Campo Grande (08/07/2011)
– Agentes ambientais do Ibama apreenderam 13 espécimes
de orquídeas e uma bromélia que estavam
sendo enviadas ilegalmente numa caixa através dos
Correios, de Caracol no Mato Grosso do Sul, para Alfenas
em Minas Gerais.
As orquídeas e a bromélia foram retiradas
ilegalmente da natureza e estavam sendo enviadas sem Documento
de Origem Florestal (DOF), de porte obrigatório
para o transporte de todo e qualquer produto de origem
florestal. A fiscalização vai multar o destinatário
do produto porque o remetente não foi identificado.
A multa é de R$ 300 por cada exemplar, o que totaliza
R$ 4,2 mil. De acordo com a analista ambiental do Ibama
em Mato Grosso do Sul, Joanice Battilani, que fez o laudo
da apreensão, foram identificadas no lote sete
espécies e todas essas matrizes são originárias
de Mato Grosso do Sul. O Brasil possui 3.500 espécies
de orquídeas identificadas. Todas estão
listadas no Anexo II da CITIES, que é a Convenção
Internacional das Espécies Ameaçadas de
Extinção da Flora e Fauna,da qual o Brasil
é signatário.
Esta é a quarta
apreensão realizada pelo Ibama em Mato Grosso do
Sul nos últimos dois meses e todas feitas através
de remessas via Correios. Assim que chegam à unidade
central dos Correios em Campo Grande, o escritório
local aciona o Ibama para efetuar a apreensão das
plantas.
As quatro apreensões totalizam 56 mudas de orquídeas
de 23 espécies, principalmente as do gênero
Catleya, como a Catleya walkiriana e a Catleya nobilior,
de ocorrência natural no cerrado. As multas das
quatro apreensões somam R$16,8 mil.
Todas as orquídeas apreendidas estão sob
a guarda e fiança da Divisão de Proteção
Ambiental do Ibama em Campo Grande que deverá doá-las
à Universidade Federal assim que os processos pelos
crimes ambientais cometidos forem concluídos.
Vistoria
Esta semana analistas ambientais do Ibama também
vistoriaram o orquidário Gnomo em Campo Grande.
Este é o único orquidário autorizado
pelo Ibama em Mato Grosso do Sul a exportar orquídeas
cultivadas. O viveiro possui 70 mil mudas em produção
e reproduz sete espécies ameaçadas de extinção.
Para os analistas do Ibama, o trabalho autorizado e dentro
da legalidade contribui para diminuir a pressão
sobre a nossa rica flora nativa e diminui os riscos de
biopirataria e do envio ilegal de material genético
de plantas e animais brasileiros para o exterior.
Mariza Pontes de Oliveira
Ascom Ibama/MS
Foto: Ibama/MS