Campo Grande (12/08/2010) - Os 500 canários-da-terra apreendidos na última quarta-feira com traficantes de aves numa operação conjunta entre o Ibama de Mato Grosso do Sul e a Polícia Federal foram soltos numa fazenda no Pantanal, próxima a Corumbá, no distrito de Albuquerque.

Biólogos do Ibama e um professor do campus de Corumbá da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul identificaram as aves como sendo procedentes da região pantaneira, um ecossistema comum entre o Brasil e a fronteira com a Bolívia e decidiram soltar as aves para evitar a mortandade dos pássaros.

A fiscalização do Ibama multou os quatro brasileiros presos no dia 10 de agosto na barreira da BR 262 em R 2,5 milhões de reais. O fiscal do Ibama lavrou a multa com base no laudo dos dois biólogos que consideram as aves ameaçadas de extinção. A multa foi de 5 mil reais para cada exemplar apreendido.

Os traficantes pegos na barreira da BR 262 tinham como destino a cidade de Belo Horizonte em Minas Gerais. A Superintendência do Ibama em Mato Grosso do Sul considera o tráfico de animais silvestres um dos maiores desafios da fiscalização da instituição no Estado.

Para David Lourenço, superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, o tráfico e biopirataria (tráfico para fins científicos) ameaçam a biodiversidade e a riqueza dos ecossistemas existentes no Estado: “ além da perda da biodiversidade e ameaça de desaparecimento de espécies, o país perde potenciais riquezas econômicas com esse crime”, afirma. David acrescenta quer operações como essa que visam coibir esse tipo de tráfico vão ser intensificadas no Estado, com o apoio da Polícia Federal.
Mariza Pontes de Oliveira
Ascom/Ibama/MS

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Apreendidas 500 aves em barreira na BR 262

Campo Grande (10/08/2010) - Cerca de 500 canários foram apreendidos no final da tarde de hoje (10) numa barreira da BR 262 próxima de Porto Morrinho, no município de Corumbá, em Mato Grosso do Sul. As aves foram pegas em dois veículos vindos da Bolívia e estavam acondicionadas em 12 gaiolas. Os quatro brasileiros que transportavam as aves foram presos no local. A barreira foi realizada pelo Ibama/MS com o apoio da Polícia Federal.

Os infratores responderão no inquérito da PF por posse ilegal de animais silvestres e formação de quadrilha, além de receberem multas pelo Ibama por prática de tráfico de animais silvestres. As aves estão neste momento a bióloga do instituto em MS, Rosana Siqueira, para análise para que se determine se são espécies em extinção e qual a região de origem.

A partir do laudo de identificação é que ocorre a definição das multas: no caso de espécies ameaçadas de extinção, o valor a ser pago chega a R$ 5 mil por exemplar, acrescendo R$ 500,00 caso venham do pantanal brasileiro. Após o laudo também será definido se as aves serão soltas do lado brasileiro ou se serão repatriadas. Suspeita-se que as aves sejam canários peruanos.
Mariza Pontes de Oliveira
Ascom/Ibama/MS