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Pequenos produtores ancoram desenvolvimento sustentável na Rio+20
 

17/06/2012 - Na véspera de sua partida para o Rio de Janeiro, Kanayo F. Nwanze, Presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), diz que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) é a “oportunidade de uma geração” para transformar o sistema global de agricultura e alimentos com a velocidade necessária, colocando os 500 milhões de pequenas propriedades do mundo em desenvolvimento no centro de planos orientados para a ação.

“Não há uma fórmula mágica que elimine a pobreza e garanta segurança alimentar sustentável da noite para o dia”, diz Nwanze. “Mas o FIDA vê a esperança de um futuro sustentável encarnada na perseverança e resistência dos habitantes rurais para superar desafios e prosperar. Mais especificamente, está encarnada nas mulheres rurais, pois são as cuidadoras e educadoras desta geração e da próxima.”

“A conferência Rio+20 é a oportunidade de acelerar o desenvolvimento agrícola sustentável”, continua Nwanze. “Mas, para sermos realmente sustentáveis, temos que tirar o peso dos ombros das mulheres e homens rurais e substituí-lo por acesso igual a recursos agrícolas e ferramentas climaticamente inteligentes para fortalecer sua resiliência.”

Vinte anos após a Cúpula da Terra, realizada no Rio em 1992, os líderes mundiais se reunirão para discutir as ações que possam criar um futuro sustentável para o planeta em face de novos e intimidantes desafios. Nos últimos 20 anos, não só o aquecimento global aumentou, mas também aumentou o número de pessoas que passam fome. As mudanças climáticas, o crescimento populacional e a limitação dos recursos naturais – bem como a competição por esses recursos limitados – representam enormes desafios para a segurança alimentar.

Antes da Rio+20, Nwanze será o orador principal em vários eventos internacionais, como o Dia da Agricultura e Desenvolvimento Rural e o Fórum da Sustentabilidade Empresarial, onde apresentará sua mensagem distinta sobre a importância de trabalhar com os pequenos agricultores e reconhecê-los como empresários.

“O FIDA acredita que os pequenos agricultores constituem a âncora do desenvolvimento sustentável, pois são os principais investidores do setor privado interno nas áreas rurais”, afirma Nwanze. “Os investimentos do setor privado, tanto interno como externo, podem ser o ingrediente essencial para obter um desenvolvimento agrícola sustentável e a segurança alimentar. Mas têm que ser claramente direcionados para habilitar os agricultores a aumentar sua produtividade e sua renda.”

Como maior empregador do mundo, a agricultura continua sendo um setor crucial para as economias dos países em desenvolvimento. Na maioria dos países, a agricultura representa mais de 60% do emprego. A experiência do FIDA indica que, com o apoio certo, os pequenos agricultores podem duplicar ou triplicar sua produção, mesmo em face das mudanças climáticas e degradação ambiental.

“Quando melhoramos a capacidade dos pequenos agricultores de se alimentar, também melhoramos sua capacidade de alimentar os outros”, declara Nwanze. “Eles não podem fazer isso sozinhos. Não é coincidência que nos países em que a agricultura decolou houve grandes investimentos em pesquisa e infraestrutura.”

No Fórum de Sustentabilidade Empresarial, o FIDA realizará uma sessão chamada O ponto ideal: o cacau promete sustentabilidade, equidade e rentabilidade para pequenos produtores e empresas. Durante essa sessão, Nwanze indicará como os governos dos países em desenvolvimento deveriam avaliar melhor o impacto das políticas sobre os pequenos agricultores e suas organizações, e criar um ambiente adequado que leve o setor privado a investir mais na agricultura.

Antes e durante a Rio+20, as agências da ONU para alimentação e agricultura baseadas em Roma – a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o FIDA e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) – e Bioversity International realizarão vários eventos para promover o diálogo e identificar as ações necessárias para preparar o caminho para um futuro com segurança alimentar. Em nome das agências, Nwanze pronunciará o discurso de abertura de um evento em 19 de junho, focalizando as ações para enfrentar os desafios da segurança alimentar no âmbito comunitário, nacional e global.

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Internautas definem dez recomendações aos Chefes de Estado na Rio+20

17/06/2012 - Internautas de todo o mundo contribuíram para os “Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável”, votando nas cem recomendações propostas pela plataforma digital vote.riodialogues.org. As dez recomendações mais votadas, uma para cada Diálogo, foram as seguintes:

Cidades Sustentáveis e Inovação
- Promover o uso de dejetos como fonte de energia renovável em ambientes urbanos.

A Economia do Desenvolvimento Sustentável, incluindo Padrões Sustentáveis de Produção e Consumo
- Eliminar progressivamente os subsídios danosos e promover mecanismos fiscais verdes.

Desenvolvimento Sustentável como Resposta às Crises Econômicas e Financeiras
- Promover reformas fiscais que encoragem proteção ambiental e beneficiem os mais pobres.

Energia Sustentável para Todos
- Tomar medidas concretas para eliminar subsídios a combustíveis fósseis.

Desemprego, Trabalho Decente e Migrações
- Colocar a educação no centro da agenda dos objetivos para o desenvolvimento sustentável.

Água
- Assegurar o suprimento de água por meio da proteção da biodiversidade, dos ecossistemas e das fontes de água.

Segurança Alimentar e Nutricional
- Promover sistemas alimentares que sejam sustentáveis e contribuam para melhoria da saúde.

Desenvolvimento Sustentável para o Combate à Pobreza
- Promover a educação em nível global para erradicar a pobreza e atingir o desenvolvimento sustentável.

Florestas
- Restaurar, até 2020, 150 milhões de hectares de terras desmatadas ou degradadas.

Oceanos
- Evitar poluição dos oceanos pelo plástico por meio da educação e da colaboração comunitária.

Votação digital
O processo de participação da sociedade civil teve início por meio da discussão de mais de 500 recomendações propostas na Plataforma Digital dos Diálogos. As que tiveram maior nível de apoio foram levadas para votação, entre 5 e 15 de junho, no site aberto vote.riodialogues.org. As recomendações acima foram as mais votadas, em cada um dos dez temas, por mais de 60 mil pessoas, de 193 países.

Os resultados da votação servirão de parâmetro para os Diálogos presenciais, que estão acontecendo no Riocentro, no Rio de Janeiro, até o dia 19 de junho. As sugestões mais votadas entram na pauta de debates e poderão ser apresentadas aos líderes mundiais reunidos na seção oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), de 20 a 22 de junho, também no Riocentro.

Cada um dos Diálogos discute 10 recomendações específicas, que resultaram de amplo debate realizado na plataforma digital www.riodialogues.org. Estabelecida com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a plataforma digital dos Diálogos permitiu que mais de 11 mil pessoas, de 190 países – incluindo ativistas, líderes comunitários, cientistas, jovens e representantes do setor privado – participassem das discussões. As cem recomendações que estão sendo debatidas até o dia 19 de junho resultaram desse amplo debate virtual.

As recomendações propostas pelos debatedores e escolhidas pela plateia nos Diálogos durante a Rio+20 serão compiladas e apresentadas, juntamente com as escolhidas pelos internautas, aos Chefes de Estado e de Governo, no Segmento de Alto Nível da Conferência.

O site www.riodialogues.org está disponível nas seis línguas oficiais da ONU (inglês, espanhol, francês, árabe, chinês e russo) e também em português.

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ACNUR e OIM destacam na Rio+20 vulnerabilidade de migrantes urbanos

17/06/2012 - A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para Migrações (OIM) promovem nesta quarta-feira, 20 de junho, evento paralelo durante a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) para discutir as vulnerabilidades de migrantes e refugiados que vivem nas cidades.

O evento reunirá os chefes de três grandes organizções internacionais e funcionários de alto escalão de diferentes governos que lidam com este tema para debater questões específicas e apresentar contribuições voluntárias específicas à implementação da agenda de desenvolvimento sustentável posterior à Rio+20. Entre os painelistas estão o Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, o Diretor-Geral da OIM, William Swing, a Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para Redução do Risco de Desastres, Margareta Wahlström, e a Coordenadora Executiva da Rio+20, Elizabeth Thompson.

Este evento terá como foco os motivos das migrações em direção às zonas urbanas e as vulnerabilidades particulares de migrantes urbanos, incluindo refugiados e outras pessoas deslocadas. O painel de discussão ressaltará as necessidades de fortalecer os esforços de redução de riscos de desastres, especificamente aqueles relacionados a desastres naturais, degradação ambiental e mudanças climáticas.

Os fluxos contínuos de migrantes, refugiados e outros deslocados são um dos fatores que levam ao rápido crescimento das cidades. Muitas destas pessoas vêm de zonas rurais ou pequenas cidades. Embora sejam atraídas para as grandes cidades em busca de melhores condições de vida, elas também migram por causa de fragilidades ambientais ou para se adaptar às mudanças climáticas. Aqueles que são forçados a migrar frequentemente buscam proteção e oportunidades que as cidades podem oferecer, mesmo que terminem vivendo em comunidades carentes super-populosas ou assentamentos periféricos sem os mais básicos serviços.

O evento paralelo “Vulnerabilidade de Migrantes Urbanos: Desafios e Respostas” também será uma oportunidade para ressaltar as relações entre refugiados climáticos e deslocamentos forçados, uma vez que ele coincide com o Dia Mundial do Refugiado (20 de junho). O evento se inicia às 17hs da próxima quarta-feira (20/06), na Sala T-6 do Riocentro – onde acontece a Rio+20. O evento é aberto a todos os participantes credenciados junto à Conferência da ONU para Desenvolvimento Sustentável.
Fonte: ONU

 
 
 
 

 

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