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Fundo de desenvolvimento sustentável deve ficar fora do texto final da Rio+20 por falta de consenso
 

14/06/2012 - 16h41 - Rio+20 - Renata Giraldi e Carolina Gonçalves - Enviadas especiais da Agência Brasil - Rio de Janeiro – Em meio aos impactos da crise econômica internacional e das limitações financeiras dos países mais pobres, a proposta de criar um fundo de incentivo ao desenvolvimento sustentável, que conta com o apoio do Brasil, deve ser retirada do texto final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Pela proposta, o fundo começa com US$ 30 bilhões a partir de 2013, mas pode chegar a US$ 100 bilhões, em 2018.

Vários países, como o Canadá e os Estados Unidos – que estão em plena campanha presidencial e cujo presidente, Barack Obama, é ausência na Rio+20 – resistem à ideia. Esses países contam ainda com o apoio dos europeus, que argumentam que os efeitos da crise econômica internacional os impedem de avançar sobre propostas relativas às questões financeiras.

O secretário executivo da delegação brasileira na Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, reconheceu hoje (14) que os países ricos adotaram um movimento de “retração forte” devido às questões internas que vivem. “Mas tudo isso faz parte da negociação”, definiu. O embaixador, no entanto, não acredita que seja definitiva a questão. “Não há rechaço de uma ou de outra [parte negociadora]. Vamos buscar a melhor condição possível. É fundamental que cada ação corresponda a meios de financiamento ou indicações para que isso seja possível”.

As negociações em busca de acordos para o texto final mobilizam os negociadores, pois a seis dias do encontro dos 115 chefes de Estado e de Governo, na Rio+20, apenas um quarto do documento está fechado. Há divergências em relação aos seguintes temas: metas comuns, transferência de tecnologias, financiamentos, capacitação de pessoas para a execução de programas relacionados ao desenvolvimento sustentável, compreensão sobre o significado de economia verde e criação de novas instituições.

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Paes defende que cidades partilhem responsabilidade pela redução das emissões de gases de efeito estufa

14/06/2012 - 16h01 - Rio+20 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro – O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, defendeu hoje (14), no evento Rio/Clima, que se realiza na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que a responsabilidade pela redução das emissões de gases de efeito estufa seja dividida entre as cidades e estados e não dependa exclusivamente das decisões dos chefes de Estado.

Na sua avaliação, a questão do clima não está tendo o destaque que devia na agenda da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, aberta oficialmente ontem (13). “É uma provocação que a gente faz. Por que, em um mundo em que mais da metade da população vivem em cidades, não se pode ter um compromisso efetivo das cidades na redução de gases de efeito estufa? Por que os governos regionais, no caso do Brasil, os governos estaduais, não podem ter também essa responsabilidade?”, indagou.

Na expectativa de que a Rio+20 seja um evento exitoso, Paes se disse, no entanto, um pouco cético. “Às vezes, a gente fica esperando um consenso de 193 chefes de Estado, que é muito difícil acontecer, e o tempo vai passando e traz os efeitos devastadores que a gente conhece”. Ele manifestou confiança na liderança da presidenta Dilma Rousseff para que se chegue a um consenso na Rio+20.

Paes destacou que o município do Rio de Janeiro tem três ações impactantes, no âmbito das mudanças climáticas, que são o fechamento do lixão de Gramacho e a solução do destino final de resíduos sólidos da cidade concentrada em Seropédica; o início do processo de saneamento de metade do território da cidade, na zona oeste; e a implantação dos corredores de ônibus rápidos (BRTs, do inglês bus rapid transit), que tira muitos ônibus das ruas.

O prefeito destacou que os resíduos sólidos e os transportes são os dois maiores emissores de gases de efeito estufa na cidade. A meta é elevar o percentual de pessoas com transporte de alta capacidade, hoje de 18%, para 63%, em quatro ou cinco anos.

Inclusão de temas sociais no texto principal mostra avanços na Rio+20, diz representante da ONU

14/06/2012 - 14h45 - Rio+20 - Renata Giraldi - Enviada Especial - Rio de Janeiro – Sem acordo sobre seis temas considerados fundamentais para o texto final, o diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável, Assuntos Econômicos e Sociais da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), Nikhil Seth, um dos principais negociadores, apelou hoje (14) para que o mundo observe os aspectos positivos já fechados nas reuniões.

De acordo com Seth, há consenso sobre a necessidade de o documento final definir como prioridades o combate à pobreza e à fome, implementando medidas de desenvolvimento sustentável e com base na economia verde. Ele disse ainda que é necessário considerar a importância de, pela primeira vez, incluir as questões relativas às mulheres e aos indígenas no texto principal.

Segundo Seth, a disposição dos negociadores é correr contra o tempo para encerrar o impasse envolvendo os temas ainda sem acordo. Demonstrando entusiasmo, mesmo com as dificuldades cercando o documento final, ele disse que é fundamental observar os “avanços” com a inclusão de temas sociais no texto principal.

“Tudo isso [questões relativas ao combate à pobreza e fome, ao papel da mulher e dos indígenas] dá um arcabouço muito bom à medida que se avança na elaboração do documento. [Mas é preciso compreender que] tudo isso leva a uma discussão lenta”, disse Seth.

Para Seth, apesar das divergências entre os negociadores, o clima é de busca pelo consenso. “O ambiente é muito bom. Há uma certa preocupação de que o processo precisa ser acelerado. Talvez seja necessário um dia a mais para a negociação. [Talvez] não estejamos avançando tanto quanto gostaríamos”, admitiu Seth.

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Rio+20 precisa ter agenda positiva sem criar obstáculos para relações entre países, diz Patriota

14/06/2012 - 11h43 - Meio Ambiente Rio+20 - Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse hoje (14) que espera que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) tenha uma agenda positiva. Segundo ele, os resultados da conferência não podem criar barreiras no comércio entre os países e empecilhos ao desenvolvimento das nações mais pobres.

“Nós temos que advertir para esses riscos. Mas há um sentimento amplamente disseminado, não apenas no Brasil. A gente está aqui em uma agenda positiva. A gente não pode criar condicionalidades, empecilhos, obstáculos. A agenda aqui é a de objetivos que congreguem, somem e, sobretudo, deem atenção às necessidades dos países menos desenvolvidos”, disse Patriota.

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Público aproveita paisagem de Ipanema e Copacabana em visita ao Espaço Humanidade 2012

14/06/2012 - 14h48 - Rio+20 - Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro – A estrutura imponente de andaimes e tapumes com vista para as praias de Copacabana e Ipanema e a cidade de Niterói já valeria a visita. Mas não só a paisagem parece impressionar o público heterogêneo do Espaço Humanidade 2012, no Forte de Copacabana, zona sul da cidade, que oferece atividades paralelas às da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

“As exposições estão maravilhosas. Fiquei impressionada com a capela, que também é uma biblioteca. Achei a ideia genial, pois vai além da questão religiosa, com uma expansão da mente. As informações sobre a questão do desperdício também são muito interessantes”, comentou a cantora Patrícia Megali, que mora perto do forte e acompanhou a construção da estrutura.

Aluna do 8º ano da Escola Municipal Castelo Novo, Aline Fernandes, 14 anos, foi conhecer o espaço com mais 40 estudantes do ensino fundamental. “Já estávamos estudando sobre a Rio+20 na sala de aula. Então, está sendo bem interessante poder vir aqui para ver melhor. Por enquanto, do que eu vi, gostei de tudo. A sala que mostra a quantidade de dinheiro que é desperdiçado em coisas inúteis, como em drogas, é bem legal” contou.

O fotógrafo Carlos Carvalho veio de Porto Alegre especialmente para a Rio+20 e trouxe a filha Nina, de 5 anos, para conhecer o espaço. “Estive aqui na Rio92 e achei que seria legal ela vir agora. Há muita coisa para se ver e acho que as exposições estão um pouco mais didáticas do que as da conferência de 20 anos atrás”.

O professor norte-americano John Fisher elogiou as legendas e áudios em inglês que facilitam a compreensão dos turistas que não falam português. “As exibições estão muito bonitas e também informativas e adorei o fato de que, entre uma sala e outra, podemos ver o mar e a bela paisagem da cidade”, comentou o acadêmico que está no Rio por causa da conferência das Nações Unidas.

O Humanidade 2012 foi construído com recursos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), da Fundação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com a participação da Fundação Roberto Marinho, com exposições multimídias e algumas interativas sobre sustentabilidade, biodiversidade brasileira e os impactos das atividades humanas sobre a natureza. O espaço estará aberto ao público até o dia 22 de junho e a entrada é gratuita.
Fonte: Agência Brasil

 
 
 
 

 

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