Pick-upau
fará relatório sobre Floresta Estadual Serra
D´Água
ONG participa de grupo de trabalho que avaliará Plano
de Manejo da UC
20/06/2013
– O Instituto Floresta de São Paulo acaba de
entregar à Comissão de Biodiversidade, Florestas,
Parques e Áreas Protegidas, do Conselho Estadual
de Meio Ambiente – CONSEMA, o Plano de Manejo da Floresta
Estadual Serra D´Água – FESSEDA. O documento
terá relatoria do coronel
da Polícia Militar do Estado de São Paulo,
Gilmar Ogawa, membro honorário da Agência Ambiental
Pick-upau, e participação técnica
de pesquisadores da organização.
Localizada
na cidade de Campinas, em São Paulo, entre a Latitude
22° 56’ 52” e 22º 57’ 33”
Sul e longitude 47° 2’ 30” e 47° 2’
57” W, a Floresta Estadual Serra D´Água
possui uma área de 51,20 hectares e foi criada pelo
Decreto Estadual nº 56.617, de 28/12/2010.
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Floresta
Estadual Serra D´Água. |
A
Unidade de Conservação composta por Cerrado
e Mata Atlântica (Floresta Estacional Semidecidual),
tem como principais objetivos prromover a recuperação
ambiental de seu território; fomentar atividades
de proteção e manejo agroflorestal sustentáveis
na região de Campinas; transferir tecnologia de produção
desenvolvida pelo setor público, incentivar e valorizar
as propriedades rurais com o adequado uso da terra, permitindo
ao proprietário rural aprender a desenvolver novas
possibilidades de retorno econômico com conservação
ambiental; fomentar o estabelecimento de pomares de sementes
de espécies nativas, como forma de geração
de alternativas de renda e aprendizado para a população
periurbana de entorno sem acesso à terra e gerar
pesquisas de produção e manejo florestal com
espécies nativas da Mata Atlântica, enfocando
o benefício de comunidades do entorno das unidades
de conservação.
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Floresta
Estadual Serra D´Água. |
A
Fazenda Serra D’Água, também conhecida
como Boa Vista, havia sido adquirida, pela Fazenda do Estado
em 1939, da Família Pacheco e Silva e destinado à
Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio,
objetivando a implantação de uma estação
de remonta. Em 1944 o Governo do Estado de São Paulo
doou à União para uso do Ministério
do Exército uma área de aproximadamente 150
alqueires, que passou a constituir a Coudelaria de Campinas;
restando ao Estado um remanescente de aproximadamente 30
alqueires. Foi destinada à criação
da Floresta Estadual Serra D’Água a área
de 51,20 hectares, conforme memorial descritivo constante
no Decreto Estadual nº 56.617, de 28/12/2010.
A
Floresta Estadual Serra D’Água localizada nas
bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari
e Jundiaí - PCJ, definida como Unidade de Gerenciamento
de Recursos Hídricos 05 (UGRHI 5), que abriga a Região
Metropolitana de Campinas possui cerca de 220 espécies
de aves e 15 espécies de mamíferos de grande
porte, dentre elas algumas com status de “em perigo
de extinção”, como a Juriti-vermelha
e o Pica-pau-de-topete-vermelho, classificado como “vulnerável”.
Sobre o Instituto Florestal
Fundado em 1886, o IF é uma entidade pioneira nas
ações de conservação da natureza
detendo, através de sua filosofia de trabalho, posição
marcante na realidade florestal paulista e brasileira, seja
como gerador de atividade sustentável e econômica,
seja pela proteção de áreas significativas
que abrigam ecossistemas primitivos. Vinculado à
Secretaria do Meio Ambiente desde 1986, o IF criou e gerenciou
grande parte das áreas protegidas do estado de São
Paulo, tarefa que começou a dividir com a Fundação
Florestal a partir de 2007. Hoje administra 10 Estações
Ecológicas, 1 Parque Estadual, 18 Estações
Experimentais, 2 Viveiros Florestais, 2 Hortos Florestais
e 14 Florestas Estaduais (mais de 53 mil ha), além
de apoiar a gestão da Reserva da Biosfera do Cinturão
Verde da Cidade de São Paulo (Programa MaB-UNESCO).
O Instituto Florestal é o guardião da biodiversidade
do Estado de São Paulo e sua obrigação
é garantir às futuras gerações
tal patrimônio.
A missão institucional está alicerçada
em pesquisa, conservação e produção,
subsidiando políticas públicas voltadas ao
desenvolvimento sócio-econômico, promovendo
e executando ações de proteção
do patrimônio natural e cultural a ela associadas
e ao desenvolvimento sustentável. De forma pioneira
aplica receitas da venda de produtos resultantes das pesquisas.
O Instituto Florestal destaca-se quando se trata de pesquisas
de melhoramento genético florestal destinado ao aumento
da produtividade de resinas de pinos, contando hoje com
Pomares Clonais de alta produtividade com ganhos de até
oito vezes mais que as matrizes originais, uma importante
contribuição dirigida a este setor econômico
brasileiro uma vez que o país é hoje o segundo
maior produtor mundial de resina, atrás apenas da
China. Na conservação ex situ ressalta-se
a existência de bancos de germoplasma de pináceas
oriundas da América Central e Sul da Ásia,
onde as matas há muito foram dizimadas. O resultado
é a efetiva colaboração para o manejo
e uso sustentável dos recursos, sendo inúmeras
as dissertações e teses produzidas ou apoiadas
pelo IF. Realiza o monitoramento da vegetação
natural e do reflorestamento em todo o Estado, com base
em tecnologia de ponta (geoprocessamento em bases cartográficas
digitais e georreferenciadas), fornecendo inclusive subsídios
aos planos de manejo. O Instituto Florestal é um
dos mais importantes produtores de sementes e mudas florestais
de espécies nativas e exóticas para diferentes
fins, colocando o mercado de sementes com expressivos ganhos
genéticos em volume externo.
Da
Redação
Com informações do IF
Fotos: IF/Reprodução