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Bachelet: documento da Rio+20 deve contemplar igualdade de gênero e empoderamento das mulheres
 

18/06/2012 - 11h39 - Rio+20 - Thais Leitão e Vitor Abdala - Repórteres da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será entregue aos chefes de Estado e de Governo, deve contemplar de forma satisfatória, com importantes avanços, a questão da igualdade de gênero e do empoderamento das mulheres. A avaliação foi feita hoje (18) pela subsecretária-geral e diretora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet.

Segundo ela, que concedeu entrevista coletiva no Riocentro, zona oeste do Rio de Janeiro, o texto, que ainda está em negociação, traz a ideia chave das mulheres como força motriz do desenvolvimento sustentável e tem parágrafos específicos sobre o tema.

“A redação, é claro, ainda pode ser melhorada, mas ele [documento] trata sobre essas questões do empoderamento das mulheres, de aumentar a participação das mulheres nos processos decisórios e na economia e do fortalecimento dos direitos das mulheres. A linguagem é boa e esperamos que continue nessa direção”, afirmou.

Ex-presidenta do Chile, Michelle Bachelet também ressaltou que houve uma preocupação para que a questão não ficasse restrita aos parágrafos que versam sobre o tema, mas que fizesse parte, de maneira transversal, de outros importantes assuntos que compõem o documento, como a erradicação da pobreza, os oceanos e as cidades.

“As mulheres têm papel importante no desenvolvimento sustentável em várias perspectivas e é por isso que não podem estar restritas a uma só área. Precisamos das mulheres na arena política, nos processos decisórios, na implementação de políticas públicas, também na arena econômica, em toda a cadeia de suprimento”, acrescentou.

Ela destacou que, de acordo com relato da ex-primeira ministra da Noruega e enviada especial do secretário-geral das Nações Unidas, Gro Brundtland, a participação feminina no mercado de trabalho norueguês chega a 75%. Na América Latina, entretanto, ela alcança 53% em média e está geralmente associada aos setores informais.

“Precisamos aumentar a capacitação das mulheres para que elas contribuam ainda mais para a economia mundial, mas também precisamos delas porque tomam decisões todos os dias em aspectos relacionados ao uso da água e da energia, por exemplo. Precisamos delas para garantir que as três dimensões do desenvolvimento sustentável [social, econômica e ambiental] estejam de fato integradas”, ressaltou.

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Mulheres fazem passeata contra a economia verde no centro do Rio

18/06/2012 - 11h40 - Meio Ambiente - Rio+20 - Da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Mulheres estão reunidas no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, localizado no Parque do Flamengo, em um protesto contra a economia verde, tema em discussão na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, e também contra a exploração feminina e a lógica do capitalismo.

Para as manifestantes, a economia verde segue a lógica capitalista, em que só tem valor aquilo que pode ser comprado e ser vendido. Com o apoio de vários movimentos sociais do país, as participantes do protesto percorreram a Avenida Rio Branco, uma das principais vias do centro da capital fluminense, até chegar ao Parque do Flamengo, local onde ocorre a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20.

A chegada da passeata das mulheres tumultuou o já complicado trânsito nas principais vias da cidade, atrasando a chegada de muitas pessoas ao trabalho. Neste momento, as manifestantes se preparam para seguir em direção ao Largo da Carioca, região central do Rio, onde farão um ato para encerrar o protesto.

A Polícia Militar (PM) e a Guarda Municipal, além do Grupamento Aeromarítimo da PM, acompanham de perto toda a movimentação. Nenhum incidente foi registrado até o momento.

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Para Bachelet, Rio+20 deve encorajar ações específicas para reduzir pobreza entre as mulheres

18/06/2012 - 13h26 - Meio Ambiente - Rio+20 - Thais Leitão e Vitor Abdala - Repórteres da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, deve encorajar ações específicas para reduzir a pobreza entre as mulheres e seus impactos sobre o meio ambiente. Além disso, os chefes de Estado e de Governo que participam do evento devem reconhecer e reafirmar o papel dessa parcela da população mundial para o desenvolvimento sustentável, disse a subsecretária-geral e diretora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet.

Para ela, os líderes mundiais precisam adotar medidas práticas que permitam o acesso das mulheres a posições de liderança em políticas ligadas tanto à área social, quanto à econômica e ambiental. Bachelet ressaltou que a agenda pautada na promoção da igualdade de gênero é fundamental para o desenvolvimento sustentável.

“Para que as mulheres sejam de fato incluídas nas economias e possam contribuir e se beneficiar das escolhas que o desenvolvimento sustentável permite, são necessárias medidas para acabar com a violência e a discriminação, além da remoção de barreiras para que elas tenham acesso à terra e ao crédito”, disse.

Durante entrevista coletiva hoje (18) no Riocentro, na zona oeste do Rio, de Janeiro, Bachelet lembrou que mesmo após 20 anos da Declaração do Rio, que enfatizava a importância da participação das mulheres para conquistar o desenvolvimento sustentável, elas continuam enfrentando desigualdades de direitos, oportunidades e participação.

“Isso não é sustentável. A exclusão social das mulheres não apenas as fere, mas fere a todos nós. Para o bem desta e das futuras gerações, precisamos desenvolver a inteligência e a a capacidade de toda a humanidade”, enfatizou.

Para evidenciar como as desigualdades ainda se fazem presentes nos países, a subsecretária-geral e diretora executiva da ONU Mulheres disse que atualmente uma mulher morre a cada dois minutos vítima de complicações ligadas à gestação ou ao nascimento de seus bebês. Ela também citou o fato de que poucas mulheres são parlamentares ou chefes de Estado ou de Governo.

Michelle Bachelet acredita que a Rio+20 é o momento oportuno para exigir um futuro com acesso aos serviços públicos, incluindo educação, água, saúde, saneamento básico, energia e proteção social. “Por isso as mulheres estão aqui, para que suas vozes sejam ouvidas. O futuro que as mulheres querem é o que todos nós possamos compartilhar”, acrescentou.

A ex-primeira ministra da Noruega e enviada especial do secretário-geral das Nações Unidas para mudanças climáticas, Gro Harlem, também enfatizou que o papel das mulheres é fundamental para os três pilares do desenvolvimento sustentável – social, econômico e ambiental. Ela argumentou que em seu país o valor gerado pelo trabalho das mulheres é mais alto do que o total da receita do setor de petróleo.

“Os países que têm maior equidade de gênero e igualdade de oportunidades são os que têm também as melhores performances econômicas. Devemos todos perceber o enorme potencial não explorado de mães, avós, esposas e meninas que estão esperando para contribuir para um futuro melhor”, afirmou.
Fonte: Agência Brasil

 
 
 
 

 

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