Quando ir: O ano todo, no entanto, no verão,
período de dezembro a março, o volume pluviométrico
da região aumenta muito, e as fortes chuvas típicas
desta estação tornam o acesso mais difícil.
Na SP-165, possui uma queda de barreira que pode ser um
impecilho nesta época, a estrada de terra que dá
acesso aos núcleos Santana e Caboclos, também
podem trazer mais adrenalina com as chuvas. Fique ligado
também ao acesso nas cavernas algumas delas ficam
interditadas durante as fortes chuvas.
O que levar: Além dos tradicionais
equipamentos como roupa de banho, repelente para insetos,
roupas leves e confortáveis, tênis ou botas
já usados. O Visitante deve estar preparado para
encarar as muitas cavernas da região. Lanternas,
muitas meias sobressalentes e se possível mais
de um par de caçados é uma boa dica, outros
acessórios como capacetes e carbureteiras são
fornecidos pelo parque. O cantil é sempre um amigo
na trilha, no entanto grande parte das trilhas possuem
água, fica a critério do visitante o uso
do cantil. Muitos esportes radicais são praticados
na região como rapel, o cannoying e o bóia-cross
e cada um exige equipamentos específicos. Se faltar
alguma coisa você pode comprar em uma loja que fica
no bairro da Serra, ela é pequena mas possui grande
variedade de produtos. Muitos deles com preços
abaixo dos encontrados em São Paulo. Se a intenção
for acampar faça uma lista de todos os materiais
necessários.
Como chegar: Saindo da capital paulista
o melhor acesso é pela rodovia Régis Bittencourt,
BR-116, seguindo até a cidade de Jacupiranga que
está a beira da estrada. Depois são mais
26 km pela rodovia SP-193 até a cidade de Eldorado
(onde foi feita outra etapa da expedição,
o Parque
Estadual de Jacupiranga, núcleo caverna do
Diabo, veja a bandeira completa e saiba mais). A partir
de Eldorado segue-se pela SP-165, passando pela Caverna
do Diabo que esta a cerca de 38 km da cidade. Esta bifurcação
serve de referência para o viajante, são
mais 33 km até a cidade de Iporanga. Fique ligado
na linda paisagem proporcionada pelo rio Ribeira de Iguape
que acompanha todo o traçado da estrada, que não
está em bom estado. Em muitos trechos o asfalto
simplesmente desaparece e algumas quedas de barreira podem
dificultar um pouco a viagem, mas nada que não
possa ser vencido com um veículo normal. Chegando
a Iporanga são mais 18 km de estrada de terra até
o núcleo Santana e Ouro Grosso (próximo
ao bairro da Serra) e mais 23 até Apiaí
onde está o núcleo Caboclos. Em períodos
de chuva a estrada fica ainda mais perigosa, fique ligado
em possíveis quedas de barreira e ao precipício
que beira a estrada. Para quem vem do interior paulista
e centro-oeste do país pode seguir pela rodovia
Castelo Branco SP-280 e/ou rodovia Raposo Tavares SP-270
até Itapetininga, depois rodovia Francisco Alves
Negrão SP-258 até Guapiara, passando por
Capão Bonito onde foi realizada outra etapa da
expedição: o Parque
Estadual de Intervales, veja a bandeira e saiba mais.
A partir de Guapiara segue-se pela SP-250 até a
cidade de Apiaí (núcleo Caboclos) ou até
o núcleo Ouro Grosso próximo ao Bairro da
Serra. Para o núcleo Santana são mais 23
km de estrada de terra. Que vem do sul do país
pode seguir o primeiro roteiro citado no início
do texto. O Petar está a 331 km de São Paulo
e a 179 km de Curitiba.
Veja
o mapa da localização exata do parque
Onde ficar: Existem dezenas de campings
e pousadas ao longo de toda estrada de terra que dá
acesso aos núcleos Santana e Ouro Grosso. A partir
de Iporanga são 18 km. Não espere muito
luxo, a maioria possuem ambientes rústicos, porém
bem agradáveis.
Onde comer: Se você estiver hospedado
em alguma pousada não terá maiores problemas,
desde que o local sirva alimentação. Caso
contrário terá que seguir até a cidade
de Iporanga - para quem está nos núcleos
Ouro Grosso e Santana. Mas as opções da
cidade são poucas, a melhor talvez seja a churrascaria
do Abel, ambiente rústico e simples, porém
com atendimento e qualidade da comida excelentes, o telefone
de lá é (0xx15)556-1142. Se a intenção
é cozinhar (se estiver em campings) não
se esqueça de levar todo equipamento, existem pequenos
mercados na cidade, onde podem ser encontrados ingredientes
básicos.
O que ver (fauna): Além
da tradicional fauna típica de mata atlântica
encontrada na região com destaque para mamíferos
como a onça-pintada, a mucura-de-quatro-olhos,
gambás, antas e cachorros-do-mato, ainda podemos
citar a cuíca-d'água e a lontra que procuram
o interior das cavernas atrás de alimento. O Petar
ainda nos oferece uma diferente fauna característica
do ecossistema de cavernas - uma das grandes atrações
do parque. Essas espécies são conhecidas
como cavernículas, espécimes que apresentam
adaptações na pigmentação,
atrofia de órgãos da visão e diminuição
do tamanho do corpo, podemos destacar entre eles o piolho-de-cobra,
o falso-escorpião, besouros e o famoso bagre-cego,
restrito às cavernas da região de Iporanga.
As cavernas também abrigam cerca de 20 espécies
de morcegos como o morcego-vampiro. E claro, não
podemos nos esquecer da grande quantidade de aves que
vivem nas matas do Petar, tucanos, pica-pau, corujas,
os predadores gavião-do-penacho o raro uiraçu
e os ameaçados papagaio-de-peito-roxo e o sabiacica.
O que ver (flora): Sua área de
36.000 hectares abriga uma rica reserva de mata atlântica,
um dos ecossistemas mais importantes e ameaçados
do mundo. Uma carcterística marcante no Petar,
são os vales profundos cobertos por imensa árvores
que chegam a 30 metros de altura, como é o caso
da canela-amarela, o jacarandá-ferro e a bicuíba.
Figueiras, jatobás e cedros também dividem
os labirintos da selva com as sempre lindas epifitas (bromélias,
orquídeas) que se espalham por troncos e raízes.
Mas sem dúvida o maior atrativo do parque, como
se não bastase o que já foi citado, são
mesmo as cavernas são cerca de 300 (conhecidas)
espalhadas por toda a área do Petar. Isso rende
ao parque alguns títulos: a maior quantidade de
cavernas de todo o país, a caverna Casa de Pedra
é a maior entrada de caverna do mundo, com 215
metros de altura. Isso tudo torna o Petar um importante
patrimônio cultural, histórico e natural
da humanidade que deve ser além de conhecido, preservado
a qualquer custo.
O que comprar: Nos núcleos Santana
e Ouro Grosso, artesanato propriamente dito você
dificilmente encontrará, pelo menos em pontos fixos
- em algumas épocas do ano artesões expõem
seus trabalhos no bairro da Serra. Mas nem por isso você
não trará uma boa lembrança do Petar
(material é claro). Camisetas, baby-looks, bonés
e chapéus trazendo os principais pontos turísticos
e os irreverentes morcegos são uma boa opção.
A falta do artesanato é compensada pela pequena
loja no bairro da Serra onde se encontra uma grande quantidade
de equipamentos e acessórios para a prática
de rappel e exploração de cavernas, o que
não é muito comum na maioria dos parques.
A cidade de Apiaí já oferece a seus visitantes
uma grande variedade de esculturas de argila e madeira,
utensílios feitos a partir de palha, couro e taquara.
Informações úteis:
O Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira
ou Petar como é conhecido é um dos mais
belos e importantes parques de São Paulo. Criado
em 1958, a partir do Decreto Estadual nº 32.283,
ainda não trazia o "turístico"
em seu nome, somente em 1960 com a Lei Estadual nº
5.973 passou a ser conhecido como Petar. Em 1991 passou
a integrar a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
Com uma área de 36.000 hectares possui três
núcleos implantados: Santana e Ouro Grosso (próximo
ao bairro da Serra, em Iporanga) e o núcleo Caboclos
situado no munícipio de Apiaí. O relevo
acidentado do parque com presença marcante de rochas
pré-cambrianas (calcários, filitos, entre
outras).
A cidade de Iporanga possui uma população
de aproximadamente 4.700 habitantes, está a 81
metros do nível do mar. O único banco da
cidade é o Banespa (banco do Estado de São
Paulo) e a Santa Casa está localizada na rua da
Saudade, nº 12 (0xx15)556-1170, atende 24 horas.
Já a cidade de Apiaí possui uma população
de 23.972 habitantes e está a 925 metros acima
do nível do mar. O sistema bancário é
representado pelo Banco do Brasil, Bradesco, Banespa e
HSBC. A Santa Casa da Sociedade Beneficiente fica na rua
1º de Maio, nº 336 (0xx15) 552-1266.
Mais informações: Av. Isidoro Alpheu Santiago,
nº 364, centro, CEP: 18320-000, Apiaí, SP.
O telefone é (0xx15) 552-1875.
Fique ligado: respeite os monitores
e interaja com eles; não mate, não maltrate,
nem alimente animais; não recolha sementes, frutos,
plantas ou qualquer outro tipo de resíduo da mata;
não deixe nenhum tipo de lixo e se por acaso vir
algum jogado ao chão, recolha-o; respeite os demais
visitantes e harmonizem-se com eles; não leve animais
domésticos para o parque; nunca saia da trilha;
jamais utilize fogo e sempre faça as trilhas acompanhados
por guias.