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Estados Unidos não tentaram bloquear acordo sobre oceanos, diz negociador americano
 

19/06/2012 - 18h30 - Rio+20 - Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro – Apontado por ambientalistas como o principal interessado em não haver acordo sobre o uso dos recursos dos oceanos, os Estados Unidos negam que tenham se esforçado nesse sentido. Segundo o chefe dos negociadores norte-americanos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Todd Stern, os Estados Unidos não estavam bloqueando os esforços para fechamento de acordo sobre os oceanos.

“Estamos bem focados nessa área. Temos trabalhado, há muito tempo, em prol do direito do mar [Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que faz 30 anos neste ano]. Estamos bem comprometidos com a questão dos mares. Há bons avanços no documento de hoje”, disse Stern, que também é enviado especial do governo dos Estados Unidos para Mudanças Climáticas.

De acordo com o norte-americano, o documento da Rio+20 tem pontos que desagradam a todas as delegações, e com os Estados Unidos não é diferente. Para ele, o texto poderia ter levado a discussão sobre financiamento mais para o lado das diferentes possibilidades que existem hoje no mundo.

Por exemplo, em vez da criação de fundos globais, há alternativas como investimentos privados e cooperação entre países em desenvolvimento. “A orientação poderia ter sido um pouco mais como a gente vê em outras
circunstâncias, em que o foco poderia ser mais nas assistências tradicionais, do país doador ao recebedor, mas também reconhecendo as mudanças rápidas que vem acontecendo no mundo, onde diferentes tipos de fluxos financeiros têm se tornado importantes. Há importantes fluxos Sul-Sul, por exemplo”, explicou Stern.

Por outro lado, os Estados Unidos ficaram satisfeitos com a forma como ficou decidido o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e com a criação do Fórum Político de Alto Nível para discutir desenvolvimento sustentável.

Segundo Stern, o desenvolvimento sustentável é uma das prioridades dos Estados Unidos. Ele justificou a ausência do presidente Barack Obama na conferência dizendo que a representante americana, a secretária de Estado, Hillary Clinton, é uma "figura mundial". Então, os Estados Unidos estarão bem representados, afirmou.

Stern elogiou o trabalho da delegação brasileira à frente das negociações, dizendo que o Brasil atuou com uma diplomacia extremamente talentosa. Ele disse acreditar que o documento já está fechado e que os chefes de Estado e Governo não mudarão seu conteúdo, principalmente porque o Brasil, como presidente da Rio+20,
não está disposto a abrir essa possibilidade. “Acho que os brasileiros não têm nenhuma intenção de abrir o documento, porque todo mundo tem alguma coisa de que não gosta no documento.”

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Tanque de guerra recheado de pães desfila pelo Rio para chamar a atenção sobre o desarmamento

19/06/2012 - 18h41 - Rio+20 - Da Agência Brasil - Rio de Janeiro – Um tanque de guerra em tamanho real, carregando pães no lugar de armas, subiu hoje (19) a comunidade de Santa Marta, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. O ato, denominado de Apelo para a Rio+20: Desarmamento para o Desenvolvimento Sustentável, tem o objetivo de chamar a atenção, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, para o redirecionamento dos gastos militares ao financiamento do desenvolvimento sustentável.

O tanque, que circulará no Rio de Janeiro de hoje até sexta-feira, apresenta no seu interior um jardim, símbolo de como os recursos que financiam a indústria militar poderiam ser usados no combate à fome e à pobreza. A organização não governamental (ONG) Viva Rio e institutos internacionais apoiam a iniciativa.

De acordo com um levantamento do Banco Mundial, menos de 5% dos investimentos militares globais, que somam cerca de US$ 1,7 trilhão por ano, seriam suficientes para cumprir os objetivos do planeta definidos na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio92, há 20 anos.

Durante o ato, a Viva Rio aproveitou para disseminar a Campanha Nacional de Desarmamento e incentivar as pessoas a entregarem suas armas de fogo.

O coordenador da campanha do desarmamento no Rio de Janeiro, Luis Carlos Silveira, explicou que, desde o lançamento da campanha nacional, em maio do ano passado, até hoje, o estado recolheu cerca de 2.400 armas. No país, já foram recolhidas 55 mil armas ao todo.

Segundo ele, na campanha realizada em 2004, o Brasil recolheu cerca de 550 mil e, no Rio, aproximadamente 15 mil armas foram retiradas de circulação. "Toda vez que uma arma sai de circulação, no mínimo são dez pessoas que vão deixar de ser mortas ou assaltadas. Então, 70% dessas armas na mão da sociedade civil começam legais e entram para a ilegalidade e vão parar nas mãos de criminosos".

Silveira defendeu que haja uma fiscalização maior com relação às armas utilizadas pela população, já que grande parte das comunidades da capital fluminense estão sob a responsabilidade das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), implantadas pelo governo estadual. "Essas armas não estão na comunidade. Estão na classe média que compram armas para se defender. Já que estamos pacificados do lado de cá, precisamos pacificar o lado de lá. Precisamos que as pessoas entreguem suas armas, porque arma não é defesa, é ataque", enfatizou.

Segundo o presidente da Associação dos Moradores da Comunidade de Santa Marta, José Mário Ilário, o evento visa a sensibilizar o mundo de que o ser humano é mais importante do que o meio ambiente. Para ele, os gastos que o planeta investe nas compras de materiais bélicos poderiam ajudar a reduzir problemas como a pobreza e a falta de acesso à educação. "Nós queremos que nossos direitos sejam respeitados e mostrar para todo o mundo que a nossa fome hoje é fome pela educação, pela cultura, pelo esporte, pelo lazer, pela moradia, pela alimentação. Essa é a fome que todo o povo menos favorecido precisa combater hoje", argumentou.

O tanque de guerra construído com metal tem cerca de 4 metros de largura, 3,5 metros de altura e 8 metros de comprimento.

De acordo com uma das coordenadoras da iniciativa, Cinthia Heanna, o tanque foi feito especialmente para participar da conferência e circulou pela primeira pela cidade nesta terça-feira. Ela adiantou ainda que, ao longo da Rio+20, o veículo será usado novamente durante a marcha que será realizada no Aterro do Flamengo, onde se realiza a Cúpula dos Povos.
Fonte: Agência Brasil

 
 
 
 

 

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