Natal (08/07/2011) – Sete
iguanas, dois sapos, duas cobras e cinco lagartos. Esse
foi o quantitativo de uma operação de fiscalização,
ocorrida em duas caixas contendo animais que seriam enviados
para a Região Sul do País pelos Correios,
o que caracteriza tráfico de animais silvestres.
Um funcionário da agência dos Correios de
Natal desconfiou de algumas embalagens, e ao realizar
a abertura das mesmas notou a presença de vários
CD´s colados as caixas, servindo como um forro,
como forma de burlar o raio X, que detecta este tipo de
infração. Nas embalagens observou a existência
de meias e soquetes, onde os animais estavam envoltos
de forma individual e em condições precárias.
A equipe de inteligência do Ibama no Rio grande
do Norte conseguiu identificar a pessoa que enviou a remessa.
Tratava-se de um motoboy, que indicou quem realmente era
o traficante de animais. Seu perfil enquadra-se em um
funcionário de uma empresa de informática
de Currais Novos, interior do Estado e que mantinha em
casa, vários outros animais para comércio.
Sustentou ainda que realizava esta atividade há
dois anos e utilizava Redes Sociais, mais precisamente
pelo Orkut, para comercializar animais silvestres.
Conforme informações
da fiscalização do Ibama, em 2005, já
havia ocorrido uma apreensão idêntica, da
mesma cidade, contendo os mesmos tipos de animais. O que
na opinião de Alexandre Rochinsky, chefe da fiscalização
do Ibama/RN, pode caracterizar que o tráfico já
existia desde essa data, contrariando a declaração
do traficante.
Todos os animais estavam em condições precárias,
em razão do confinamento. Os iguanas foram reintroduzidos
ao habitat natural, imediatamente, enquanto os sapos,
cobras e lagartos serão enviados para Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, para identificação
das espécies, e em seguida, a realização
da soltura em seu próprio ambiente, o mais rápido
possível.
Para Alvamar Costa de Queiroz, Superintendente Estadual
do IBAMA/RN, “ essa operação foi muito importante,
visto que, o envio pelos Correios, é uma nova forma
de tráfico de animais silvestres, o que dificulta
ainda mais seu combate. Os infratores sempre procuram
uma nova maneira de burlar a fiscalização.
Nosso órgão irá acionar tanto a Polícia
Federal, como os Correios para que, conjuntamente, possamos
coibir esses procedimentos de uma maneira mais eficaz.”.
Homero Henrique Medeiros
Ascom - Ibama/RN
Foto: Ibama/RN