Aves
urbanas possuem bactérias resistentes a antibióticos
Contaminação
é proveniente de aterros sanitários e rios
poluídos
09/06/2025 – Cientistas
descobriram que aves silvestres urbanas, como patos, pombos
e corvos, podem nos conectar com a natureza, mas têm
maior probabilidade de abrigar bactérias resistentes
a antibióticos. A resistência antimicrobiana
(RAM) é amplificada pelo uso excessivo de antibióticos
entre humanos e animais. A questão é alarmante,
pois, em 2019, aproximadamente 4,95 milhões de mortes
no mundo foram associadas à RAM, com 1,27 milhão
delas causadas diretamente por essa resistência.
Pesquisadores afirmam que
espécies de aves silvestres em ambientes urbanos
atuam como reservatórios de bactérias com
resistência a diversos medicamentos. Samuel Sheppard,
coautor do estudo, explicou que os genes encontrados conferem
resistência a antimicrobianos usados no tratamento
de infecções humanas.
A pesquisa destacou que
essas aves, devido à sua capacidade de viajar grandes
distâncias, podem transmitir bactérias resistentes
a antimicrobianos para aves em cativeiro, que são
consumidas por humanos. Em um estudo publicado no Current
Biology, a equipe analisou os genomas de bactérias
encontradas em 700 amostras de fezes de 30 espécies
de aves silvestres de diversos países, incluindo
Canadá, Japão e EUA.
A pesquisa revelou que as
aves em ambientes urbanos abrigam uma variedade maior de
cepas da bactéria Campylobacter jejuni, que é
comum no microbioma intestinal de aves e pode causar gastroenterite
humana. Embora, normalmente, se espere que cada ave silvestre
contenha uma única cepa dessa bactéria, as
aves urbanas apresentaram uma diversidade significativamente
maior de cepas em comparação com aqueles que
vivem em áreas mais distantes de humanos.
A pesquisa descobriu que
as cepas de Campylobacter jejuni em aves urbanas contêm
três vezes mais genes de resistência a antimicrobianos
e são resistentes a uma gama mais ampla de medicamentos.
Os autores sugerem que as aves podem adquirir essas bactérias
resistentes de várias formas, como gaivotas, pombos
e corvos que frequentam aterros sanitários, ou patos
e gansos que podem estar expostos a águas contaminadas
com resíduos humanos.
Criado em 2015, dentro do
setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau,
a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas
ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas
científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos,
pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes,
polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio
de espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay