Novo Progresso (19/11/2012)
- O Ibama apreendeu dez quelônios, provavelmente
tartarugas-da-amazônia, sem carapaças e sem
cabeças, neste domingo (18/11), no Aeroporto Internacional
Val de Cans, no Pará. Os animais estavam escondidos
sob peças de carne bovina em uma caixa de isopor.
O dono da bagagem fugiu, ao perceber que os fiscais vistoriavam
as bagagens do seu voo. Identificado por meio da companhia
aérea, ele acabou multado em R$ 50 mil e responderá
civil e criminalmente pelo dano à fauna brasileira.
O voo da TAM JJ3870 chegou
à capital às 12h50. Os agentes do posto
de fiscalização do Ibama examinavam as bagagens
dos passageiros quando suspeitaram do isopor, com capacidade
para 40 litros. Ao abri-lo, encontraram oito peças
de carne acondicionadas em sacolas plásticas individuais
e, sob elas, os quelônios, embalados em sacos menores.
"O
passageiro levava a carne de boi apenas para tentar enganar
a fiscalização", acredita o chefe do
posto de fiscalização, o analista ambiental
Luiz Paulo Albarelli. Segundo ele, o Ibama está
avaliando qual foi a responsabilidade da companhia aérea
no caso. "Não houve a verificação
da carga e a empresa transportou os animais abatidos ilegalmente",
disse.
Incluídos no Anexo II da Convenção
de Comércio Internacional das Espécies da
Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção
(Cites), os quelônios (tartarugas, tracajás,
muçuãs, jabutis, entre outras) são
espécies ameaçadas que têm a captura,
posse, transporte e comércio proibidos por lei.
Os animais apreendidos serão doados ao Instituto
de Ciências Biológicas da Universidade Federal
do Pará, para utilização no ensino
e pesquisas, e a carne bovina, a entidades que desenvolvem
trabalhos sociais em Belém.
Nelson Feitosa
Ascom Ibama/PA
Fotos: Luiz Albarelli
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Ibama manda reforços
ao ICMBio para as operações de combate na
Rebio Lago Piratuba
Brasília (12/11/2012)
- O Ibama enviou um helicóptero e coordenadores
de campo para auxiliar as operações de combate
aos incêndios florestais que atingem a Reserva Biológica
do Lago Piratuba, no Amapá. Cerca de 75 brigadistas
também estão de prontidão para serem
enviados a qualquer momento, caso o ICMBio necessite do
reforço de combatentes. O incêndio vem sendo
combatido desde outubro por um contingente de 21 brigadistas
do ICMBio, 20 soldados do Exército Brasileiro e
35 bombeiros militares do Amapá. Até o momento
cerca de 4.000 hectares foram atingidos.
Os incêndios florestais
nesta Unidade de Conservação apresentam
alta dificuldade de controle, pois se propagam em combustível
de turfa (incêndios subterrâneos) e as estratégias
de combate envolvem abertura de trincheiras profundas
ao longo de todas as frentes de fogo. Este tipo de incêndio
apresenta grande impacto sobre os ecossistemas atingidos,
exterminado todas as formas de vida que encontram pela
frente, desde o subsolo até a copa das árvores.
Ascom Ibama