Manaus (05/04/2010) -
Durante a Operação Macaco D’Água,
realizada por equipe interinstitucional do Ibama, ICMBio,
Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá,
Polícia Federal e Força Nacional, foram
flagranteados no Município de Fonte Boa-AM grupos
de pescadores que capturavam alevinos de aruanã
(Osteoglossum bicirrhosum) para comercializá-los
como peixes ornamentais em Tabatinga, de onde seriam exportados
para Colômbia e Peru, depois Estados Unidos, Europa
e Ásia.
Todos os pescadores e
seus líderes foram autuados pelo Ibama por pesca
ilegal e por terem penetrado em Unidade de Conservação
da Natureza sem autorização. Todos os petrechos,
embarcações e equipamentos utilizados como
instrumentos do crime ambiental foram apreendidos. 13
homens e duas mulheres foram presos e responderão
à justiça por crime ambiental e formação
de quadrilha.
Foram encontrados sob
posse dos infratores 4.819 alevinos, dos quais 1.715 foram
devolvidos a seu habitat natural, enquanto o restante
foi entregue para fins científicos ao Instituto
Mamirauá em Tefé-AM.
A Operação
combate, ainda, a pesca e o transporte ilegais de pirarucu
(Arapaima gigas) e tambaqui (Colossoma macropomum), além
de outras infrações e crimes praticados
contra a fauna e a flora. As multas aplicadas passam de
um milhão de reais.
Os alevinos de aruanã
cobiçados pelo tráfico internacional possuem
em média cinco centímetros e sua captura
é feita a partir do abate do macho, que abriga
os alevinos na boca até que possam sobreviver na
natureza sem a proteção paterna. O abate
é feito com petrechos artesanais como flecha, arpão
e zagaia. Os alevinos são mantidos em sacos plásticos
com auxílio de aplicações diárias
de oxigênio enquanto são transportados. A
cadeia de comercialização inicia com o preço
de R$ 1,00 nos locais de pesca, R$ 2,50 para Colômbia
e Peru, e US$ 7,00 para os mercados norte-americano, europeu
e asiático.
A Instrução
Normativa do Ibama/AM nº 01/2001 proíbe a
captura de alevinos de aruanã, já que estabelece
o tamanho mínimo de 44 cm para a captura da espécie.
Entretanto, na região do médio Solimões
essa prática é recorrente nesta época
do ano, principalmente na Reserva Estadual de Desenvolvimento
Sustentável Mamirauá e na Reserva Extrativista
Auati-Paraná (Reserva Federal).
Macaco D’água:
é como os ribeirinhos do médio Solimões
também denominam o peixe aruanã.
Geandro Pantoja - Ibama/AM
Fotos: Geandro Pantoja, Andrey Augusto, Robin Botero-Arias
e Paulo Faiad.
+ Mais
Operação
Corcel Negro resulta em 44 autos de infração
e 35 caminhões apreendidos
São Luis (05/04/2010)
- O Núcleo de Fiscalização da Superintendência
do Ibama no Maranhão concluiu na manhã desta
segunda-feira (5/4) o balanço dos resultados da
Operação Corcel Negro, realizada entre os
dias 22 de março e 1º de abril nos municípios
de Açailândia, Amarante do Maranhão,
Chapadinha, Urbano Santos, Brejo, Arapurus, Tuntum e São
Benedito do Rio Preto. Foram apreendidos no estado 35
caminhões de carvão, expedidos 44 autos
de infração e embargadas 32 empresas transportadoras,
totalizando um valor de R$ 5.095.161,50 em multas.
Atuaram em parceria com
os fiscais do Ibama o Batalhão de Policiamento
Ambiental e a Polícia Rodoviária Federal,
com estratégias que iam desde barreiras fixas e
móveis ao longo das principais rodovias que cortam
o estado do Maranhão, além de vistorias
a empresas siderúrgicas. No geral, 83 empresas
foram notificadas, possuindo prazo máximo até
o fim desta semana para apresentar documentações
pendentes, caso contrário também serão
autuadas.
A operação
tinha como objetivo o monitoramento a fim de combater
a exploração e o transporte ilegal de carvão
vegetal. A extração ilegal do carvão
vegetal está entre os principais fatores de desmatamento
dos Biomas do Cerrado, Caatinga e Amazônico. Estiveram
à frente da operação em nível
nacional a Coordenação Geral de Fiscalização
Ambiental (CGFis) e a Coordenação Geral
de Emergência Ambiental (CGema), ambas da Diretoria
de Proteção Ambiental (Dipro) do Ibama,
sob a supervisão do Ministério do Meio Ambiente
– MMA.
A operação
foi pensada de modo a agir de forma preventiva nos pontos
mais críticos do país no que se refere aos
destinos finais do carvão (siderúrgicas)
e na incidência de acidentes rodoviários
com cargas perigosas, sendo que o carvão é
o produto mais envolvido nesse tipo de acidente, representando
22% do total. A maior incidência de infrações
no Maranhão referiu-se à falta da licença
de operação para transporte de carga perigosa
(LOTCP).
Ascom Ibama/MA
+ Mais
Ibama deflagra Operação
São José na região do semi-árido
paraibano
João Pessoa (05/04/2010)
- O Escritório Regional do Ibama em Campina Grande
(PB) está sendo reestruturado e vem dando andamento
à Operação São José
que tem por objetivo fiscalizar ações que
tragam danos ao meio ambiente na região de Campina
Grande e nos municípios circunvizinhos.
O Superintendente Ronilson
José da Paz, informa que a Operação
São José vem sendo executada há duas
semanas e não tem data definida para terminar e
como resultado, tem sido feitas intervenções
em áreas de preservação permanente
(APP) e nos açudes de Boqueirão (que abastece
a cidade de Campina Grande) e no açude Epitácio
Pessoa, onde várias pessoas foram notificadas por
construção irregular, desmatamento, falta
de registro de atividade no Cadastro Técnico Federal,
utilização de agrotóxicos de forma
irregular e em quantidades acima do permitido pela legislação
ambiental. Também foram apreendidas diversas máquinas
e equipamentos.
As
feiras livres de diversas cidades da região também
começaram a ser fiscalizadas com mais frequencia
como foi o caso de Umbuzeiro, Remigio, Esperança,
Patos, Pocinhos e Puxinanã onde foram apreendidas
até esta data por estarem em cativeiro ou sendo
comercializadas ilegalmente, 350 aves típicas da
região, destacando-se entre as espécies,
o concriz, o azulão, galos de campina, canários
da terra, sibites, sabiás, periquitos, papagaios
e outras variedades, tendo sido aplicadas multas no valor
de R$ 200 mil por este tipo de infração.
Gutemberg Pádua
Ascom Ibama/PB