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Reserva Biológica e Estação Ecológica de Mogi-Guaçu terá relatoria da Pick-upau
Agência Ambiental Pick-upau fará relatório sobre plano de manejo da UC

06/11/2013 – A Agência Ambiental Pick-upau será responsável pela análise e relatoria do Plano de Manejo da Reserva Biológica e Estação Ecológica de Mogi-Guaçu, unidades de conservação sob a coordenação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo – SMA, através do Instituto Florestal – IF e do Instituto de Botânica – IBT.

O objetivo da análise técnica visa debater e sanar eventuais lacunas apresentadas no documento final apresentado pelo IF e pelo IBT, à Comissão de Biodiversidade, Florestas, Parques e Áreas Protegidas, do Conselho Estadual de Meio Ambiente – CONSEMA, e posterior votação em plenária para sua aprovação.

Reprodução/Plano Manejo

Este é o quinto plano de manejo que a Agência Ambiental Pick-upau realiza análise e relatoria, desde sua entrada no CONSEMA. O Parque Estadual do Jaraguá, foi o primeiro a ter seu plano de manejo analisado e foi aprovado em plenária; O Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira – PETAR, encontra-se em trânsito na Fundação Florestal; A APA Corumbataí, Botucatu, Tejupá, também está em poder da Fundação Florestal; no último mês, foi realizado a relatoria da Floresta Estadual Serra D´água, sob administração do IF, ainda em análise pela Comissão de Biodiversidade.

Contextualização do Mosaico e Histórico de Criação das Unidades de Conservação

Reprodução/Plano Manejo

A Fazenda Campininha é uma área pública contínua de 4501,16 ha, situada no município de Mogi-Guaçu, Estado de São Paulo. Esta área é dividida em duas Unidades de Conservação de Proteção Integral, denominadas “Reserva Biológica de Mogi-Guaçu” e “Estação Ecológica de Mogi-Guaçu”, ambas possuindo remanescentes de vegetação nativa, entremeadas por uma área de plantio de espécies exóticas (Pinus spp. E Eucalyptus spp.), denominada “Estação Experimental de Mogi-Guaçu”. A Reserva Biológica é administrada pelo Instituto de Botânica (IBt) e a Estação Ecológica e Estação Experimental pelo Instituto Florestal (IF).

Este mosaico de Unidades de Conservação (UC) está situado na zona de transição entre os biomas Cerrado e Mata Atlântica, com características bióticas de ambos, podendo ser considerada um ecótono. No Estado de São Paulo, estes dois biomas foram intensamente explorados desde o início da ocupação europeia, primeiramente com a extração de espécies de valor madeireiro e depois com a retirada da cobertura vegetal nativa para implantação de culturas agrícolas, em especial a cana-de-açúcar e o café, o que resultou na fragmentação de habitats e no isolamento de pequenos fragmentos.

Atualmente, tanto o Cerrado quanto a Mata Atlântica encontram-se em situação crítica para conservação, devido à alta concentração de endemismo e de espécies de plantas e animais ameaçados de extinção, tendo sido indicados como ecossistemas prioritários para conservação.

A importância do mosaico formado pela Reserva Biológica e a Estação Ecológica de Mogi-Guaçu, do ponto de vista cultural, social e da conservação da biodiversidade, reside no fato destas unidades constituírem alguns dos últimos fragmentos de maior porte de Cerrado e Mata Atlântica da região, considerando os remanescentes protegidos ou não sob forma de Unidades de Conservação. Considerados como área prioritária para conservação de acordo com o Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira – PROBIO, do Ministério do Meio Ambiente, os remanescentes da Reserva Biológica e da Estação Ecológica de Mogi-Guaçu também formam uma importante parcela da Área de Preservação Permanente (APP) do Rio Mogi-Guaçu e de alguns de seus afluentes.

A diversidade de espécies da fauna encontrada nessas UC é grande. Há o registro, por exemplo, de 236 espécies de aves, ou seja, 29,4% das espécies ocorrentes no Estado de São Paulo; há também 43 espécies de mamíferos terrestres de pequeno, médio e grande porte, sendo um número bastante significativo, podendo se igualar a diversas UCs, dentre as quais o do Parque Estadual de Jataí, que possui características fitofisionômicas similares. Algumas das cerca de 150 espécies de peixes registradas na Bacia do Mogi-Guaçu, onde essas UCs estão inseridas, se reproduzem em riachos e lagoas marginais do Rio Mogi-Guaçu encontrados na Estação Ecológica. Soma-se a esta diversidade o grande número de espécies de anfíbios, répteis e artrópodes, ainda pouco estudados na localidade.

De acordo com as listas da fauna ameaçada do Estado de São Paulo e do IBAMA, na fazenda Campininha também ocorrem 16 espécies de animais ameaçados de extinção. Dentre elas figuram a onça-parda (Puma concolor), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), o gavião-belo (Busarellus nigricollis) e a perdiz (Rhynchotus rufescens), bem conhecidos pelas pessoas que frequentam a fazenda, o que revela a importância da fazenda Campininha para a conservação de espécies ameaçadas.

Áreas protegidas, como as UCs trabalhadas no presente Plano de Manejo, podem ser consideradas como verdadeiros “museus vivos”, habitados por espécies da fauna e da flora, muitas delas ameaçadas, e localizados em uma das regiões mais desenvolvidas do estado de São Paulo, a poucos quilômetros de um dos maiores núcleos urbanos do país, a cidade de Campinas.

Diante desta realidade, é nítida a necessidade de ações que amortizem os impactos no mosaico, divulguem e valorizem a riqueza local, agregando valores sociais, científicos e ambientais, fundamentados na cultura da conservação e preservação dos ambientes naturais e alicerçados em projetos de pesquisa com resultados passíveis de divulgação no meio acadêmico e para a sociedade como um todo, seja no cenário local, municipal, estadual, nacional e internacional.

Sobre o Pick-upau
A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização não governamental sem fins lucrativos de caráter ambientalista 100% brasileira, fundada em 1999, por três ex-integrantes do Greenpeace-Brasil. Originalmente criada no Cerrado brasileiro, tem sua base, próxima a uma das últimas e mais importantes reservas de Mata Atlântica da cidade São Paulo. Por tratar-se de uma organização sobre Meio Ambiente, sem uma bandeira única, o Pick-upau possui e desenvolve projetos em diversas áreas ambientais. Desde a educação e o jornalismo ambiental, através do Portal Pick-upau – Central de Educação e Jornalismo Ambiental, hoje com cerca de 50.000 páginas de conteúdo totalmente gratuito; passando por programas de produção florestal e reflorestamento, questão indígena, comércio justo, políticas públicas, neutralização de gases de efeito estufa até a pesquisa científica, com ênfase na biodiversidade (fauna e flora).

Sobre o Instituto Florestal
Fundado em 1886, o IF é uma entidade pioneira nas ações de conservação da natureza detendo, através de sua filosofia de trabalho, posição marcante na realidade florestal paulista e brasileira, seja como gerador de atividade sustentável e econômica, seja pela proteção de áreas significativas que abrigam ecossistemas primitivos. Vinculado à Secretaria do Meio Ambiente desde 1986, o IF criou e gerenciou grande parte das áreas protegidas do estado de São Paulo, tarefa que começou a dividir com a Fundação Florestal a partir de 2007. Hoje administra 10 Estações Ecológicas, 1 Parque Estadual, 18 Estações Experimentais, 2 Viveiros Florestais, 2 Hortos Florestais e 14 Florestas Estaduais (mais de 53 mil ha), além de apoiar a gestão da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (Programa MaB-UNESCO). O Instituto Florestal é o guardião da biodiversidade do Estado de São Paulo e sua obrigação é garantir às futuras gerações tal patrimônio.
A missão institucional está alicerçada em pesquisa, conservação e produção, subsidiando políticas públicas voltadas ao desenvolvimento socioeconômico, promovendo e executando ações de proteção do patrimônio natural e cultural a ela associadas e ao desenvolvimento sustentável. De forma pioneira aplica receitas da venda de produtos resultantes das pesquisas.
O Instituto Florestal destaca-se quando se trata de pesquisas de melhoramento genético florestal destinado ao aumento da produtividade de resinas de pinos, contando hoje com Pomares Clonais de alta produtividade com ganhos de até oito vezes mais que as matrizes originais, uma importante contribuição dirigida a este setor econômico brasileiro uma vez que o país é hoje o segundo maior produtor mundial de resina, atrás apenas da China. Na conservação ex situ ressalta-se a existência de bancos de germoplasma de pináceas oriundas da América Central e Sul da Ásia, onde as matas há muito foram dizimadas. O resultado é a efetiva colaboração para o manejo e uso sustentável dos recursos, sendo inúmeras as dissertações e teses produzidas ou apoiadas pelo IF. Realiza o monitoramento da vegetação natural e do reflorestamento em todo o Estado, com base em tecnologia de ponta (geoprocessamento em bases cartográficas digitais e georreferenciadas), fornecendo inclusive subsídios aos planos de manejo. O Instituto Florestal é um dos mais importantes produtores de sementes e mudas florestais de espécies nativas e exóticas para diferentes fins, colocando o mercado de sementes com expressivos ganhos genéticos em volume externo.

Sobre o Instituto de Botânica
É instituição de pesquisas científicas na área da botânica, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. O Instituto de Botânica tem as suas origens no Departamento de Botânica do Estado criado pelo Decreto n. 9715 de 9/11/1938 e subordinado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, pelo Decreto 12499, de 7/01/1942. Em 1987, sem alterações, foi transferido para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, onde se encontra até a presente data.
Além de sua sede, Reserva Biológica e Jardim Botânico, situados dentro do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, bairro da Água Funda, na capital do Estado de São Paulo, o Instituto de Botânica possui duas outras Unidades de Conservação, representando os biomas principais do Estado: Mata Atlântica (Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba) e Cerrado (Reserva Biológica e Estação Experimental de Mogi-Guaçu). A missão institucional do Instituto de Botânica é o desenvolvimento de pesquisas botânicas visando subsidiar a política ambiental do Estado de São Paulo, objetivando:
Realização de estudos botânicos nos aspectos de levantamento florístico, sistemática, fisiologia, bioquímica, morfologia, anatomia, ecologia e utilização, com ênfase na área do Estado de São Paulo; Realização de pesquisas sobre a flora em áreas de vegetação nativa, sujeitas a impactos ambientais ou degradadas, com vistas à preservação, recuperação e utilização racional dos recursos vegetais; Manutenção e desenvolvimento do Herbário Científico do Estado "Maria Eneyda P. Kauffman Fidalgo", bem como as coleções vivas do Jardim Botânico do Estado de São Paulo por meio de pesquisas e atividades de Educação Ambiental dirigidas ao público em geral, estudantes e professores; Realização de estágios e cursos de capacitação, aperfeiçoamento, especialização e pós-graduação; Assistência a bolsistas e pesquisadores nacionais e estrangeiros e manutenção de intercâmbio científico no país e no exterior; Atendimento, inserindo-se na comunidade, às demandas externas oficiais e particulares, no seu campo de atuação; Colaboração na elaboração e na execução da Política Estadual de Meio Ambiente; Divulgação dos conhecimentos adquiridos à comunidade científica, professores, estudantes e público em geral.

Da Redação
Com informações do IF/IBT/SMA-SP
Fotos: Reprodução

 
 
 
 

 

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