Nova
ferramenta pode auxiliar na recuperação de
recifes de corais
Dispositivo
foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual
de Ohio, nos EUA
01/07/2025 – Os recifes
de corais estão sendo severamente impactados pelo
aumento da temperatura do mar e pela acidificação
dos oceanos. O mais recente evento de branqueamento em massa
de corais, que ocorreu entre fevereiro de 2023 e abril de
2024, afetou mais de 60,5% dos corais no mundo, segundo
a Administração Oceânica e Atmosférica
Nacional (NOAA) dos EUA.
Cientistas estão
buscando soluções para proteger os corais,
e uma delas é o UZELA (Underwater Zooplankton Enhancement
Light Array), um sistema submersível de luz programável
que atrai zooplâncton, organismos essenciais para
a dieta dos corais. O dispositivo emite luz por cerca de
uma hora todas as noites, aumentando a população
de zooplâncton em até sete vezes os níveis
normais. Com mais alimento disponível, os corais
podem se alimentar melhor, o que pode ajudar a aumentar
sua resiliência frente a estressores ambientais.
Andréa Grottoli,
principal autora do estudo, destacou que os recifes de corais,
embora ocupem menos de 1% do oceano, abrigam um terço
de todas as espécies marinhas e são essenciais
para a saúde dos oceanos, correndo o risco de desaparecer.
O dispositivo UZELA foi testado perto de corais nativos
do Havaí, como Montipora capitata e Porites compressa,
e os resultados mostraram que as taxas de alimentação
dos corais aumentaram de 10 a 50 vezes nas áreas
onde o dispositivo foi utilizado. O estudo foi publicado
na revista Limnology and Oceanography: Methods.
Grottoli reconhece que o
UZELA não é uma solução definitiva,
mas uma medida paliativa para proteger recifes vulneráveis
por algumas décadas. Cada dispositivo dura até
seis meses com uma única bateria e exige manutenção
mínima. Os pesquisadores garantiram que o UZELA atraísse
a quantidade certa de zooplâncton sem interferir nos
comportamentos noturnos de outras espécies marinhas.
O principal desafio é a escalabilidade, já
que cada unidade é feita à mão, mas
a equipe está colaborando com uma empresa para criar
uma versão mais eficiente. Se tudo correr bem, a
versão atualizada poderá estar pronta para
uso em um a três anos. Grottoli enfatiza, contudo,
que a sobrevivência dos corais a longo prazo depende
de enfrentar as mudanças climáticas.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay