ibama/MS, David Lourenço,
a proteção desses biomas e dos remanescentes
de Mata Atlântica existentes no estado é
uma das prioridades do Ibama no Mato Grosso do Sul.
Mariza Pontes de Oliveira
Ascom/Ibama/MS
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Operação
Corcel Negro destrói 250 fornos de carvão
ilegal no Pará
Marabá (29/03/2010)
– Fiscais do Ibama na Operação Corcel Negro
destruíram 250 fornos de carvão ilegal nos
municípios de Tailândia, Moju, Goianésia
e Jacundá, no sudeste do Pará. As carvoarias
estavam instaladas no chamado eixo da rodovia PA-150,
onde se concentram altos índices de desmatamento.
“Os dois crimes ambientais,
desmate da floresta e produção de carvão
ilegal, andam juntos. Ainda há um terceiro ilícito:
a exploração dos carvoeiros”, diz o coordenador
da operação no Pará, Paulo Maués.
Segundo ele, nas dez carvoarias
fiscalizadas, havia trabalhadores sem registro em carteira,
equipamentos de segurança e vivendo em alojamentos
em condições subumanas.
Todas as empresas envolvidas
foram multadas em mil reais por forno de produção
de carvão funcionando ilegalmente e serão
denunciadas ao Ministério do Trabalho.
Até sexta-feira
passada, quinto dia da Corcel Negro, só no estado
do Pará, já haviam sido fiscalizadas 30
carvoarias e emitidos 20 autos de infração,
no valor total de R$ 3,5 milhões. Nove caminhões
haviam sido apreendidos.
Nelson Feitosa
Ascom/Ibama/PA
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Operação
Corcel Negro continua na Região Sul
Guaíra/PR (29/03/2010)
– Com oito dias de trabalho, a Operação
Corcel Negro, que tem por objetivo o combate ao comércio
ilegal de carvão vegetal, na Região Sul,
já impôs quase R$ 8,4 milhões em multa,
por meio de 41 Autos de Infração lavrados
a 26 empresas carboníferas do oeste paranaense.
As irregularidades cometidas são várias.
Entre elas, vender créditos virtuais de carvão
no Sistema DOF (Documento de Origem Florestal), ter em
pátio carvão sem DOF, ter créditos
de carvão no DOF sem ter o produto no pátio
e transporte de produtos perigosos sem a documentação
necessária. Foram estornados no Sistema DOF 22.374,7
mdc (metros de carvão) em créditos, até
o momento. Isso equivale a 447,4 caminhões carregados.
O Brasil importa do Paraguai
parte do carvão vegetal que consome, sendo o polo
siderúrgico de Minas Gerais o maior consumidor
do produto como fonte de energia para seus fornos. Os
estados do Paraná e Santa Catarina são fornecedores
de carvão vegetal e, no caso do Paraná,
há cidades fronteiriças com o Paraguai.
Alguns empresários se valem da importação
para práticas ilícitas. Todo carvão
que entra no Brasil recebe créditos no Sistema
DOF. Os empresários mal intencionados não
fazem as baixas necessárias no sistema do carvão
vendido e, assim, esquentam carvão oriundo de madeira
nativa brasileira, proibida de corte para fazer suas transações
comerciais. O estorno desses créditos tem como
consequência o combate ao desmatamento, na medida
em que se impede o comércio ilegal de madeira de
floresta nativa.
A operação
foi dividida em três etapas. A primeira é
o transporte do carvão, com formação
de barreiras em determinados postos da Polícia
Rodoviária Federal e Estadual; a segunda compreende
a importação e o saldo de estoque de créditos
de carvão das empresas fornecedoras, bem como a
averiguação de empresas fantasmas; e a terceira
etapa é a produção de carvão.
Segundo o coordenador da operação na Região
Sul, Paulo Roberto Mattoso Dittert, as duas primeiras
etapas estão andando muito bem. “Isso mostra o
empenho e a dedicação dos agentes ambientais
federais do Ibama nos estados de Santa Catarina e Paraná,
que não estão medindo esforços para
desenvolver um trabalho ágil, sério e muito
competente”, disse.
A terceira etapa começará
em breve e terá a mesma linha de trabalho, pois
as estratégias criadas, conforme avaliação
do coordenador, estão dando certo.
Badaró Ferrari
Ascom Ibama
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Operação
Corcel Negro registra números surpreendentes na
Região Sul
Guaíra/PR (30/03/2010)
– Superando os R$ 12 milhões em multas, a Operação
Corcel Negro chega a 64 Autos de Infração
lavrados a 49 empresas que comercializam carvão
na região oeste do Paraná. Com o objetivo
de combater o comércio ilegal de carvão
no país, a operação, na Região
Sul, está atuando com a intenção
de acabar com créditos falsos no Sistema DOF -
Documento de Origem Florestal. Todo carvão importado
ou adquirido no Brasil gera créditos, que permitem
o transporte e o comércio do produto. Alguns empresários
adquirem carvão, vendem-no, mas não dão
baixa dos créditos no Sistema. Com isso, esquentam
carvão de origem ilícita. Até o momento,
foram estornados no Sistema DOF mais de 43.074 mdc (metros
de carvão) em créditos virtuais, o que equivale
a 861,4 caminhões carregados de carvão.
Foram apreendidos um caminhão, um reboque de carreta,
373 mdc e 88,8 m³ de madeira nativa serrada.
As irregularidades encontradas
são várias. Entre elas, venda de créditos
virtuais de carvão no Sistema DOF, ter em pátio
carvão sem DOF e ter créditos de carvão
no DOF sem ter o produto no pátio. “Foram encontrados
muitos pátios vazios, pátios inexistentes,
muitas empresas fantasmas”, disse o coordenador geral
da operação na Região Sul, Paulo
Roberto Mattoso Dittert.
O chefe da Divisão
de Controle e Fiscalização do Ibama no Paraná,
Caio Kanabushi, diz-se surpreso com os números
alcançados nesta operação. Segundo
ele, eram esperadas muitas irregularidades, mas não
imaginava que havia tantas empresas agindo na ilicitude
e tantas empresas fantasmas.
“Os números apresentados
refletem a qualidade dos agentes ambientais federais do
Ibama, que demonstram conhecimento e muita competência
no trabalho que desempenham. O Ibama está atento.
Operações desse porte, visando a eliminação
dessas práticas, tendo como pano de fundo o combate
ao desmatamento, ocorrerão frequentemente.”, alerta
Caio.
Badaró Ferrari
Ascom Ibama
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Operação
Corcel Negro multa Siderúrgica Santa Bárbara
em R$ 1 milhão no Espírito Santo
Vitória (31/03/2010)
A Operação Corcel Negro, que combate o comércio
ilegal de carvão vegetal, multou a Siderúrgica
Santa Bárbara, localizada na Barra do Jucu, em
Vila Velha/ES, em R$ 1 milhão. O motivo da autuação
foi a declaração falsa de estoque de carvão.
Segundo o sistema do Ibama, a siderúrgica declarou
possuir 10.250 metros de carvão. Porém,
ao ser fiscalizada, a empresa, possuía apenas cem
metros. Os agentes ambientais do Ibama acreditam que a
declaração era falsa para ?esquentar? carregamentos
de carvão nativo que não possuem origem
legal.
?A Siderúrgica
Santa Bárbara possui um histórico de multas
junto ao Ibama. Algumas autuações se deram
em outros estados. São mais de dez multas por adquirir
carvão sem origem legal?, afirma um dos agentes
ambientais que participaram da ação.
A Operação
Corcel Negro do Ibama ocorre em mais de dez estados brasileiros
e contabiliza mais de R$ 5 milhões em multas. Algumas
equipes do Espírito Santo atuaram em Minas Gerais
e Mato Grosso do Sul no combate ao transporte irregular
de carvão, produto florestal classificado como
perigoso por ser inflamável. Outras empresas do
Espírito Santo foram vistoriadas durante a operação.
A extração
ilegal desse tipo de produto florestal está entre
os principais fatores de desmatamento do país.
Segundo os coordenadores da Operação Corcel
Negro, esta ação foi programada para agir
de forma preventiva nos pontos mais críticos do
país no que se refere aos destinos finais do carvão
(siderúrgicas) e na incidência de acidentes
rodoviários com cargas perigosas. O carvão
é o produto mais envolvido nesse tipo de acidente,
representando 22% do total nacional.
Luciana Carvalho
Ascom/Ibama/ES
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Operação
Corcel Negro aplica R$ 900 mil em multas e apreende mais
de 6 mil metros de carvão em MG
Belo Horizonte (31/03/2010)
– A Operação Corcel Negro, realizada pelo
Ibama em nível nacional, com o apoio da Polícia
Rodoviária Federal para fiscalizar a legalidade
da origem e do transporte de carvão vegetal, fechou
hoje um resultado parcial das atividades em Minas Gerais.
Pouco mais de R$ 900 mil em multas foram aplicadas por
irregularidades relacionadas ao carvão no estado.
Além das multas, foram apreendidos 81 caminhões
e 6.231 metros de carvão.
Dez siderúrgicas
foram vistoriadas; as informações apuradas
nas inspeções estão em análise
e devem resultar em autuações por recebimento
de carvão irregular para pelo menos duas delas.
O polo siderúrgico mineiro é um grande consumidor
de carvão vegetal e grande parte da matéria
prima é de origem nativa, exercendo influência
no desmatamento, principalmente do bioma cerrado nos estados
de Minas, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul.
Ontem, em Curvelo, duas
equipes do Ibama que se encontravam em um hotel foram
cercadas por motoristas de caminhões carvoeiros
que realizavam manifestação pela liberação
dos caminhões apreendidos, alegando que tinham
uma liminar da Justiça Estadual na cidade. O Ibama
ainda não recebeu notificação oficial
da decisão.
Durante as barreiras,
o problema mais encontrado foi a falta de Autorização
Ambiental de Funcionamento para transporte de cargas perigosas,
categoria na qual o carvão está inserido.
Essa autorização é emitida pelo órgão
estadual de meio ambiente e é exigida desde 2004
no estado de Minas, por meio da Deliberação
Normativa 74 do Conselho de Política Ambiental
de Minas Gerais - Copam, e também pela Resolução
420 da Agência Nacional de Transportes Terrestres.
A exigência desse tipo de autorização
é regulamentada no Decreto 96.044/88.
A cobrança de todas
as exigências legais para o transporte desses produtos
durante a fiscalização é uma forma
de prevenir acidentes e buscar, caso aconteçam,
que os condutores dos veículos estejam devidamente
equipados e treinados para lidar com a situação
de emergência.
Segundo o chefe da fiscalização
do Ibama em Minas Gerais, Aristides Salgado Neto, “realizar
a Operação Corcel Negro em nível
nacional é importante, mas a integração
das ações de comando e controle em nível
estadual, com a participação dos integrantes
do Sistema Nacional do meio Ambiente - Sisnama, é
crucial para a preservação dos remanescentes
mais significativos da flora e da fauna nativas, através
de ações integradas de rotina em nosso estado”.
Christian Dietrich
Ascom/Ibama