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Pick-upau abre temporada de palestras
Três temas foram definidos para 2011-2012

A Agência Ambiental Pick-upau abre sua temporada de palestras para o biênio 2011-2012, com três temas centrais. Ecoeficiência e Competitividade; Recuperação de áreas degradadas e o mercado de créditos de carbono e Práticas de Sustentabilidade. Para saber mais sobre agendamento ligue 55 11 3542-3480 ou envie e-mail para contato@pick-upau.org.br

Saiba mais sobre os temas em destaque:

1) Ecoeficiência e Competitividade
A ecoeficiência é um termo que foi introduzido em 1992 pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), e é um modelo de gestão ambiental empresarial, podendo ser alcançada quando bens e serviços são oferecidos com preços competitivos, que satisfaçam as necessidades dos consumidores, proporcionando melhoria da qualidade de vida e, que ao mesmo tempo reduza progressivamente o impacto ambiental e o consumo de recursos ambientais ao longo dos processos, onde o nível de consumo seja equivalente à capacidade de carga do meio ambiente.

Resumidamente, para se conseguir a ecoeficiência é necessário saber combinar o desempenho econômico e ambiental, utilizando racionalmente matérias-primas e energia, evitando-se os riscos de acidentes e melhorando o relacionamento da empresa com as partes interessadas.

Então pode-se dizer que uma empresa ecoeficiente é a que consegue produzir cada vez mais e melhor utilizando menos recursos e gerando menos resíduos, aumentando sua competitividade no mercado. Para ela alcançar este objetivo é necessário a adoção de algumas condutas básicas, tais como:

• Reduzir as quantidades de materiais utilizados nas produções;
• Diminuir o consumo energético;
• Programas que visam ao tratamento do efluente;
• Reciclagem de resíduos permitindo seu reuso ou sua venda
• Aumentar a durabilidade dos seus produtos;
• Aumento da eficiência no uso de insumos;
• Obtenção de certificações ambientais;
• Preservação e recuperação dos ecossistemas;
• Tentar conscientizar seus consumidores e funcionários para um uso mais racional dos recursos naturais e energéticos.

Essas ações são chamadas de ações ecológicas empresariais e formam um conjunto de tarefas inter-relacionadas com o intuito de proteção dos ecossistemas. Tais ações devem atuar diretamente sobre os resíduos lançados pela própria empresa durante os processos de fabricação dos seus produtos.

Divulgação/Pick-upau

Empresas ecoefiecientes devem direcionar investimentos para o desenvolvimento de tecnologias que minimizem o consumo de recursos e eliminem o desperdício e a poluição aumentando, dessa maneira, seus lucros. Para que isso de fato ocorra, os gatos das atividades ambientais precisam gerar benefícios econômicos- financeiros.

Muitas são as vantagens conseguidas pelas empresas que aderem a esse padrão, benefícios econômicos devido à redução dos custos associados aos desperdícios. Além disso, há a minimização de danos ambientais, reduzindo os riscos e responsabilidades, prevenindo de riscos ocupacionais promovendo condições ótimas de segurança e saúde ocupacional, melhoria da competitividade por conta da imagem e do relacionamento com os órgãos ambientais e com a comunidade.

Para tanto, a capacitação dos funcionários é muito importante, já que um dos instrumentos essenciais para a redução dos desperdícios é o treinamento e a conscientização dos técnicos quanto à influência de seus procedimentos para a diminuição da geração de efluentes e resíduos sólidos.

Prioritariamente há a valorização do fator humano para implantação da ecoeficiência, por isso a importância de formar profissionais com uma visão cada vez mais ampla em relação às questões ambientais. É necessário estimular sua participação em programas de qualidade ambiental e despertar seu interesse sobre os custos associados ao uso de materiais e o seu tratamento após o uso, com o intuito de gerar uma conscientização e minimizar o uso inadequado e o desperdício.

Contudo, a ecoeficiência ainda é pouco disseminada no meio industrial, observa-se o interesse das empresas por programas de melhoria de qualidade de seus produtos, porém, é rara a preocupação com o controle de desperdícios e a prevenção da poluição e redução de resíduos e efluentes.

2) Recuperação de áreas degradadas e o mercado de créditos de carbono

A partir da década de 1980 a preocupação com questões relativas às mudanças climáticas aquecimento global e efeito estufa tomou conta no panorama das ameaças ambientais que podem levar a destruição do Planeta Terra. Desde então, estudos mostram evidencias cada vez mais fortes que as atividades antrópicas são as principais causas do agravamento dessas ameaças.

Muitos gases existentes naturalmente na atmosfera, quando são emitidos em excesso contribuem para o efeito-estufa, tais como o dióxido de carbono (CO2), pois formam uma redoma impedindo que o calor absorvido pela Terra vindo da radiação solar seja perdido para o espaço, conservando o calor e a umidade e não permitindo que haja as grandes variações diárias de temperatura.

Inúmeras reuniões mundiais aconteceram ao longo dos anos, onde a pauta eram ações que pudessem evitar ou pelo menos reduzir a emissão desses gases. No ano de 1997, durante uma dessas reuniões, em Kyoto (Japão), criou-se o Protocolo de Kyoto que visava à necessidade de redução das emissões dos gases do efeito estufa (GEE).

O Protocolo estabeleceu três mecanismos (comércio de emissões, implementações conjuntas e o mecanismo de desenvolvimento limpo) que deveriam auxiliar na implementação dos acordos, potencializando a eficiência econômica das medidas.

Dentro da modalidade do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) lançou-se o mercado de créditos de carbono, que permite aos países em desenvolvimento gerarem e comercializarem créditos de carbono. Já que o CO2 é um gás de circulação global e sua absorção independe da origem da fonte emissora e assim as emissões produzidas por um país podem ser compensadas por atividades florestais independente da localidade.

Divulgação/Pick-upau

Tal mecanismo também estabelece que os projetos precisem contribuir para o desenvolvimento sustentável do país hospedeiro de acordo com as necessidades e prioridades específicas dependendo da sua matriz energética, condições geomorfológicas e inserções político-econômicas. Além de passar pela aprovação dos respectivos governos nacionais.

O consenso internacional sobre tema permitiu a existência de um mercado comprador de créditos de carbono, onde o setor florestal deve buscar esta captação e recursos como um mecanismo de implantação de novas áreas florestais produtivas, tomando o cuidado para que pequenos produtores rurais, por meio de associações e cooperativas, tenham acesso aos benefícios desta atividade. Este mecanismo é uma importante ferramenta para a ampliação da base florestal brasileira, tornando viável economicamente os projetos de reflorestamento.

Nesse processo temos de um lado países e empresas multinacionais altamente poluidores e com o compromisso de redução especificado pelo Protocolo de Kyoto que necessitam financiar projetos de sequestro de carbono e do outro lado países em desenvolvimento, pequenas empresas e ONGs interessadíssimos em hospedar esses projetos a fim de adquirir recursos para os mais variados fins.

O Brasil tem a vantagem do rápido crescimento das florestas, fato que poderá beneficiá-lo nos projetos florestais. Além dos projetos de substituição de fontes energéticas poluidoras.

Atualmente quando se entra na discussão de pagamentos por serviços ambientais, o mercado de carbono é um dos mais comentados. O Brasil já foi considerado o principal produtor de projetos ambientais, porém, hoje ele foi superado pela China e a Índia, que juntamente com a Austrália, Coréia do Sul e Japão produzem cerca de metade dos gases geradores do efeito estufa.

Este mercado é promissor, pois reduzir as emissões de gases do efeito estufa para os países industrializados significa reduzir a atividade industrial e recuo do PIB e da geração de empregos e renda. Então é através do mecanismo de desenvolvimento limpo é possível aos países desenvolvidos comprarem os créditos de carbono dos países em desenvolvimento.

Portanto, o desenvolvimento de sistemas florestais e projetos de recuperação de áreas degradadas podem ser uma alternativa viável para diversas regiões, pois além de recompor a paisagem, geram ocupação e renda para a população residente e podem obter recursos das economias desenvolvidas.

O mercado de créditos de carbono é sem dúvida um instrumento de mudança social e econômica para várias regiões que são dependentes do meio ambiente para sua sobrevivência.

3) Práticas de Sustentabilidade

Com o objetivo de debater meios de conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação ambiental, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento consolidou durante a ECO-92, realizada no Rio de Janeiro, o conceito de desenvolvimento sustentável.

Tal desenvolvimento atende as necessidades da geração presente sem que as gerações futuras sejam comprometidas. O conceito foi concebido de modo a conciliar as reivindicações dos defensores do desenvolvimento econômico como as preocupações de setores interessados na conservação dos ecossistemas e da biodiversidade. Outra importante conquista da Conferência foi a Agenda 21, um amplo e abrangente programa de ação, visando a sustentabilidade global no século XXI.

Cientes da relação entre retorno financeiro, ações sociais e conservação da natureza, as práticas de responsabilidade social corporativa têm crescido, nos últimos anos, entre as empresas. Um número crescente de empresas tem aderido a está estratégia, visto a ligação entre o progresso e o bom estado de saúde ambiental e bem- estar da população.

Isso mostra que está crescendo a consciência de que as empresas são parte integrante do mundo e não apenas consumidoras de seus recursos naturais. E também que tais recursos não são infinitos e que dependemos deles para sobreviver, por isso, o desenvolvimento sustentável é fundamental para a conservação da diversidade biológica do planeta.

O desenvolvimento sustentável é a utilização dos recursos naturais com qualidade e não em quantidade e com justiça social, gerando qualidade de vida equilíbrio ambiental e ruptura com o atual modelo de desenvolvimento.

O desenvolvimento sustentável não é um termo referente apenas a um problema de adequação ecológica de um processo social, mas sim uma estratégia que deve levar em conta a vabilidade econômica e ecológica.

A noção de sustentabilidade remete à necessidade de redefinições das relaçãoes entre sociedade humana e a natureza. Para tanto, é necessaria uma mudança substancial no processo de pensar a passagem do conceito para uma ação efetiva.

O desenvolvimento sustentável também pode ser entendido como um processo onde temos de um lado as restrições mais relevantes do desenvolvimento sustentável relacionadas com a exploração dos recursos naturais e do outro o crescimento relacionado com a equidade e uso racional dos recursos. Em especial a energia e a geração de resíduos e contaminantes. Dessa maneira a ênfase do desenvolvimento deve apontar para a superação dos déficits sociais e para as necessidades básicas, além da mudança dos padrões de consumo.

De forma simples, pode-se dizer que garantir a sustentabilidade é oferecer garantias de que mesmo exploradas, as áreas continuarão a prover recursos e bem estar econômico e social para as comunidades que nelas vivem por muitas e muitas gerações. Mantendo a força vital e a capacidade de regenerar-se, mesmo diante da ação contínua e da presença atuante da mão humana.

Apesar de tudo que já foi dito, o uso do conceito "desenvolvimento sustentável" disseminou-se rapidamente, fazendo parte do vocabulário de empresas, dos meios de comunicação de massa e da sociedade civil. Porém, a prática não está tão disseminada assim e o combate às causas da insustentabilidade parece não avançar, ainda que estimule a produção de previsões catastróficas acerca do futuro e aqueça os debates sobre propostas de soluções eventualmente conflitantes.

Da Redação

 
 
 
 

 

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