Percentual
das profundezas dos oceanos explorada é mínima
Segundo
pesquisadores americanos, apenas 0,001% das profundezas
oceânicas foi explorada até hoje
01/12/2025 – Cerca
de 66% da superfície terrestre é coberta pelos
oceanos, mas a maior parte dessas áreas permanece
inexplorada. Um novo estudo publicado na revista Science
Adviser revela que apenas 0,001% das profundezas oceânicas
foi efetivamente explorada — o equivalente a um décimo
do território da Bélgica. A análise,
conduzida por pesquisadores da Ocean Discovery League, baseou-se
em dados de aproximadamente 44.000 mergulhos realizados
desde 1958. Embora tecnologias como sonares permitam mapear
os oceanos com certa precisão, a investigação
direta das profundezas, onde não há luz solar,
ainda representa um grande desafio científico e tecnológico.
A líder da pesquisa,
Katherine Bell, destacou que, mesmo com o uso de veículos
operados remotamente, é possível observar
apenas pequenas porções do fundo do mar por
vez. Após cerca de 25 anos explorando o oceano, ela
se questionou, há poucos anos, sobre quanto realmente
já havia sido visto das profundezas marinhas —
o que motivou o estudo. A análise revelou que a maioria
das explorações oceânicas até
hoje se concentrou em áreas relativamente próximas
às costas do Japão, Estados Unidos e Nova
Zelândia, a cerca de 370 quilômetros de distância.
Junto com França
e Alemanha, cinco países lideram a maioria das expedições
oceânicas, o que significa que os dados coletados
não representam todo o planeta. Segundo a pesquisadora,
o Oceano Índico é uma das regiões menos
exploradas. Apesar de estar fora do campo de visão
da maioria das pessoas, o oceano profundo tem um papel essencial
na movimentação de nutrientes e oxigênio
para a superfície, além de abrigar habitats
ainda desconhecidos. As explorações realizadas
até agora revelaram uma impressionante diversidade
de vida e ecossistemas nas profundezas, incluindo evidências
de fontes hidrotermais, alcalinas e frias. Bell destaca
que tudo isso está interconectado e afeta diretamente
a vida na Terra.
Bell explica que, devido
à limitada exploração das profundezas
oceânicas, não é possível fornecer
um mapa global de todos os habitats subaquáticos.
Na década de 1970, cientistas descobriram micróbios
em fontes hidrotermais que não dependiam do sol ou
da fotossíntese, obtendo energia por reações
químicas, uma descoberta revolucionária que
mudou a compreensão científica. Bell também
destaca que a mineração em águas profundas,
impulsionada pela política dos EUA durante o governo
Trump, tem trazido criaturas das profundezas à superfície,
colocando muitas dessas espécies em risco de extinção
antes mesmo de serem estudadas pela ciência.
Da Redação,
com informações de agências de notícias
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay