Inteligência
das gaivotas: aves urbanas adaptam-se para sobreviver em
ambientes litorâneos
A
interação das gaivotas com humanos é
relativamente moderna e essas aves se adaptaram para prosperar
em ambientes urbanos, imitando as escolhas alimentares das
pessoas
16/08/2024 – Com o
avanço da urbanização, animais que
habitam cidades desenvolveram novos hábitos para
sobreviver. No litoral inglês, é comum observar
gaivotas beliscando salgadinhos deixados pelos frequentadores
das praias. Muitas vezes, essas aves chegam a pousar nas
mesas para "roubar" alimentos. Pesquisadores,
no entanto, defendem que esse comportamento deve ser visto
como um sinal de inteligência das aves, e não
como um ato criminoso.
Um estudo conduzido pela Universidade de Sussex investigou
como as gaivotas adotaram essa estratégia alimentar.
Os pesquisadores realizaram um experimento na praia, colocando
dois pacotes de salgadinhos de cores diferentes (verde e
azul) perto de um grupo de gaivotas, enquanto um humano
comia salgadinhos de um dos pacotes. As aves observaram
o humano e, em seguida, foram bicar o pacote da mesma cor
que ele estava consumindo. Esse comportamento demonstra
que as gaivotas aprenderam a imitar as escolhas alimentares
humanas para obter comida.
Paul Graham, professor de neuroetologia da Universidade
de Sussex, explicou que, embora seja conhecido que animais
aprendem uns com os outros, é raro observar aprendizado
entre espécies diferentes, especialmente em relação
às preferências alimentares. Ele destacou que
a interação das gaivotas com humanos é
relativamente moderna e que essas aves se adaptaram para
prosperar em ambientes urbanos, imitando as escolhas alimentares
das pessoas.
Graham também observou que as gaivotas não
evoluíram naturalmente para gostar de batatas fritas,
mas tiveram que aprender a interagir com os humanos para
conseguir alimentos, o que é um sinal claro de inteligência.
Para reduzir os casos de gaivotas "intrometidas"
nas praias, ele sugeriu soluções simples,
como fornecer lixeiras maiores e mais seguras e educar as
pessoas a não deixar restos de comida espalhados.
As gaivotas aprenderam umas com as outras a vasculhar lixeiras
e a identificar o que pode ser consumido. Com o tempo, essas
aves desenvolveram um repertório de comportamentos
habilidosos que lhes permitem obter alimentos tanto de lixeiras
quanto diretamente dos humanos, conforme destacou Graham.
Essa pesquisa, publicada no jornal Daily Mail, revela a
surpreendente capacidade de adaptação das
gaivotas em ambientes urbanos e destaca a importância
de entender e respeitar a inteligência desses animais.
Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência
Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves
realiza atividades voltadas ao estudo e conservação
desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos
quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria
e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine;
produção e plantio de espécies vegetais,
além de atividades socioambientais com crianças,
jovens e adultos, sobre a importância em atuar na
conservação das aves.
Da Redação, com informações
de agências de notícias
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay