Mapa
global de poluição plástica mostra
local de maior risco à vida marinha
Pesquisa
mapeou locais no planeta onde poluição é
mais leta
20/11/2025 – Um estudo
da Tulane University, publicado na Nature Sustainability,
fez a primeira avaliação global dos riscos
ecológicos do plástico nos oceanos. Ao contrário
do que se imagina, os maiores riscos não estão
nas “ilhas de lixo” visíveis, mas em
áreas onde resíduos plásticos coincidem
com alta biodiversidade e poluição. Assim,
mesmo regiões com menor concentração
de plástico podem sofrer impactos ambientais severos.
O pesquisador Yanxu Zhang,
da Tulane University, explicou que o objetivo do estudo
foi avaliar sistematicamente como os plásticos afetam
a vida marinha e os ecossistemas. A pesquisa identificou
quatro principais vias de impacto: ingestão por animais,
emaranhamento, transporte de poluentes tóxicos e
liberação de substâncias químicas
durante a degradação do plástico. Para
isso, a equipe utilizou ferramentas computacionais que cruzaram
dados globais sobre plásticos, espécies marinhas
e contaminantes.
O estudo identificou zonas
de maior risco ecológico por poluição
plástica no Pacífico Norte, Atlântico
Norte, Oceano Índico Norte e áreas costeiras
do Leste Asiático. Regiões com alta biodiversidade
e pesca intensa são especialmente vulneráveis
ao lixo marinho, como os equipamentos de pesca abandonados
(ghost gear). O plástico também atua como
vetor de poluentes perigosos, como metilmercúrio
e forever chemicals, que afetam a vida marinha e a saúde
humana. Sem ações globais, o risco de ingestão
de plástico por animais pode triplicar até
2060, mas esforços coordenados de redução
e gestão de resíduos podem mitigar os impactos.
Segundo Zhang, o estudo
oferece uma base científica para orientar ações
de limpeza dos oceanos e políticas públicas,
especialmente em um momento decisivo de negociações
por um tratado global sobre plásticos. A pesquisa
contou com a colaboração de instituições
da China, EUA, Canadá e Nova Zelândia, e busca
direcionar intervenções para áreas
onde terão maior impacto.
Da Redação,
com informações de agências de notícias
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay