Quando ir: O ano todo. Apesar da rodovia SP-165
ser conhecida pelas quedas de barreira, (esta mesma rodovia
vai até Iporanga, onde está o Parque Estadual
Turístico do Alto Ribeira, Petar) até a
entrada da Caverna do Diabo, este fator não atrapalha
o viajante. Tirando os cuidados comuns de viagens em período
de chuvas, o resto é só alegria.
O que levar: Roupas leves e confortáveis,
agasalhos para a noite. Roupas de banho, botas especiais
ou tênis, já usados e fechados, capa de chuva,
bermudas, repelente de insetos, medicamentos de primeiros-socorros,
chapéu ou boné e uma lanterna de mão.
Não se esqueça de levar meias sobressalentes,
muitas trilhas são feitas pela água, como
a caminhada pelo Rio das Ostras. Para visitar as cavernas
sem iluminação, não se esqueça
de carbureteiras e capacetes.
Como chegar: O núcleo Caverna
do Diabo, Parque Estadual de Jacupiranga está localizado
no município de Eldorado, no entanto, a caverna
e a maiorias das atrações está a
cerca de 50 quilômetros da cidade. Para quem sai
da capital paulista pode seguir pela rodovia Régis
Bittencourt, BR-116 até a cidade de Jacupiranga,
depois são mais 26 km até a cidade de Eldorado
pela rodovia SP-193. Saindo de Eldorado a rodovia SP-165
que acompanha o traçado do rio Ribeira de Iguape
(uma linda paisagem, vale lembrar) leva à Caverna
do Diabo e a maiorias das atrações do parque.
O Trevo que dá acesso a caverna está exatamente
a 38 km, depois segue uma estreita e perigosa (fique atento)
estrada com 6 km até o núcleo. Para chegar
até lá, você terá mais problemas,
mas não se esqueça, de contratar um guia
da região devidamente cadastrado, pois tirando
a caverna do Diabo (que possui acompanhamento de guias),
que não é a única atração
da região as outras cavernas, cachoeiras e trilhas
necessitam de acompanhamento de monitores ambientais.
Para quem vem do Sul do país, pode seguir o mesmo
caminho, o que também serve para o resto do interior
paulista e outros Estados. Porém, existe mais uma
opção, seguindo pela rodovia Raposo Tavares
SP-270 até Votorantim, seguindo pela SP-079 até
Sete Barras, depois são mais 22 km até a
cidade de Registro que está à beira da rodovia
Régis Bittencourt BR-116, depois é só
seguir o roteiro acima. Todas as opções
são por rodovias asfaltadas. Eldorado está
a 251 km de São Paulo e a 232 km de Curitiba.
Onde ficar: Duas opções:
para quem desejar ficar na cidade de Eldorado (o que é
uma boa escolha) pode hospedar-se no hotel Eldorado que
fica na praça Nossa Senhora da Guia, nº 129.
O lugar é bem simples, mas bem confortável.
A outra opção é ficar hospedado em
chalés que estão próximos à
Caverna do Diabo, que podem servir a duas ou até
dez pessoas, esta opção é bem cômoda
em relação às distâncias dos
lugares a serem visitados, no entanto a noite costuma
ser bem calma. Se você preferir mais "agitos"
(este 'agito' é claro dentro das características
típicas de uma cidade do interior, não se
esqueça) fique com a primeira opção.
Onde comer: O restaurante que fica no
núcleo Caverna do Diabo, serve uma boa variedade de pratos
tradicionais da culinária paulista, com dois fatores importantíssimos
quanto se trata de comida: preço baixo e ótima qualidade.
Logo no trevo que fica entre a SP-165 e a estrada que
leva ao núcleo, também existe um restaurante que segue
a mesma risca.
O que ver (fauna): A rica fauna
de Jacupiranga como todas as outras que são formadas
por mata atlântica reserva aos seus visitantes ótimas
surpresas. O parque abriga uma incrível quantidade
de pássaros, com destaque para a maior população
conhecida do país de papagaios-de-peito-roxo, e
outras espécies menos conhecidas como o macuquinho-pintado
e o cricrió-suíço, ambos ameaçados
de extinção, além de outras espécies
como pica-paus, gaviões e corujas. Onças-pardas
e pintadas, porcos-do-mato, anta e ariranha também
dividem a imensidão verde do parque com os sempre
surpreendestes mono-carvoeiros, mico-leão-caiçara
e o raro mico-leão-de-cara-preta. Mas não
pára por aqui, veja a 'pequena' lista de espécies
ainda encontradas na região:
Entre os peixes: cascudo, aniá, pito, sobe-serra,
a traíra, a tariputanga, o lambari, o acará,
além do lisbão, do tajibucu ou cachorra,
o saguarú, a picopeva, o mussum, a tuvira, o mandi-pintado
e a mandi-tinga.
Entre os mamíferos: jaguatiricas, capivaras, lontras
e o cachorros-do-mato, o quati, o tatu-galinha e o tamanduá-mirim,
serelepes também conhecidos como ganguelo ou esquilo,
cuícas, gambás, catetos, além de
cutias, preguiças e o ouriço-cacheiro.
Entre as aves: inhambu, suindara, sabiás, saíras
e periquitos, bonito-lindo, azulão, bigodinho,
coleirinha e o curió, o sanhaço, a gralha-azul
e a jacutinga, além de inúmeras espécies
de beija-flores.
Entre os répteis: várias espécies
de iguanas também conhecidas como camaleões,
lagartixa-coral, jacaré-do-papo-amarelo, lagarto
teiú, cágados e inúmeras espécies
de cobras.
Entre os anfíbios: são encontradas várias
espécies de sapos e pererecas com destaques para
o sapo-de-chifre, o sapo bufo e os guajiguás.
O que ver (flora): Quando se trata de
um ecossistema como a mata atlântica a garantia
de belezas naturais é certa. E no caso de Jacupiranga
não poderia ser diferente, a inesgotável
diversidade da flora enche os olhos dos visitantes. Da
subida ao Mirante ao lado do núcleo Caverna do
Diabo, a caminhada pelo Vale das Ostras, pode-se apreciar
uma quantidade incrível de espécies. Sempre
acompanhando o curso dos rios, que devido a topografia
acidentada da região deixa-os encaichoeirados.
O PE de Jacupiranga é uma das maiores extensões
de Mata Atlântica do Estado, só ficando atrás
do Parque Estadual da Serra do Mar. Com diversas características
diferentes, Jacupiranga apresenta formações
vegetais como florestas de planície, nebulosa e
de encosta, campos de altitude (em alguns lugares pode
chegar até 1300 metros). No entanto, a situação
fundiária, a ocupação irregular e
as plantações de bananas (tradicionais na
região do Vale do Ribeira) ameaçam constantemente
a área de proteção do parque. Devemos
ficar atentos!
Algumas espécies encontradas nos limites do PE
Jacupiranga: bromélias, orquídeas, palmeiras
como jaruvá, o indaiá, a brejauva e a juçara,
samambaias, cipós, além de árvores
como a peroba-rosa, jatobá, figueira, guapiruvu,
araçá-branco, ipê, a guaricica e brejauva.
O que comprar: As opções
de artesanato em Eldorado e na Caverna do Diabo são
inúmeras, pinturas, balaios e esculturas feitas
por quilombolas, descendentes dos antigos escravos, arte
feita a partir de lixo reciclado, além das tradicionais
camisetas, chapéus e bonés.
Veja a matéria especial sobre o artesão
José Roberto Félix (O Povo de Lata)
Veja
a matéria especial sobre o artesanato na Aldeia
Cultural de Eldorado
Informações úteis:
O Parque Estadual de Jacupiranga foi criado em 8 de agosto
de 1969, através do Decreto-lei nº 145, localizado
no sul do Estado de São Paulo, abrange os Municípios
de Iporanga, Cajati, Barra do Turvo, Eldorado, Cananéia
e claro, Jacupiranga. Este conjunto de cidades transforma
o parque em um dos maiores do Estado com cerca de 150.000
hectares, que estão limitados ao sul-sudoeste a
área de Proteção Ambiental (APA)
Federal de Guaraqueçaba, já no Estado do
Paraná. Ao norte faz divisa com a APA da Serra
do Mar e ao sudeste com a APA Cananéia-Iguape-Peruíbe.
O DDD da cidade de Eldorado é (13), caixa posta
11960-000, uma população estimada em 13.872
habitantes. A cidade está a 62 metros acima do
nível do mar. A Santa Casa está localizada
na Praça Eng. Bauer, nº 56. Bancos como Bradesco,
Caixa Econômica, Banespa e Banco 24 horas são
encontrados na cidade. Um posto de informações
turísticas localizado na entrada da cidade, para
mais informações acesse www.eldorado-sp.com.br
Fique ligado: respeite os monitores e interaja com eles;
não mate, não maltrate, nem alimente animais;
não recolha sementes, frutos, plantas ou qualquer
outro tipo de resíduo da mata; não deixe
nenhum tipo de lixo e se por acaso vir algum jogado ao
chão, recolha-o; respeite os demais visitantes
e harmonizem-se com eles; não leve animais domésticos
para o parque; nunca saia da trilha; jamais utilize fogo
e sempre faça as trilhas acompanhados por guias.