Segundo
estudo, 500 espécies de aves correm risco de extinção
no próximo século
O
estudo revela que esse número é três
vezes maior do que todas as extinções de aves
registradas desde 1500 d.C
21/11/2025 – Pesquisadores
da Universidade de Reading alertam que mais de 500 espécies
de aves podem ser extintas nos próximos 100 anos
devido às mudanças climáticas e à
perda de habitat. Publicado na revista Nature Ecology &
Evolution, o estudo indica que esse número é
três vezes maior do que todas as extinções
de aves registradas desde 1500. Espécies vulneráveis,
como o pássaro-guarda-chuva-de-pescoço-peludo,
o calau-de-capacete e o pássaro-sol-de-barriga-amarela,
estão entre as ameaçadas. Sua extinção
pode comprometer a diversidade de formas e tamanhos das
aves e afetar ecossistemas que dependem de suas funções
ecológicas.
Os cientistas descobriram que cerca de 250
espécies de aves podem ser extintas mesmo com proteção
total contra ameaças humanas, como perda de habitat,
caça e mudanças climáticas. Segundo
Kerry Stewart, autora principal do estudo, muitas dessas
aves já estão em situação tão
crítica que só programas especiais de recuperação
— como reprodução em cativeiro e restauração
de habitats — poderão salvá-las. O estudo
alerta para uma crise de extinção sem precedentes
e destaca a necessidade urgente de ações humanas
amplas e estratégias específicas de resgate
para as espécies mais ameaçadas.
Pesquisadores analisaram quase 10.000 espécies
de aves usando dados da Lista Vermelha da IUCN para prever
o risco de extinção com base nas ameaças
enfrentadas. O estudo revelou que aves de grande porte são
mais vulneráveis à caça e às
mudanças climáticas, enquanto aves de asas
largas são mais afetadas pela perda de habitat. A
pesquisa também identificou quais estratégias
de conservação são mais eficazes para
preservar tanto o número de espécies quanto
suas funções ecológicas.
A professora Manuela Gonzalez-Suarez, da Universidade
de Reading, destacou que apenas deter as ameaças
não será suficiente: entre 250 e 350 espécies
de aves precisarão de ações complementares,
como reprodução em cativeiro e restauração
de habitats, para sobreviver ao próximo século.
O estudo mostra que priorizar a conservação
das 100 espécies mais incomuns pode preservar 68%
da diversidade de formas e tamanhos das aves, o que é
essencial para ecossistemas saudáveis. A interrupção
da destruição de habitats beneficiaria a maioria
das aves, enquanto reduzir a caça e mortes acidentais
protegeria espécies com características ecológicas
únicas.
Saiba mais: A redução de ameaças
deve ser aliada a programas de recuperação
direcionados para conservar a diversidade global de aves,
Nature Ecology & Evolution (2025). DOI: 10.1038/s41559-025-02746-z
Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa
da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin,
o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação
desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos
quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria
e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine;
produção e plantio de espécies vegetais,
além de atividades socioambientais com crianças,
jovens e adultos, sobre a importância em atuar na
conservação das aves.
Da Redação, com informações
de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay