Belém (06/08/2010)
– O Ibama iniciou ontem (05/08) a Operação
Tabuleiro do Embaubal para proteger o período de
desova das tartarugas (Podocnemis expansa), que acontece
de agosto a janeiro, nos bancos de areia ribeirinhos localizados
entre os municípios de Vitória do Xingu
e Senador José Porfírio, no oeste do Pará.
No primeiro dia de fiscalização, os agentes
federais apreenderam 28 telas (linhas com anzóis
modificados para fisgar o quelônio), sete tapuãs
(espécie de zagaia que flecha o casco e captura
a tartaruga por uma corda), uma rede de pesca com medida
inferior a permitida e 18 tartarugas ainda vivas. Os seis
pescadores que estavam com os animais, que foram devolvidos
ao rio, foram multados em R$ 90 mil.
A operação
conta com apoio da lancha veloz Macuco I, que vai monitorar
os cerca de 315 Km2 de bancos de areia onde as tartarugas
desovam, conhecidos por tabuleiros do Embaubal. O instituto
quer impedir a predação das tartarugas motivada
pelo consumo ilegal da carne e ovos do animal. “Há
denúncias de aumento do tráfico para o mercado
de Manaus, com balsas boiadeiras saindo do Pará
carregadas com até 400 tartarugas de uma única
vez”, diz o chefe do Escritório Regional do Ibama
em Altamira, Lisarbson Messias.
Além de reativar a base existente no tabuleiro
e intensificar a fiscalização no rio Xingu,
o Ibama ainda vai montar barreiras fluviais e terrestres
nas rotas de tráfico dos animais. “Quem for flagrado
transportando tartaruga, terá o veículo
ou embarcação apreendidos, além de
ser multado em R$5 mil por animal ou ovo”, avisa Messias.
Segundo o chefe do Ibama
em Altamira, existe entre as pessoas que praticam esse
ilícito a idéia equivocada de que a captura
para se alimentar é permitida, o que não
é verdade. “A única ressalva da lei é
em caso de necessidade, ou seja, se a pessoa não
tiver nenhuma outra alternativa de alimentação.
Sendo assim, é inadmissível aceitar que
ribeirinhos que possuam equipamentos de pesca e canoas
para capturar tartaruga, não possam utilizar esses
mesmos utensílios para se alimentar de pescados
que são fartos no rio Xingu”, explica ele.
Nelson Feitosa - Ascom Ibama/PA
Foto: Tiago Costa – Ibama
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Operação
Impacto Profundo III do Ibama aplica 167 mil reais em
multas na Bahia
Salvador (05/08/2010)
- Durante a realização da Operação
Impacto Profundo III, nas regiões Sul e Extremo
Sul da Bahia entre os dias 15 e 28 de julho, foram fiscalizadas
63 unidades de produção pesqueiras, lavradas
17 notificações, emitidos sete Autos de
Infração totalizando um valor de R$ 167.880,00,
e lavrados sete Termos de Apreensão. Também
foram embargados seis empreendimentos pesqueiros (beneficiamento
e comércio), e apreendidos 21.417,64 kg de pescados
diversos e 7 Kg de lagostas.
Segundo a coordenação
da operação, os embargos dos empreendimentos
pesqueiros ocorreram nos municípios de Alcobaça,
Nova Viçosa, Itabuna e Ilhéus. Os agentes
informaram que não foram efetuadas doações
devido ao período eleitoral, ficando os produtos
apreendidos sob a guarda dos autuados, designados como
fiéis depositários.
A
Operação Impacto Profundo III, que se constitui
em ações fiscalizatórias no âmbito
da pesca da lagosta e defeso do robalo, foi realizada
pela equipe de fiscalização do Ibama com
a participação de policiais civis da Delegacia
de Proteção Ambiental de Ilhéus.
Carlos Garcia
Ascom Ibama/BA