Brasília (26/05/2011)
– Traficante de fauna foi autuado pelo Ibama e multado
em R$ 65 mil por transporte ilegal de fauna e remessa
de material genético ao exterior na madrugada de
hoje no aeroporto internacional Juscelino Kubitschek,
em Brasília.
O infrator tentava entrar
em Portugal com 30 ovos de aves sem documentação
quando foi pego pela alfândega portuguesa no aeroporto
de Lisboa. Portugal comunicou o caso ao Ibama e repatriou
o cidadão brasileiro, que chegou em Brasília
por volta de cinco horas da manhã. Após
a autuação, ele foi conduzido para a delegacia
da Polícia Federal para prestar esclarecimentos
e deve responder a inquérito criminal por tráfico
internacional de fauna, além do processo administrativo.
Durante a autuação,
o infrator confessou ao Ibama o crime e disse que um cidadão
português já o aguardava em Lisboa para receber
os ovos, que, segundo ele, são de papagaios. O
infrator declarou que recebeu parte do pagamento antecipado
e que o restante lhe seria dado após fechado o
negócio. Em levantamento feito pelo Ibama, verificou-se
que o infrator possui familiares que já foram autuados
pelo Ibama por crimes contra fauna no Tocantins.
No momento em que o traficante
foi pego, os ovos estavam presos à sua cintura,
envolvidos em meia-calça. Os ovos permaneceram
em Portugal e foram levados para o zoológico de
Lisboa, onde ficarão em uma encubadora até
o nascimento das aves e deverão ser enviadas ao
Brasil posteriormente. Caso tivessem sido enviados imediatamento
ao Brasil, os ovos poderiam sofrer com a falta de cuidados
estragar durante a viagem.
As espécie traficadas
constam nos anexos da Cites (Convention on International
Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora),
convenção da qual o Brasil e Portugal são
signatários. “Qualquer remessa de fauna ao exterior
sem autorização é infração
grave e será combatida pelo Ibama”, afirmou o coordenador-geral
de fiscalização ambiental do Ibama, Bruno
Barbosa.
Segundo o coordenador-geral,
a participação do governo português
foi fundamental para a identificação dessa
rede de tráfico e permitiu que o Ibama pudesse
combatê-la. “Isso reflete os esforços do
Ibama para fortalecer os laços com órgãos
ambientais de outros países com objetivo de combater
crimes ambientais”, completou Bruno.
Talitha Monfort Pires
Ascom/Ibama
Fotos: Governo de Portugal