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Nova proposta de relator do Código Florestal irrita governo
Proposta antiga irritava todos, menos os ruralistas

O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do Novo Código Florestal, apresentou na Casa Civil apresentou um texto com sua proposta de conciliação para lei e irritou o governo, segundo fontes do executivo, em Brasília.

O novo texto não atende as sugestões do Executivo e as negociações, que já eram delicadas, acabaram retrocedendo a apenas cinco dias da data prevista para iniciação da votação no plenário da Câmara.

Divulgação/Pick-upau

De acordo com uma fonte que esteve presente na reunião, o texto apresentado por Rebelo “retoma quase tudo o que o governo não aceitaria". A possibilidade de reduzir em 50% as áreas de proteção permanente, a possibilidade de decisão dos Estados em quais lugares é possível desmatar, redução de proteção aos mangues e o aumento da anistia para crimes ambientais até julho de 2008, são temas que apareceram no texto.

O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, solicitou que Rebelo refizesse sua proposta. O PT acusou quebra de acordo e quer adiar a votação.

Os pontos mais vulneráveis continuaram sem resolução: a questão da largura das APPs (áreas de preservação permanente) em margens de rios ou ripárias e a questão da reserva legal (área a ser deixada como mata nativa na propriedade) para imóveis de até quatro módulos.

Rebelo sugeriu a redução da faixa de proteção para 7,5 metros em rios de até 5 metros de largura. "A Contag [Confederação dos Trabalhadores na Agricultura] me pediu essa especificidade. Há um problema social", disse Rebelo à Folha de São Paulo.

Para o governo as APPs ripárias deveriam continuar com 30 metros e podendo ser reduzida para 15 metros nos casos de recomposição.

Em relação à reserva legal, manteve-se a proposta original de Rebelo obrigando a reposição em imóveis de até quatro módulos fiscais ou na área de qualquer imóvel que exceder quatro módulos.

"O acordo [com o governo] foi escrito, mas não havia sido vertido para a linguagem jurídica. Vou à busca da unidade.", disse Rebelo que se justificou dizendo que procura uma redação de consenso.

Quando questionado se iria fazer a versão “2.0” do seu texto, ele disse: "O automóvel é o mesmo".

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PT quer mais tempo para rever mudanças no Código Florestal

Com o intuito de avaliar o texto substitutivo do deputado Aldo Rebelo, o PT pede mais uma ou duas semanas, enquanto isso não aceitará votar no Código Florestal.

Os deputados petistas afirmaram à Folha que não há tempo para discutir as propostas do novo texto de Rebelo, incorporando as sugestões do governo, já que o texto será apresentado nesta semana e a votação está marcada para terça-feira ou quarta-feira, de acordo com Marco Maia, presidente da Câmara.

Paulo Teixeira, líder do PT na Câmara disse que "O governo propôs [votar na semana que vem], mas o Aldo não apresenta o relatório. Precisamos de uma semana.”

Assis Couto do PT-PR afirmou que "Votar na terça-feira cheira a golpe, como é golpe fazer obstrução e não votar uma semana depois. Cada dia que se ganha a partir de terça é um ganho para a sociedade."

De acordo com os petistas, a votação na terça-feira só seria aceitável caso Rebelo aceitasse 100% das propostas do governo. Os ambientalistas querem um substitutivo de plenário para o texto de Rebelo, mas o partido disse que não apresentará. Porém, como disse Márcio Macedo (SE) "o texto pode ter emendas e trabalhar com a proposta do governo".

Os maiores pontos de conflito entre Rebelo e o governo são a redução das áreas de preservação permanente em beira de rio (mata ciliar), permissão da redução da reserva legal em áreas de cerrado na Amazônia e a principal, isentar da reserva legal as propriedades de até quatro módulos fiscais.

Rebelo disse que a proposta do governo, que obriga todas as propriedades terem a reserva legal, é “genocídio” para os pequenos agricultores. Segundo o PT, isentar quatro módulos da reserva legal abre a possibilidade de fracionamento das áreas de um mesmo proprietário, aumento o desmatamento. Além disso, o partido quer um texto com referências explícitas à agricultura familiar para evitar esse efeito.

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Governo diz que Código Florestal está "98% acertado"

Uma reunião entre quatro ministros, Aldo Rebelo (relator do Código Florestal), líderes de bancadas e Marco Maia (presidente da casa) foi realizada para resolver as diferenças entre o governo e o relator.

No fim da reunião todos estavam de acordo com 98% do texto, porém os 2% que faltaram são os pontos fundamentais, os mesmos que todos já conhecem.

Não conseguiram entrar num consenso sobre a reserva legal (recomposição de florestas em pequenas propriedades) e nem sobre o tamanho das APPs (áreas de preservação permanente).

Cândido Vaccarezza (PT-SP) afirmou que "O governo quer reserva legal em todas as propriedades". Já Rebelo quer isentar quem tiver menos de quatro módulos fiscais. Além de querer reduzir para 15 metros as áreas de preservação de matas ciliares em rios de até 5 metros de largura e o governo quer manter os 30 metros em rios de até 10 metros de largura.

Algumas outras reuniões serão feitas na busca de um acordo, porém Vaccarezza afirmou que se os conflitos continuarem serão votadas em plenário. "Estamos fazendo o vestido da noiva, não comprando feito", disse Rebelo.

A proposta do governo de acabar com o conceito de "área rural consolidada" foi aceita por Rebelo. "Ele aceitou que o que não for possível regularizar será recuperado", disse João de Deus Medeiros, diretor de Florestas do Ministério do Meio Ambiente.

Para que a área seja regularizada, o proprietário precisará de apenas um aval do órgão ambiental e ficaram isentos de averbar suas propriedades em cartório. No final quando Marco Maia sugeriu encaminhar o texto para a votação o clima ficou tenso. Nesta semana Rebelo apresentará um "acordo total ou o acordo possível".

Da Redação
Com informações da Folha de São Paulo

 
 
 
 

 

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