Itaituba (16/11/2012)
— O Ibama desarticulou uma grande exploração
ilegal de madeira, esta semana, às margens do rio
Curuatinga, a cerca de 150 km de Santarém, no oeste
do Pará. Os agentes ambientais chegaram de helicóptero
ao local, uma área isolada na floresta, e flagraram
os madeireiros em atividade à luz do dia. Na ação,
o instituto apreendeu 915 toras de madeira de alto valor
econômico — como maçaranduba, ipê e
jatobá —, dois tratores e um caminhão. Uma
balsa com 70 toras também foi detida quando já
estava carregada para subir o rio e abastecer empresas
na capital do estado.
A região do rio
Curuatinga, segundo o Ibama, atrai extratores ilegais
de Santarém, Prainha, Uruará e Medicilândia
em razão do escoamento fácil do produto
florestal pelo rio Amazonas até Belém, de
onde as madeiras mais nobres são exportadas para
Europa e EUA.
"É uma região extensa, com acesso difícil
por meio terrestre, mas são as madeireiras da capital
que financiam o crime ambiental aqui", explica o
chefe da Fiscalização do Ibama em Santarém,
Tiago Jara, que coordenou a ação. Segundo
ele, após sair da floresta, a madeira recebe documentos
fraudados (Guias Florestais) e já chega "esquentada"
no pátio das empresas.
Na área da extração ilegal, o Ibama
localizou vários pátios de estocagem espalhados
na mata ciliar. De acordo com o chefe da Fiscalização,
as margens do Curuatinga serão monitoradas de helicóptero
até a retirada das toras apreendidas. A madeira
será aplicada em obras sociais, após a conclusão
do processo de doação no Ibama.
Nelson Feitosa
Ascom Ibama/PA
Foto: Tiago Jara