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Pesquisa traz informações de como novas espécies se formam
Estudo é realizado em tempo real com andorinhas-das-chaminés

16/07/2025 – A preferência de aves por características específicas de seus parceiros, como a cor do peito, está ajudando os cientistas a entender como novas espécies se originam. Em um estudo liderado pela Universidade do Colorado em Boulder, biólogos utilizaram sequenciamento genético de andorinhas de diferentes regiões para fornecer evidências de que a seleção sexual, onde os organismos escolhem parceiros com base em características atraentes, pode impulsionar a formação de novas espécies. O estudo foi publicado na revista Science.

Em 1875, Charles Darwin propôs a teoria da seleção sexual, que sugere que os organismos desenvolvem características vistosas, como plumagem colorida ou movimentos de dança, para atrair parceiros. Quando indivíduos da mesma espécie passam a preferir características diferentes e param de se reproduzir entre si, novas espécies podem surgir ao longo do tempo, um processo conhecido como especiação.

Nos últimos 150 anos, pesquisadores de seleção sexual focaram principalmente em organismos que já se divergiram em espécies distintas. Um exemplo disso são as orquídeas, que, originadas de um ancestral comum, hoje incluem mais de 25.000 espécies. A grande diversidade das orquídeas frequentemente leva à suposição de que elas evoluíram diferentes características visuais para atrair diversos polinizadores, conforme explicou Drew Schield, primeiro autor do estudo e professor assistente na Universidade da Virgínia.

Encontrar evidências diretas de que a seleção sexual impulsiona o surgimento de novas espécies tem sido desafiador. No entanto, as andorinhas-das-chaminés oferecem uma oportunidade única para explorar esse processo em desenvolvimento. Com seis subespécies distribuídas globalmente, essas aves apresentam variações em características importantes para a escolha de parceiros, como o peito e o comprimento das faixas de cauda. Por exemplo, a subespécie do leste asiático tem um peito claro e faixas de cauda curtas, enquanto a da Sibéria possui faixas de cauda longas e peito vermelho. Já a subespécie da Europa e Ásia Ocidental apresenta peito claro e faixas de cauda longas.

Reprodução/Pixabay

 



Evidências indicam que os ancestrais das andorinhas-das-chaminés deixaram o vale do Rio Nilo há cerca de 11.000 anos e se espalharam pelo Hemisfério Norte, desenvolvendo características distintas ao longo do tempo. Entre 800 e 2.000 anos atrás, algumas subespécies expandiram seus territórios, resultando em sobreposição de habitats e interações entre elas, gerando descendentes híbridos. Diante disso, os pesquisadores decidiram investigar se a seleção sexual estava impulsionando o processo de especiação nessas aves.

A equipe de pesquisa, liderada por Elizabeth Scordato, sequenciou os genomas de 336 andorinhas de várias partes do mundo, incluindo todas as subespécies e zonas híbridas na Eurásia. Os cientistas identificaram 12 regiões genômicas associadas a características sexualmente selecionadas, como a coloração ventral (cor da plumagem do peito e barriga) e o comprimento da cauda.

Quando duas populações se encontram, o fluxo de material genético entre elas indica o grau de semelhança entre os grupos. Uma taxa baixa de fluxo gênico sugere que as populações estão se reproduzindo a uma taxa menor do que se fossem da mesma espécie. O estudo descobriu que, nas zonas híbridas de andorinhas-das-chaminés, muitos genes fluem livremente entre os grupos, mas as regiões responsáveis pela coloração ventral e pelo comprimento das penas da cauda têm baixa transferência entre as populações.

O estudo sugere que, entre os híbridos de diferentes subespécies, apenas algumas aves com uma combinação favorável de genes de cauda e cor ventral conseguem atrair parceiros, enquanto os híbridos com combinações menos vantajosas têm menos sucesso reprodutivo. As preferências distintas por comprimento de cauda e cor do peito entre as subespécies fazem com que as andorinhas tendam a acasalar dentro de seus próprios grupos, o que pode levar à formação de espécies separadas. A equipe agora planeja coletar mais amostras para investigar como a hibridação afeta o sucesso reprodutivo.

Mais informações: Drew R. Schield, Seleção sexual promove isolamento reprodutivo em andorinhas, Science (2024). DOI: 10.1126/science.adj8766 . www.science.org/doi/10.1126/science.adj8766

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Da Redação, com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
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