Conservação
marinha pode ser liderada por comunidades costeiras
Estudo
revela que comunidades contribuem para o desenvolvimento
sustentável dos oceanos
04/06/2025 – Um novo
relatório destaca o papel fundamental das comunidades
na conservação e gestão de recursos,
enfatizando suas contribuições para criar
ecossistemas costeiros saudáveis e resilientes. Povos
indígenas, comunidades locais e pescadores de pequena
escala têm sido, há muito tempo, os guardiões
de ecossistemas costeiros ricos em biodiversidade, atuando
como heróis anônimos da conservação
marinha e preservando tradições antigas.
A Iniciativa de Comunidades
Costeiras do WWF, presente em 29 países, destaca
o papel vital das comunidades costeiras na gestão
do oceano e trabalha ao lado de líderes locais para
assegurar seus direitos a um ambiente saudável. O
Relatório de Impacto da Iniciativa detalha os avanços
na conservação liderada pelas comunidades,
oferecendo insights sobre a eficácia de estratégias
inclusivas, como abordagens baseadas em direitos humanos,
igualdade de gênero, governança participativa
e inclusão social.
Maria Honig, Líder
da Iniciativa de Comunidades Costeiras do WWF, destaca que
as comunidades costeiras são essenciais para a preservação
de seus ecossistemas, mas enfrentam ameaças crescentes
devido à indústria e às mudanças
climáticas. Ela enfatiza que ações
urgentes são necessárias para combater a perda
de biodiversidade e fortalecer a conservação
liderada pelas comunidades. O relatório de impacto
compartilha os resultados das ações coletivas
nos últimos três anos, marcando uma nova fase
na conservação costeira.
A Iniciativa de Comunidades
Costeiras, iniciada com 62 locais em 2019, agora se estende
a 128 locais em 29 países, envolvendo mais de 700
parceiros locais e internacionais. Até o momento,
a iniciativa protegeu 87 milhões de hectares de habitats
costeiros críticos, estabelecendo 84 áreas
marinhas protegidas e 540 unidades de cogestão. O
trabalho beneficia diretamente mais de 300.000 detentores
de direitos, incluindo 120.000 mulheres e 74.000 jovens,
com um impacto indireto em mais de 1,5 milhão de
pessoas. O WWF compartilha histórias de resiliência
e soluções locais bem-sucedidas, como no Triângulo
de Coral, Mediterrâneo, Oceano Índico e Pacífico,
evidenciando o poder da gestão comunitária
de recursos marinhos.
Um exemplo significativo
vem da Indonésia, onde a organização
FORKANI apoia os povos indígenas na gestão
sustentável do Parque Nacional de Wakatobi, promovendo
práticas de pesca sustentáveis e adaptando-se
às mudanças climáticas. No Mediterrâneo,
pescadores de pequena escala estão envolvidos ativamente
na cogestão e na defesa de seus direitos, com sistemas
de cogestão implementados em metade dos países
da região. Nas Ilhas Salomão, as comunidades
criaram 145 empresas comunitárias de conservação,
proporcionando fluxos de renda alternativos e reduzindo
a pressão sobre os recursos marinhos, ao mesmo tempo
que financiam necessidades locais, como educação.
Hanna Helsingen, Diretora
de Conservação do WWF-Pacífico, destaca
o poder de compartilhar histórias de impacto e ajudar
as comunidades a monitorar e documentar mudanças
em seus ambientes naturais para tomar decisões mais
informadas. Ela enfatiza que este relatório chega
em um momento crucial, em que o impacto da conservação
precisa ser reconhecido e visível nas comunidades
costeiras, que estão na linha de frente das ameaças
ambientais.
O relatório serve
como um chamado para mais ações e investimentos
em conservação, visando fortalecer a resiliência
social, econômica e ecológica das comunidades
diante das mudanças climáticas e da perda
de biodiversidade. A mensagem central é a necessidade
de apoiar esses esforços para garantir a sustentabilidade
e a proteção dos ecossistemas costeiros globais.
Da Redação,
com informações da WWF
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay