Brasília (23/04/2014)
– Com o apoio da comunidade Kayapó, o Ibama desativou
oito garimpos ilegais na Terra Indígena do Baú,
no Pará. Durante a ação, realizada
no período de 18 a 22 de abril, foram destruídos
dois acampamentos e oito motores de bomba, que são
utilizados para lavar os barrancos. Três responsáveis
foram notificados, quarenta garimpeiros identificados
e retirados do interior da TI e mais sessenta retirados
do entorno.
A ação teve
o apoio da Força Nacional, da Fundação
Nacional do Índio (Funai) e da Policia Militar
do Estado do Pará. Entre os oito garimpos identificados,
seis são de grande porte e dois de pequeno porte.
Segundo o diretor de Proteção Ambiental
do Ibama, Luciano Evaristo, os empreendimentos clandestinos
causaram danos significativos à floresta e aos
recursos hídricos locais: “A destruição
causada pelo garimpo é muito mais forte que o desmatamento
em si, pois polui e absorve vários aspectos sociais
degradantes, como tráfico de drogas, prostituição,
exploração do trabalho infantil e trabalho
escravo”, afirma.
O objetivo principal da
ação é impedir o adensamento destes
garimpos no interior da terra indígena, os quais
estão localizados a cerca de seis quilômetros
do rio Curuá, que abastece as aldeias indígenas
dos Kayapós tanto na TI do Baú quanto na
TI Menkragnoti. Os garimpos ameaçavam a qualidade
da água com o despejo de mercúrio e a movimentação
de sedimentos finos.
Ascom/Ibama
Foto: Ascom/Ibama