Porto Alegre
(30/05/2012) - Com o objetivo de fazer valer a Instrução
Normativa IBAMA n°. 171/2008, que estabelece normas,
critérios e padrões para o exercício
da pesca da tainha, no litoral Sudeste e Sul do Brasil,
e garantir que apenas as 60 traineiras permissionadas
pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) exercessem
a captura da espécie na região de Rio Grande,
o Ibama deflagrou ação fiscalizatória,
executada de 13 a 25 de maio.
A chamada Operação Parati, uma alusão
ao nome comum da espécie em algumas regiões
do país, teve duas frentes de trabalho, uma primeira
semana com finalidade preventiva, com monitoramento de
embarcações e ações educativas,
em conjunto com a Marinha do Brasil e o Batalhão
Ambiental da Polícia Militar. E um segundo período
com ações de repressão à pesca
ilegal na costa gaúcha, em conjunto com a Polícia
Federal, que intitulou sua participação
como Operação Mar em Fúria II. Ao
fim da ação foram apreendidas 12 embarcações,
(sendo cinco traineiras); oito veículos e mais
de 17,6 toneladas de pescado. Também foi embargada
a atividade de pesca das cinco traineiras que não
possuíam permissionamento para a pesca da tainha.
Foram aplicados 18 Autos de Infração no
valor total de mais de R$ 756 mil em multas.
A operação
utilizou embarcações e aeronaves dos órgãos
envolvidos para fiscalizar embarcações que
se encontravam distantes até 20 milhas da barra
de Rio Grande. De acordo com o chefe do escritório
do Ibama em Rio Grande, Luiz Louzada, durante estas ações
de fiscalização estudantes da Fundação
Universidade Rio Grande - Furg realizaram amostragens
biológicas das tainhas, verificando comprimento,
peso, e índice de maturação gonadal
que “demonstram a preocupação do Ibama em
também gerar subsídios científicos
para o correto manejo do estoque pesqueiro, visando a
criação e implementação de
um plano de gestão de espécie”.
Parte do pescado foi doado
ao governo estadual e repassado ao Projeto Mesa Brasil
do SESC. De acordo com o responsável pelo Núcleo
de Fiscalização e Controle do Ibama/RS,
analista ambiental Régis Fontana Pinto foram vistoriadas
48 Unidade de Produção Pesqueira (incluindo
barcos, indústrias de pescado, caminhões
e entrepostos, etc).
Maria Helena Firmbach Annes
Ascom – Ibama/RS
Foto: Régis Fontana Pinto/Ibama
+ Mais
Ibama e Polícia
Federal flagram fiscais cobrando propina em Mato Grosso
Sinop (09/05/2012) - Em
ação conjunta do Ibama com a Polícia
Federal, dois fiscais foram presos em flagrante ontem
(08/05), por cobrarem propina para liberar madeira extraída
irregularmente em Cláudia, município da
região Norte de Mato Grosso. Os fiscais são
lotados na superintendência do Ibama no Ceará
e foram deslocados temporariamente ao estado matogrossense
para atuar na Operação Verdes Veredas.
Depois de receber denúncia
de que agentes ambientais federais estariam cobrando propina
para liberar madeira apreendida durante a Operação
Verdes Veredas, o Ibama informou a Polícia Federal,
que promoveu o flagrante com gravação de
áudio e vídeo.
De acordo com o delegado de Polícia Federal, Rômulo
Rodovalho Gomes, os servidores públicos foram presos
em flagrante pelo crime de corrupção passiva,
cuja pena é de dois a 12 anos de reclusão.
A superintendente do Ibama
em Mato Grosso, Cibele Ribeiro, ressalta que o fato ocorrido
em Cláudia será apurado com o rigor que
o caso merece. "Não vamos tolerar esse tipo
de conduta deplorável, que entristece e envergonha
os demais servidores e a sociedade. Os servidores envolvidos
no episódio serão submetidos a processo
administrativo disciplinar que será instaurado
pela Corregedoria e Presidência da autarquia, em
que será garantido amplo direito a defesa e ao
contraditório. O fato será exaustivamente
apurado”, conclui a superintendente.
Badaró Ferrari
Ascom - Ibama