Consema
aprova Plano de Manejo da Estação Ecológica
de Santa Bárbara
UC terá centro de visitantes e combate à espécies
invasoras
O
Plano de Manejo da Estação Ecológica
de Santa Bárbara, elaborado pelo IF – Instituto
Florestal, foi aprovado por unanimidade no Conselho Estadual
do Meio Ambiente – CONSEMA. A Estação
Ecológica está situada no município
de Santa Bárbara.
O
principal objetivo da criação da Estação
é a preservação da vegetação
campestre de cerrado, já que este é um dos
biomas mais ameaçados no Estado de São Paulo.
A estação possui 2167,4 ha e uma rica biodiversidade:
528 espécies amostradas e 13 destas espécies
estão ameaçadas de extinção.
Além de animais como o tamanduá bandeira que
são raros e espécies endêmicas do cerrado,
como por exemplo, a ema.
O Plano de Manejo foi criado com o intuito de solucionar
alguns problemas ambientais dentro da Estação
ecológica que estão colocando em risco a biodiversidade
local. Um dos pontos a ser resolvido é o fato de
no local existir espécies invasoras, que por não
terem seus predadores naturais acabam se proliferando e
tomando o espaço das espécies nativas. A fim
de minimizar esse problema, o plano prevê a retirada
dessas espécies.
Giselda Durigan, representante do IF, apontou outro problema,
o desconhecimento do local por parte da população.
“Apenas 33% dos habitantes da região sabem
que temos essa área ambiental lá, o desconhecimento
é tão grande que chegaram a propor a criação
de aterro sanitário justamente ali”.
Uma
forma de solucionar este problema, prevista no Plano de
Manejo, é a implantação de um centro
de visitantes para receber estudantes e turistas. Para Gisela
a divulgação da Estação Ecológica
aumentaria a preservação. A retirada do gado
também está prevista no plano, fato que diminuiria
a degradação local.
Refinaria da Petrobras
Foi aprovado no CONSEMA, com 33 votos a favor e uma abstenção,
o parecer técnico da CETESB concedendo licença
prévia para a Carteira de Diesel da Refinaria Presidente
Bernardes, em Cubatão, a RPBC. Os conselheiros sugeriram
que a refinaria adotasse um programa de redução
dos gases do efeito estufa com supervisão permanente.
A votação teve 22 a favor, 2 contra e 9 abstenções.
A
produção de petróleo da RPBC é
destinada principalmente ao abastecimento da grande São
Paulo e conta com o refino de 173 mil barris por dia. A
finalidade da obra é fazer com que Petrobras diminua
a emissão de enxofre e fique de acordo com a Resolução
CONAMA 403/08, onde o diesel nas áreas densamente
povoadas caia de 500 para 10 partes por Milão (RPM)
até 2013.
Para as cidades do interior, a resolução prevê
que o enxofre caia de 2.000 para 500 PPM. Dessa maneira
a RPBC produzirá combustível apenas para atender
as regiões metropolitanas. O enxofre afeta diretamente
a saúde, já que contribui significativamente
para a degradação da qualidade do ar.
Será necessário um aumento no consumo de energia
da refinaria para a produção de diesel menos
tóxico e como a ela está localizada próxima
ao PE da Serra do Mar, não pode utilizar a matriz
energética água, pois as linhas de transmissão
passariam por dentro do Parque, causando um enorme impacto.
Então a empresa utilizará energia termoelétrica,
fato que aumenta a geração de CO2 e para compensar
essa situação o parecer técnico diz
que a refinaria terá que utilizar 0,5% do valor do
empreendimento em compensação ambiental.
Da Redação
Colaborou: Júlio Vieira/SMA-SP
Foto: José Jorge Neto /SMA-SP